Gastronomia: vinícolas famosas por seus conceituados restaurantes (Dulin/Getty Images)
Guilherme Dearo
Publicado em 21 de agosto de 2019 às 09h00.
Última atualização em 21 de agosto de 2019 às 09h00.
A 75 quilômetros de Punta del Este, a vinícola pertence a Alejandro Bulgheroni, o homem mais rico da Argentina. Com uma fortuna de US$ 3,2 bilhões, ele dificilmente teria uma vinícola qualquer. Os espelhos d`água que magnetizam os olhares na entrada e os vinte tanques ovais de cimento para fermentação, trazidos de navio da Itália por € 50 mil cada um, dão uma ideia do projeto - estima-se que nele foram investidos US$ 250 milhões.
O sofisticado restaurante, com amplos terraços voltados para os vinhedos, é comandado pelo chef argentino Francis Mallmann, conhecido pelos churrascos mesmerizantes e por ter participado da série “Chef's Table”, da Netflix. Ele trabalha apenas com menu-degustação, com quatro ou cinco etapas, a partir de 2.600 pesos por pessoa. Para acompanhar, recomenda-se o tinto mais conhecido da Garzón, o Balasto, vendido no Brasil por R$ 1.100. bodegagarzon.com
“Os pratos têm o sabor e as cores da natureza: são obra de um chef inspirado, Nicolas Masse, mestre na arte de associar sabores e texturas com notável precisão para atrair os sentidos”. É assim que o restaurante La Grand'Vigne é apresentado no “Guia Michelin”, no qual ostenta duas das cobiçadas estrelas. Prepare-se para gastar entre €95 e 175 com uma refeição no local, que faz parte do Château Smith Haut Lafitte, em Bordeaux, na França.
Instituída no século XIV, a vinícola é adepta de métodos orgânicos, o que inclui o uso de cavalos na colheita. Para quem tem pouco tempo, recomenda-se o tour pela propriedade seguido de uma visita na adega privativa do proprietário, na qual é possível degustar, por exemplo, o primeiro vinho do Château. Para quem não tem pressa, convém considerar uma visita ao spa do complexo, o Les Sources de Caudalie, que promove diversos tratamentos à base de vinho. smith-haut-lafitte.com
Se alguém consegue colocar uma cidade pouco conhecida no mapa global do turismo é o arquiteto Frank Gehry. Ele fez isso com Bilbao, na Espanha, ao projetar uma unidade do Museu Guggenheim. E repetiu a façanha com Rioja, a pouco mais de 100 quilômetros dali, onde ergueu o hotel da vinícola Marqués de Riscal. Inaugurado em 2006, o complexo com 43 habitações é administrado pela rede Marriott.
Premiado com uma estrela Michelin, o restaurante da vinícola é comandado pelo mesmo chef do Echaurren, Francis Paniego, que promove a culinária tradicional da região com técnicas modernas. A cozinha expede apenas dois menus-degustação. Um, com 21 etapas, custa € 140 por pessoa; o de 14 etapas sai por € 110. marquesderiscal.com
Hoje com mais de 700 vinícolas, que apostam principalmente na casta sauvignon blanc, o país deixa os visitantes de queixo caído com suas praias cinematográficas e desérticas, os exuberantes vulcões, quase todos inativos, e as montanhas cobertas de neve o ano todo.
A segunda região que mais produz vinhos no país é a de Hawke's Bay, com 9,3% dos vinhedos. É onde Elephant Hill se encontra. Voltado para a baía, o restaurante privilegia a vista excepcional com grandes janelas e decoração discreta.
O tartare de Wagyu com ovo de codorna, sorvete de mostarda preta, tapenade e merengue de aipo é uma das entradas mais recomendadas. Uma boa sequência é o nhoque com toque de açafrão, acompanhado de peixe branco, camarão, amêndoas, limão, brócolis e molho de tinta de lula. elephanthill.co.nz