Exame Logo

Columbia Journalism Review ganha edição em português

Publicação criada há 50 anos nos Estados Unidos para avaliar o desempenho do jornalismo é lançada no Brasil pela ESPM

Columbia University: publicação foi criada há 50 anos na universidade para avaliar o desempenho do jornalismo no país (Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2012 às 10h04.

São Paulo - Jornalistas, estudantes, pesquisadores e profissionais da área de comunicação no Brasil, além do público geral interessado em jornalismo, podem ter acesso agora à versão em língua portuguesa de uma das revistas sobre jornalismo mais influentes no mundo.

A Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) lançou a edição brasileira da Columbia Journalism Review (CJR) – uma das mais importantes revistas acadêmicas sobre jornalismo, criada há 50 anos na Universidade Columbia, nos Estados Unidos, para avaliar o desempenho do jornalismo no país.

A versão brasileira, denominada Revista de Jornalismo ESPM – Edição brasileira da Columbia Journalism Review, é a segunda edição internacional da CJR – a primeira foi a chinesa, lançada há três anos.

O título sai no Brasil em um momento em que a indústria da mídia – e não apenas de mídia impressa – está em franca expansão no país, enquanto a imprensa norte-americana passa por um momento turbulento, segundo destacou Victor Navasky, chairman da CJR, em artigo publicado na primeira edição brasileira, no qual saúda os leitores brasileiros e fala sobre a importância da parceria com a ESPM.

“Ao contrário dos Estados Unidos, onde a imprensa está em crise e passando por uma série de problemas, parece não faltar capital para o investimento em mídia no Brasil”, comparou Navasky.

“Dados do Internet World Stats (site que apresenta estatísticas referentes ao uso da internet em 233 países) indicam que, em dezembro de 2011, o Brasil possuía 79 milhões de pessoas com acesso à internet, representando 39% da população”, disse.

A parceria entre a ESPM e a Universidade Columbia para lançar a versão em língua portuguesa foi resultado de uma aproximação entre representantes das duas instituições que começou há alguns anos em função do lançamento de um curso de graduação e outro de pós-graduação em jornalismo pela ESPM.

Para lançar os cursos de jornalismo, o jornalista e diretor-presidente da ESPM, José Roberto Whitaker Penteado, visitou as principais escolas de jornalismo nos Estados Unidos, como a da Universidade Columbia. E em um dos encontros com representantes da universidade norte-americana, propôs a parceria para o lançamento da CJR no Brasil.


“O objetivo da publicação da revista no país é aproximar um pouco a cultura jornalística brasileira da norte-americana e criar um fórum para informação e estudo sobre a prática e o conhecimento do jornalismo”, disse Eugênio Bucci, diretor de redação da Revista de Jornalismo ESPM, à Agência FAPESP.

Inicialmente a revista terá periodicidade trimestral, tiragem de 20 mil exemplares e pode ser comprada nas principais bancas de jornais e livrarias no país ou por assinatura. Aproximadamente 50% de seu conteúdo será composto por traduções de artigos publicados na edição norte-americana, que são escolhidos pelos editores brasileiros.

O primeiro número reúne artigos publicados na versão norte-americana sobre temas como a dificuldade da cobertura econômica ser compreendida pelo leitor, como o inchaço das assessorias de imprensa enfraquece a prática do jornalismo e se há lugar para negros nas redações, com o contraponto de jornalistas brasileiros sobre o panorama dessas questões no país. Além disso, também traz um artigo do jornalista Alberto Dines sobre como o imediatismo prejudica as mídias digitais.

Pós-graduação em jornalismo

Dines e o também jornalista Carlos Eduardo Lins da Silva são alguns dos professores do curso de pós-graduação em jornalismo com ênfase em direção editorial, lançado pela ESPM há pouco mais de um ano em parceria com o Instituto de Altos Estudos em Jornalismo (IAEJ), criado pelo diretor editorial do Grupo Abril, Roberto Civita.

Destinado a jornalistas que já tenham experiência em redações, reportagem ou edição, graduados em qualquer área, o objetivo do curso é dar aos participantes uma formação para exercerem funções de diretores editoriais de veículos de comunicação. “Queremos formar diretores editoriais ou de redação como jornalistas, não como administradores de negócios”, disse Bucci, que também dirige o curso.

“Os jornalistas participantes recebem formação em áreas como administração de empresas e gestão de processos, mas o lastro fundamental do curso é o aprofundamento do conhecimento de jornalismo”, ressaltou.

Em sua segunda turma, o curso tem carga horária de 360 horas de aula, que são distribuídas em 8 semanas de atividades em período integral durante um ano, compostas por aulas ministradas por jornalistas renomados da imprensa brasileira, além de palestras e painéis com a participação de convidados atuantes em diferentes mídias.

