Os 10 carros mais baratos de 2022, segundo a tabela Fipe

Somente no ano de 2021, os preços dos carros populares tiveram um aumento de 26,83% a 47,95%, fazendo do Brasil um dos 5 países mais caros do mundo para se ter um carro

Carros: atualmente, o Fiat Mobi é o carro mais barato do Brasil, e custa 49.949 reais (Reprodução/Reprodução)

Matheus Doliveira

Publicado em 17 de janeiro de 2022 às 12h14.

Última atualização em 30 de agosto de 2022 às 15h41.

Somente no ano de 2021, os preços dos carros populares tiveram um aumento de 26,83% a 47,95% no mercado brasileiro. A alta é tão expressiva que, mesmo entre os 10 modelos de entrada mais baratos à venda no país, nenhum deles custa menos de 50 mil reais.

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É o que revela um estudo divulgado pela plataforma CupomValido.com.br, que compilou preços dos veículos da Tabela FIPE e dados da Scrap Car Comparion.

Antes do início da pandemia, em janeiro de 2020, era possível encontrar um carro popular zero por aproximadamente 35 mil reais.Já em janeiro de 2021, o preço subiu para aproximadamente 38 mil reais. Em 2022, nenhum dos carros mais baratos do Brasil sai por menos de 50 mil reais.

Preço para manter um carro no Brasil

Desembolsar pelo menos 50 mil reais em um carro não é o único gasto que o comprador terá. O estudo da Cupom.Valido tambémcomparou o preço da compra e manutenção de um automóvel em relação à renda média salarial de cada país.

O resultado é que o Brasil é o 5º país mais caro do mundo para se ter um carro. Os brasileiros precisam gastar 441,89% do rendimento médio anual para comprar e manter um carro.

O país mais caro para se ter um carro é a Turquia (652% do rendimento médio anual dos turcos); seguido da Argentina (515%); Colômbia (508%); Uruguai (443%); e Brasil (441%).

Já os 5 países mais baratos para se ter um carro são: Austrália (49% do rendimento médio anual dos australianos); Estados Unidos (54%); Dinamarca (60%); Canadá (64%); e Suécia (75%).

No Brasil, a alta dos preços dos automóveis está relacionada a diversos fatores. O primeiro é a pandemia, que paralisou a montagem de veículos por alguns meses. Mais recentemente, a indústria sofreu com a escassez de componentes eletrônicos.

Estes dois fatores fizeram com que os preços dos veículos aumentassem no mundo todo. Porém, aqui no Brasil houve um motivo adicional que contribuiu ainda mais na subida dos preços: como o real se desvalorizou perante o dólar nos últimos meses, isso fez com que o preço da importação das peças e componentes para a fabricação dos automóveis também fossem encarecido, o que fez com que nós brasileiros tivéssemos um aumento ainda maior que em outros países.