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Atriz e diretora francesa Jeanne Moreau morre aos 89 anos

A intérprete, que trabalhou com os maiores diretores da cinematografia francesa, foi encontrada morta em sua casa em Paris

Jeanne Moreau: a atriz foi a primeira mulher acadêmica de Belas Artes na história da França (Pascal Le Segretain/Getty Images)
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EFE

Publicado em 31 de julho de 2017 às 09h33.

Última atualização em 31 de julho de 2017 às 13h03.

Paris - A atriz e diretora Jeanne Moreau, considerada a grande dama do cinema francês, morreu nesta segunda-feira aos 89 anos de idade, segundo informou a imprensa francesa.

A intérprete, que trabalhou com os maiores diretores da cinematografia francesa, como François Truffaut, Louis Malle e André Téchiné, foi encontrada morta nesta manhã em sua casa em Paris por sua empregada doméstica, indicou a revista "Closer".

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Moreau, "a melhor atriz do mundo", segundo Orson Welles, e a primeira mulher acadêmica de Belas Artes na história da França, fez parte da "Nouvelle Vage" e musa de diretores como Luis Buñuel, com quem trabalhou em "Diário de uma Criada de Quarto".

"Esta tristeza não acabará nunca, mas a alegria de lembrá-la sempre estará conosco", escreveu hoje no Twitter o Unifrance, organismo encarregado da promoção do cinema francês no exterior.

A protagonista de "Uma Mulher para Dois" (1962) e de "A Noiva Estava de Preto"(1967), de Truffaut, teve uma ampla trajetória, entre cujos filmes se destacam também "A Noite" (1962), de Michelangelo Antonioni, e "Duas Almas em Suplício" (1960), de Peter Brook, que lhe valeu o prêmio de melhor interpretação feminina em Cannes.

Nascida em 23 de janeiro de 1928, de pai francês e mãe britânica, estreou no teatro em 1947 com "La terrasse de midi", apresentada no Festival de Avignon.

Atriz poliglota e internacional, que se destacou também como cantora, foi prêmio César de melhor atriz em 1992 por "La vieille qui marchait dans a mer", de Laurent Heynemann, e presidente do jurado de Cannes em 1975 e 1995.

Moreau presidiu também o jurado da Seção Oficial do 54º Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, em 2006, e deixa uma trajetória cinematográfica composta por mais de uma centena de filmes.

"Com ela desaparece uma artista que encarnou o cinema na sua complexidade, na sua memória, na sua defesa", afirmou hoje a presidência francesa, que a lembrou como uma mulher rebelde contra "a ordem estabelecida e a rotina".

A também cenógrafa, diretora de filmes como "No Coração, a Chama" (1976), foi casada com Jean-Louis Richard, pai do seu filho Jérôme, e posteriormente com William Friedkin, aos quais se somam outras várias relações.

"Seduzi muitos homens. Sempre me apaixonei por homens com talento. Não tive amantes apenas para tê-los", disse em certa ocasião.

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