“A ideia do curso de pós-graduação em jornalismo é contribuir para melhorar a imprensa brasileira”, disse Bucci.

Veja também

São Paulo - Jornalistas, estudantes, pesquisadores e profissionais da área de comunicação no Brasil, além do público geral interessado em jornalismo, podem ter acesso agora à versão em língua portuguesa de uma das revistas sobre jornalismo mais influentes no mundo.

A Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) lançou a edição brasileira da Columbia Journalism Review (CJR) – uma das mais importantes revistas acadêmicas sobre jornalismo, criada há 50 anos na Universidade Columbia, nos Estados Unidos, para avaliar o desempenho do jornalismo no país.

A versão brasileira, denominada Revista de Jornalismo ESPM – Edição brasileira da Columbia Journalism Review, é a segunda edição internacional da CJR – a primeira foi a chinesa, lançada há três anos.

O título sai no Brasil em um momento em que a indústria da mídia – e não apenas de mídia impressa – está em franca expansão no país, enquanto a imprensa norte-americana passa por um momento turbulento, segundo destacou Victor Navasky, chairman da CJR, em artigo publicado na primeira edição brasileira, no qual saúda os leitores brasileiros e fala sobre a importância da parceria com a ESPM.

“Ao contrário dos Estados Unidos, onde a imprensa está em crise e passando por uma série de problemas, parece não faltar capital para o investimento em mídia no Brasil”, comparou Navasky.

“Dados do Internet World Stats (site que apresenta estatísticas referentes ao uso da internet em 233 países) indicam que, em dezembro de 2011, o Brasil possuía 79 milhões de pessoas com acesso à internet, representando 39% da população”, disse.

A parceria entre a ESPM e a Universidade Columbia para lançar a versão em língua portuguesa foi resultado de uma aproximação entre representantes das duas instituições que começou há alguns anos em função do lançamento de um curso de graduação e outro de pós-graduação em jornalismo pela ESPM.

Para lançar os cursos de jornalismo, o jornalista e diretor-presidente da ESPM, José Roberto Whitaker Penteado, visitou as principais escolas de jornalismo nos Estados Unidos, como a da Universidade Columbia. E em um dos encontros com representantes da universidade norte-americana, propôs a parceria para o lançamento da CJR no Brasil.


“O objetivo da publicação da revista no país é aproximar um pouco a cultura jornalística brasileira da norte-americana e criar um fórum para informação e estudo sobre a prática e o conhecimento do jornalismo”, disse Eugênio Bucci, diretor de redação da Revista de Jornalismo ESPM, à Agência FAPESP.

Inicialmente a revista terá periodicidade trimestral, tiragem de 20 mil exemplares e pode ser comprada nas principais bancas de jornais e livrarias no país ou por assinatura. Aproximadamente 50% de seu conteúdo será composto por traduções de artigos publicados na edição norte-americana, que são escolhidos pelos editores brasileiros.

O primeiro número reúne artigos publicados na versão norte-americana sobre temas como a dificuldade da cobertura econômica ser compreendida pelo leitor, como o inchaço das assessorias de imprensa enfraquece a prática do jornalismo e se há lugar para negros nas redações, com o contraponto de jornalistas brasileiros sobre o panorama dessas questões no país. Além disso, também traz um artigo do jornalista Alberto Dines sobre como o imediatismo prejudica as mídias digitais.

Pós-graduação em jornalismo

Dines e o também jornalista Carlos Eduardo Lins da Silva são alguns dos professores do curso de pós-graduação em jornalismo com ênfase em direção editorial, lançado pela ESPM há pouco mais de um ano em parceria com o Instituto de Altos Estudos em Jornalismo (IAEJ), criado pelo diretor editorial do Grupo Abril, Roberto Civita.

Destinado a jornalistas que já tenham experiência em redações, reportagem ou edição, graduados em qualquer área, o objetivo do curso é dar aos participantes uma formação para exercerem funções de diretores editoriais de veículos de comunicação. “Queremos formar diretores editoriais ou de redação como jornalistas, não como administradores de negócios”, disse Bucci, que também dirige o curso.

“Os jornalistas participantes recebem formação em áreas como administração de empresas e gestão de processos, mas o lastro fundamental do curso é o aprofundamento do conhecimento de jornalismo”, ressaltou.

Em sua segunda turma, o curso tem carga horária de 360 horas de aula, que são distribuídas em 8 semanas de atividades em período integral durante um ano, compostas por aulas ministradas por jornalistas renomados da imprensa brasileira, além de palestras e painéis com a participação de convidados atuantes em diferentes mídias.

“A ideia do curso de pós-graduação em jornalismo é contribuir para melhorar a imprensa brasileira”, disse Bucci.

Acompanhe tudo sobre:EducaçãoEnsino superiorFaculdades e universidades

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame