Exame Logo

Livro alega que Hitler viveu na Argentina após a guerra

Hitler não se suicidou quando viu que a guerra estava perdida, mas fugiu para a Argentina e visitou vários países, incluindo o Brasil, segundo um livro

Adolf Hitler durante discurso: jornalista garante em seu livro que Hitler não viveu enclausurado (France Presse Voir/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 11h21.

Buenos Aires - Hitler não se suicidou quando viu que a guerra estava perdida, mas fugiu para a Argentina e visitou vários países da América do Sul com identidades falsas, incluindo o Brasil, e seu corpo estaria enterrado em um antigo bunker subterrâneo nazista no Paraguai, segundo um livro do jornalista argentino Abel Basti.

"Tras los pasos de Hitler" ("Atrás dos passos de Hitler", em tradução livre) investiga o suposto exílio do líder nazista na Argentina e em outros países da região e resume 20 anos de árduo trabalho de Basti.

O Führer, que segundo a história oficial se matou com um tiro na cabeça, teria na realidade fugido de uma Berlim assediada pelo Exército Vermelho e chegou, de submarino, à patagônia argentina, onde viveu em um campo próximo à cidade de Bariloche com o nome Adolf Schütelmayor, afirma o escritor em seu último livro.

Basti, que ouviu pela primeira vez em 1994 que Hitler tinha chegado à Argentina semanas depois do término da Segunda Guerra Mundial, contou à Efe que a princípio não acreditou "porque tinha na cabeça a verdade oficial".

"Mas, na medida que me movimentava em círculos alemães do sul, e outras partes do país, comecei a ver essa possibilidade. E acabei acreditando quando comecei a entrevistar testemunhas que tinham estado com Hitler na Argentina", relatou o autor.

O jornalista, que vive em Bariloche, garante em seu livro que Hitler "não viveu enclausurado", mas trafegava com total liberdade não só pelo território argentino, mas também por países como Brasil, Colômbia e Paraguai.

A fuga do líder nazista alemão "não teria sido possível sem um acordo militar entre os nazistas e os americanos, que consistia na saída (da Alemanha) de homens, divisas e tecnologia militar para reutilização contra o comunismo em troca de imunidade para os nazistas e a reciclagem destes na estratégia bélica americana", explicou Basti.

Segundo o escritor, as principais agências de inteligência do mundo, como a CIA e o MI6, contavam com relatórios e fotos que confirmavam a presença de Hitler na América do Sul após 1945.

Basti afirmou que "o que os serviços secretos faziam era reportar sua presença, mas não atuar para uma detenção", e que "é óbvio" que, se tivessem tido a intenção, poderiam ter capturado o líder nazista, já que "assim o demonstram os documentos".


Durante os dois primeiros mandatos do ex-presidente argentino Juan Domingo Perón (1946-1955), Hitler viveu na fazenda San Ramón, a cerca de 15 quilômetros de Bariloche, à qual chegou de trem vindo da Patagônia.

Várias são as testemunhas citadas no livro que corroboram a presença do Führer na região, garantindo que estiveram com ele ou que têm ou tiveram um parente que tinha relação próxima com o líder do Terceiro Reich.

Este é o caso de Eloísa Luján, que era uma das "provadoras" das refeições servidas ao nazista para garantir que não estavam envenenadas, e de Ángela Soriani, sobrinha da cozinheira de Hitler, Carmen Torrentegui, no tempo que este passou na fazenda.

A presença do líder alemão naquele canto da Patagônia era um segredo aberto. "Não que todos soubessem que Hitler estava nessa fazenda, mas os que o sabiam, por alguma circunstância, como por serem empregados da fazenda, minimizaram o tema em relação à importância do personagem", comentou Basti.

"Para as pessoas de campo, a guerra praticamente não existiu, não havia rádio, os jornais chegavam uma vez por mês e poucos os liam. Portanto, sabiam que havia uma guerra, mas eles não tinham a dimensão do conflito nem dos personagens em particular", acrescentou.

O autor argumentou que, quando Perón foi derrubado na chamada Revolução Libertadora (1955), muitos nazistas saíram da Argentina em direção a países vizinhos, principalmente ao Paraguai, e também, embora haja testemunhas que assegurem ter estado com Hitler depois dessa data, o próprio Hitler teve que migrar ao país vizinho, usando o pseudônimo Kurt Bruno Kirchner.

Em "Tras los pasos de Hitler", há um depoimento de um ex-militar brasileiro filho de um nazista que garante que o Führer morreu em 5 de fevereiro de 1971 e está enterrado em uma cripta em um antigo bunker subterrâneo nazista no Paraguai, onde hoje há um "moderno e exclusivo hotel".

Basti escreve que, em cada primeira semana de fevereiro, o estabelecimento fecha suas portas para que um grupo exclusivo de nazistas possa homenagear Hitler, "o homem que mudou a vida, a deles e a de todo o mundo, para sempre".

Veja também

Buenos Aires - Hitler não se suicidou quando viu que a guerra estava perdida, mas fugiu para a Argentina e visitou vários países da América do Sul com identidades falsas, incluindo o Brasil, e seu corpo estaria enterrado em um antigo bunker subterrâneo nazista no Paraguai, segundo um livro do jornalista argentino Abel Basti.

"Tras los pasos de Hitler" ("Atrás dos passos de Hitler", em tradução livre) investiga o suposto exílio do líder nazista na Argentina e em outros países da região e resume 20 anos de árduo trabalho de Basti.

O Führer, que segundo a história oficial se matou com um tiro na cabeça, teria na realidade fugido de uma Berlim assediada pelo Exército Vermelho e chegou, de submarino, à patagônia argentina, onde viveu em um campo próximo à cidade de Bariloche com o nome Adolf Schütelmayor, afirma o escritor em seu último livro.

Basti, que ouviu pela primeira vez em 1994 que Hitler tinha chegado à Argentina semanas depois do término da Segunda Guerra Mundial, contou à Efe que a princípio não acreditou "porque tinha na cabeça a verdade oficial".

"Mas, na medida que me movimentava em círculos alemães do sul, e outras partes do país, comecei a ver essa possibilidade. E acabei acreditando quando comecei a entrevistar testemunhas que tinham estado com Hitler na Argentina", relatou o autor.

O jornalista, que vive em Bariloche, garante em seu livro que Hitler "não viveu enclausurado", mas trafegava com total liberdade não só pelo território argentino, mas também por países como Brasil, Colômbia e Paraguai.

A fuga do líder nazista alemão "não teria sido possível sem um acordo militar entre os nazistas e os americanos, que consistia na saída (da Alemanha) de homens, divisas e tecnologia militar para reutilização contra o comunismo em troca de imunidade para os nazistas e a reciclagem destes na estratégia bélica americana", explicou Basti.

Segundo o escritor, as principais agências de inteligência do mundo, como a CIA e o MI6, contavam com relatórios e fotos que confirmavam a presença de Hitler na América do Sul após 1945.

Basti afirmou que "o que os serviços secretos faziam era reportar sua presença, mas não atuar para uma detenção", e que "é óbvio" que, se tivessem tido a intenção, poderiam ter capturado o líder nazista, já que "assim o demonstram os documentos".


Durante os dois primeiros mandatos do ex-presidente argentino Juan Domingo Perón (1946-1955), Hitler viveu na fazenda San Ramón, a cerca de 15 quilômetros de Bariloche, à qual chegou de trem vindo da Patagônia.

Várias são as testemunhas citadas no livro que corroboram a presença do Führer na região, garantindo que estiveram com ele ou que têm ou tiveram um parente que tinha relação próxima com o líder do Terceiro Reich.

Este é o caso de Eloísa Luján, que era uma das "provadoras" das refeições servidas ao nazista para garantir que não estavam envenenadas, e de Ángela Soriani, sobrinha da cozinheira de Hitler, Carmen Torrentegui, no tempo que este passou na fazenda.

A presença do líder alemão naquele canto da Patagônia era um segredo aberto. "Não que todos soubessem que Hitler estava nessa fazenda, mas os que o sabiam, por alguma circunstância, como por serem empregados da fazenda, minimizaram o tema em relação à importância do personagem", comentou Basti.

"Para as pessoas de campo, a guerra praticamente não existiu, não havia rádio, os jornais chegavam uma vez por mês e poucos os liam. Portanto, sabiam que havia uma guerra, mas eles não tinham a dimensão do conflito nem dos personagens em particular", acrescentou.

O autor argumentou que, quando Perón foi derrubado na chamada Revolução Libertadora (1955), muitos nazistas saíram da Argentina em direção a países vizinhos, principalmente ao Paraguai, e também, embora haja testemunhas que assegurem ter estado com Hitler depois dessa data, o próprio Hitler teve que migrar ao país vizinho, usando o pseudônimo Kurt Bruno Kirchner.

Em "Tras los pasos de Hitler", há um depoimento de um ex-militar brasileiro filho de um nazista que garante que o Führer morreu em 5 de fevereiro de 1971 e está enterrado em uma cripta em um antigo bunker subterrâneo nazista no Paraguai, onde hoje há um "moderno e exclusivo hotel".

Basti escreve que, em cada primeira semana de fevereiro, o estabelecimento fecha suas portas para que um grupo exclusivo de nazistas possa homenagear Hitler, "o homem que mudou a vida, a deles e a de todo o mundo, para sempre".

Acompanhe tudo sobre:adolf-hitlerAmérica LatinaArgentinaCriminosos de guerraGuerrasPolíticos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Casual

Mais na Exame