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Volks prioriza aumento da capacidade produtiva no País

A subsidiária brasileira da Volkswagen definiu como prioridade em 2010 o aumento de sua capacidade produtiva. Segundo o presidente da montadora, Thomas Schmall, 60% dos aportes a serem feitos neste ano, cujo valor ele não divulga, servirão a este propósito. De 2010 a 2014, quando a empresa investirá um total de R$ 6,2 bilhões, a […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

A subsidiária brasileira da Volkswagen definiu como prioridade em 2010 o aumento de sua capacidade produtiva. Segundo o presidente da montadora, Thomas Schmall, 60% dos aportes a serem feitos neste ano, cujo valor ele não divulga, servirão a este propósito. De 2010 a 2014, quando a empresa investirá um total de R$ 6,2 bilhões, a ideia é privilegiar o lançamento de produtos, que receberá mais da metade, ou 60%, dos aportes programados.

Hoje, a Volkswagen trabalha com uma capacidade instalada no País para pouco mais de 840 mil veículos por ano. Considerando a produção de 800 mil carros em 2009, vê-se que a companhia tem pouco espaço de manobra. A montadora ainda não decidiu como vai equalizar esse aumento da capacidade produtiva, mas o foco deve recair sobre as fábricas de São Bernardo do Campo, Taubaté e São Carlos, todas no Estado de São Paulo.

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Segundo Schmall, o valor do investimento e a ampliação das linhas de montagem dependerão das negociações salariais com os sindicatos. Espera-se que montadora e trabalhadores cheguem a um consenso nas próximas semanas. "Eu preciso de uma ideia sobre o acordo salarial para ver se os investimentos serão competitivos e o crescimento da operação será sustentável", afirmou hoje, durante almoço com jornalistas.

No encontro, o presidente da Volkswagen também destacou que 36% dos R$ 6,2 bilhões a serem investidos até 2014 virão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Cerca de 40% será colocado pela matriz e, o restante virá de outras fontes de financiamento. Schmall preferiu não falar sobre suas negociações com o banco de fomento e tampouco quando sairá a primeira parcela dos financiamentos que estão sendo pleiteados.

Os vultosos investimentos da Volkswagen no Brasil contrastam, de certa forma, com a projeção mais conservadora de seu presidente para o mercado automotivo no Brasil. Ao mesmo tempo em que a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) espera um acréscimo superior a 9% em 2010, para 3,4 milhões de veículos, Schmall imagina que o mercado nacional ficará mais perto dos 6% de alta, teto de sua projeção que também leva em conta um cenário de avanço de 3% para a indústria.

"Lembrem-se de que o IPI reduzido termina em março", justificou o executivo, ressalvando que este desempenho é "muito bom", considerando o estado da indústria automobilística ao redor do mundo, que sofreu um duro golpe da crise financeira global. Se a projeção de Schmall for confirmada, a Volkswagen deverá crescer cerca de 8% no Brasil em 2010, comparativamente ao ano passado.

Além das exportações, que na avaliação de Schmall começam a dar sinais positivos, a indústria brasileira será desafiada pela entrada de novos players e, consequentemente, aumento dos veículos importados. "Estou muito mais preocupado com os coreanos do que com a China", observou. Assim, segundo o executivo, as empresas instaladas no Brasil terão de trabalhar duro para se manterem competitivas, trabalhando em produtos, atendimento e em meios para tornar a operação mais eficiente. "O governo está atento ao que está acontecendo e vem fazendo a parte dele", respondeu Schmall quando indagado sobre pleitos da indústria nacional para proteger-se contra a entrada de importados.

O executivo reforçou a meta da Volkswagen de lançar 13 veículos em 2010, sendo que o primeiro deles será apresentado no final de fevereiro. Do total de lançamentos, um terço pertencerá à categoria de comerciais leves, segmento hoje liderado pela rival Fiat. Embora tenha comemorado sua aproximação da primeira colocada do ranking de automóveis e comerciais leves - em 2008, a diferença entre Volkswagen e Fiat era de 70 mil carros, passando a 50 mil no ano passado -, Schmall ressaltou que, "mais do que a liderança, o importante é crescer acima da média do mercado e de modo sustentável".

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