McLaren F1: o carro mais exclusivo do mundo vale mais de R$100 milhões
Com apenas 387 quilômetros rodados e pneus originais Goodyear Eagle F1, o exemplar é o único com a cor Creighton Brown, homenagem ao chefão da McLaren que revelou Ayrton Senna
Matheus Doliveira
Publicado em 17 de agosto de 2021 às 18h47.
Última atualização em 18 de agosto de 2021 às 00h02.
A McLaren acaba de estabelecer um novo e grandioso recorde. No salão de autos Gooding & Company, sediado na Califórnia na última semana, a fabricante britânica superou um feito dela mesma, leiloando um McLaren F1 1995 pelo preço mais alto da história.
Ganha pouco, mas gostaria de começar a guardar dinheiro e investir? Aprenda com a EXAME Academy
Até então, o carro mais caro já vendido pela montadora também era um McLaren F1, comprado em 2017 por 15,6 milhões de dólares. A unidade vendida agora, no entanto, é muito mais exclusiva do que a leiloada em 2017, por isso ela foi arrematada por 20,4 milhões dólares (cerca de 107 milhões de reais na cotação atual).
Com um motor V12 6.1, o McLaren F1 chega a 100 km/h em 3,2 segundos. Por décadas, este foi o modelo mais rápido do mundo, com velocidade máxima de até 386 km/h.
Tudo o que se sabe sobre o mais novo dono do carrão da McLaren é que se trata de um colecionador japonês, e que ele manterá o carro nos Estados Unidos.
O que tem de tão especial no carro para justificar os mais de 100 milhões de reais gastos? Para começar, o McLaren F1 teve apenas 106 unidades fabricadas, sendo que a produção foi interrompida em 1995.
Dos 106 exemplares produzidos, apenas 64 foram homologados para andar nas ruas (o restante só pode ser apreciado com os olhos), o que por si só já torna o carro uma raridade, mas não para aí.
Entre os principais atrativos, a unidade leiloada nos EUA marca apenas 387 quilômetros rodados no hodômetro, uma quilometragem baixíssima para um exemplar tão antigo. A prova do bom estado de conservação é que os pneus originais Goodyear Eagle F1 colocados no carro em 1995 permanecem os mesmos, novinho em folha.
E tem mais: mesmo entre os poucos McLaren F1 espalhados pelo mundo, a unidade leiloada é única: isso porque só ela foi pintada na cor “Creighton Brown", pigmento inventado pela McLaren para homenagear o chefão escocês mais famoso da história da marca. Creighton Brown, que morreu em 2015, foi o executivo que, entre outras coisas, convidou Ayrton Senna a correr pela McLaren, dando fama mundial ao brasileiro.
Assine a EXAME e acesse as notícias mais importante em tempo real.