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Cientistas criam capacete que protege médicos e enfermeiros do coronavírus

Pesquisadores da University of Michigan criaram protótipo de capacete que pode evitar que equipes médicas se contaminem

Protótipo de capacete: homem na Universidade de Michigan testa invenção contra coronavírus (MIchigan Medicine/Reprodução)

Guilherme Dearo

Publicado em 17 de maio de 2020 às 12h10.

Última atualização em 17 de maio de 2020 às 12h14.

Na linha de frente no combate ao novo coronavírus , médicos e enfermeiros têm se arriscado diariamente ao cuidar dos pacientes que chegam em massa aos hospitais com sintomas leves ou graves de Covid-19.  No Brasil, por exemplo, 108 enfermeiros já morreram pela doença e já são mais de 4,1 mil infectados. Nos EUA, 27 enfermeiros morreram, enquanto na Espanha foram 42 profissionais. Acredita-se que 90 mil funcionários de hospitais já se contaminaram no mundo.

Pensando nesse grave problema, pesquisadores da Universidade de Michigan, nos EUA, criaram um capacete e uma tenda que diminuem consideravelmente o risco de pegar o novo coronavírus pelo ar.  Através de filtros e sucção, o capacete cria uma pressão negativa interna e suga o ar contaminado que a pessoa com Covid-19 expele ao tossir ou falar. A tenda ao redor do paciente funciona de modo similar, com bombas que sugam o ar e impedem que partículas do paciente contaminem o ar e sejam aspiradas pela equipe médica.

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As invenções foram divulgadas no International Journal of Tuberculosis and Lung Disease. Ainda protótipos, elas ainda não foram testadas em hospitais para saber a porcentagem de eficácia da invenção, mas os pesquisadores acreditam que será eficiente. Testado em laboratório, o capacete diminuiu a emissão de partículas em 97-99%.

Tanto o capacete quanto a tenda devem ser usados pelo paciente contaminado que está internado no hospital . Profissionais que estão transportando pacientes contaminados também poderão usar o capacete.

Segundo Nathan Haas, da Universidade de Michigan (UM), o capacete custaria menos de 150 dólares. Eles esperam a aprovação da FDA (United Stares Food And Drug Administration) para fabricar em massa e comercializar as invenções ainda em 2020.

Tendas de pressão negativa não são exatamente uma novidade e existem em hospitais desde os anos 1980, mas são caras e custam cerca de 12 mil dólares. A ideia de Haas é oferecer uma versão barata e acessível.

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