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Sem crianças na sala: "Cidade Invisível" mostra o folclore como você nunca viu

Primeira live-action dirigida por Carlos Saldanha ("Era do Gelo" e "Rio"), a nova série da Netflix é um thriller policial que mescla lendas e crimes

Cidade Invisível: a série dá vida às lendas do folclore brasileiro.  (Netflix/Reprodução)

Cidade Invisível: a série dá vida às lendas do folclore brasileiro. (Netflix/Reprodução)

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Matheus Doliveira

Publicado em 4 de fevereiro de 2021 às 17h45.

Se quando você pensa no folclore brasileiro a primeira coisa que vem à cabeça é o Saci-Pererê ou a Cuca do Sítio do Picapau Amarelo, esqueça tudo isso. Em "Cidade Invisível", nova série da Netflix que estreia na sexta-feira 5, as lendas orais que você já conhece são mostradas de um jeito que você jamais viu.

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Para começar, não é uma série para crianças: a classificação indicativa é 16 anos ou mais. Isso porque a história, no estilo mais clássico estilo dos thrillers policiais, mistura mistério, terror psicológico e, claro, muitos crimes.

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Protagonizada por Marco Pigossi, Julia Konrad e Alessandra Negrini, "Cidade invisível" é a grande aposta da Netflix Brasil para o mês de fevereiro e é também uma Ode ao audiovisual e às histórias genuinamente brasileiras.

A série é a primeira live-action (protagonizada por pessoas reais) do diretor Carlos Saldanha, que ficou conhecido aqui e lá fora pelas animações "A Era do Gelo" e "Rio".

A trama começa quando o policial ambiental Eric (Pigossi) perde sua esposa Gabriela (Konrad) em um incêndio florestal repentino e inexplicável. Dias depois, Eric encontra um boto cor-de-rosa em plena orla carioca.

A partir dai, episódios bizarros, como a frequente aparição de um menino misterioso (o próprio Saci), e questionáveis, como a falta de vontade da polícia em achar os culpados pela morte de Gabriela, levam Eric a acreditar que todos os eventos estão conectados --- e ele descobre um mundo de entidades antes invisíveis.

Em entrevista à Casual EXAME, Marco Pigossi contou como foi viver o protagonista Eric e também falou sobre a importância de o audiovisual contar histórias brasileiras. Confira os melhores trechos:

Em "Cidade Invisível", o seu personagem, Eric, é um policial ambiental que faz de tudo para defender e preservar a natureza e os animais. No mundo real, muitas vezes nada disso é respeitado. Como é trabalhar com essa dualidade e qual a contribuição que o seu personagem pode trazer para fora das telas?

Como ator, sempre foi muito importante falar sobre coisas que eu acredito. Eu acho fundamental que a série levante essa questão em um momento tão traumático para o Brasil e para o mundo em relação ao meio-ambiente. De certa forma, a série nos faz lembrar que preservar é necessário para sobreviver. "Cidade Invisível" ajuda a entender que precisamos preservar a natureza, mas também o nosso DNA, a nossa história e as nossas lendas. 

A série trata de um tema totalmente brasileiro, que é o nosso folclore. Como você acha que essa temática contribui para a nossa cultura e para o nosso audiovisual? 

Falar de um tema tão brasileiro, para mim, sempre foi o grande atrativo da série. Até porque através dela poderemos levar as histórias do nosso folclore para mais de 190 países onde a Netflix atua. É interessante lembrar que o folclore brasileiro é uma tradição oral passada de geração em geração. Saber que de certa forma estamos ajudando a manter viva essas lendas, mesmo que em um universo mais adulto, com dramas familiares, é muito empolgante. Espero que levar um pouquinho da nossa cultura tão rica e plural para o resto do mundo nos ajude a ter orgulho de ser brasileiros em um momento político, social e econômico tão complicado. 

Você, como ator, sente falta de temáticas mais brasileiras, seja na tv, no cinema ou no streaming? 

Acho que o nosso audiovisual tem sempre trabalhado em histórias brasileiras, sim. Mas também acho que há ainda muito mais para ser explorado. Para mim, quanto mais da nossa cultura, da nossa história e, no caso da série, das nossas lendas, mostrarmos, melhor.  

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