Verdade ou não? Estereótipos da Geração Y são postos à prova
Pesquisa põe à prova estereótipos relacionados ao perfil de carreira da Geração Y, a partir da coleta de respostas de 16 mil jovens de 42 países diferentes
Camila Pati
Publicado em 17 de novembro de 2014 às 14h00.
São Paulo – “Em cinco ou seis anos, a Geração Y será maioria no mercado de trabalho”, lembra Petter Nylander, presidente da Universum.
Por isso, as atenções da empresa que ele conduz estão voltadas aos hábitos, anseios e desejos destes jovens . Para a Universum, compreendê-los é entender o futuro do trabalho e da inovação .
Assim, a empresa, em parceria com o INSEAD Emerging Markets Institute (EMI) e a HEAD Foundation, colocou à prova 5 estereótipos propagados sobre o perfil da Geração Y.
Para chegar ao resultado, foram coletadas em 42 países respostas de 16 mil jovens (nascidos entre 1984 e 1996) a perguntas que iam ao encontro do que diz a literatura disponível sobre eles e de onde surgiram alguns estereótipos:
1. Eles querem cargos de liderança e crescimento rápido de carreira:
Verdadeiro. Para 70% dos jovens entrevistados, chegar ao cargo de gerente - ou assumir um papel de liderança na carreira - é importante.
As oportunidades de influência dentro da organização e a atuação estratégica são o que mais atraem os jovens latino-americanos para as posições de liderança, segundo a pesquisa.
Já os jovens da Europa Central e do Leste consideram mais atrativos os altos salários recebidos pelos chefes, assim como os asiáticos.
2. A Geração Y se esquiva de “trabalho duro”
Nem verdadeiro, nem falso. É que o que a Geração Y entende por trabalho desafiador de liderança não está necessariamente relacionado a longas jornadas e carga excessiva de trabalho.
Apenas 10% dos jovens identificaram trabalho desafiador com constantes horas extras, segundo a pesquisa.
Para 39%, a inovação é característica principal de uma atividade que tenha desafios. Outros 39% consideram que aprender coisas novas todos os dias é parte de um trabalho desafiador.
Mas, 64% concordam que estar disposto ao desafio de ser líder é também estar preparado para stress e mais horas de trabalho.
3. Equilíbrio entre vida pessoal e profissional é mais importante do que dinheiro e status
Verdadeiro. Apenas 17% dos entrevistados ao redor do mundo não desistiriam de um trabalho bem remunerado para ganhar mais equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Os jovens da Europa Central e do Leste são os que menos se identificam com esta máxima. Apenas 25% dos entrevistados nesta região trocariam um salário alto por mais qualidade de vida.
Já na América Latina, apenas 19% não concordam que o equilíbrio entre vida pessoal e carreira seja mais importante do que um salário alto e status.
4. Os jovens consideram que o governo sempre pode ter uma forte (e positiva) influência na sociedade
Falso. A pesquisa indica que, para os jovens, não necessariamente o governo influencia a sociedade atual.
Na América Latina, por exemplo, a influência dos indivíduos é a mais potente, segundo mais de 40% dos entrevistados. As empresas privadas, por outro lado, são as mais influentes, segundo mais de 30% dos jovens desta região. Pouco mais de 20% acreditam que é o governo que tem maior poder de influência.
A máxima provou ser verdadeira para os jovens asiáticos e africanos. Para mais da metade dos entrevistados da Ásia, é do governo o maior poder de influência na sociedade.
Na África, o governo tem mais influência, segundo pouco menos de 40% dos jovens. Mas os indivíduos vêm logo atrás na pesquisa, por uma diferença de votos de menos de 5 pontos percentuais.
5. A Geração Y envolve parentes e amigos em suas decisões de carreira
Falso. Apenas 26% dos entrevistados ao redor do mundo confirmaram contar com ajuda na hora de tomar deciões. Outros 39% negaram e os 35% restantes mantiveram-se neutros. Eles preferem tomar suas próprias decisões, sem a influência dos outros, conclui a equipe da Unversum.
De acordo com a pesquisa, na Europa Central, 61% dos jovens disseram não envolver família e amigos em questões profissionais.
Entre os entrevistados da América Latina, 46% também preferem não pedir ajuda de amigos e parentes na hora de tomar decisões de carreira. Apenas 22% dos latino-americanos disseram que envolvem parentes e amigos em suas escolhas profissionais.
São Paulo – “Em cinco ou seis anos, a Geração Y será maioria no mercado de trabalho”, lembra Petter Nylander, presidente da Universum.
Por isso, as atenções da empresa que ele conduz estão voltadas aos hábitos, anseios e desejos destes jovens . Para a Universum, compreendê-los é entender o futuro do trabalho e da inovação .
Assim, a empresa, em parceria com o INSEAD Emerging Markets Institute (EMI) e a HEAD Foundation, colocou à prova 5 estereótipos propagados sobre o perfil da Geração Y.
Para chegar ao resultado, foram coletadas em 42 países respostas de 16 mil jovens (nascidos entre 1984 e 1996) a perguntas que iam ao encontro do que diz a literatura disponível sobre eles e de onde surgiram alguns estereótipos:
1. Eles querem cargos de liderança e crescimento rápido de carreira:
Verdadeiro. Para 70% dos jovens entrevistados, chegar ao cargo de gerente - ou assumir um papel de liderança na carreira - é importante.
As oportunidades de influência dentro da organização e a atuação estratégica são o que mais atraem os jovens latino-americanos para as posições de liderança, segundo a pesquisa.
Já os jovens da Europa Central e do Leste consideram mais atrativos os altos salários recebidos pelos chefes, assim como os asiáticos.
2. A Geração Y se esquiva de “trabalho duro”
Nem verdadeiro, nem falso. É que o que a Geração Y entende por trabalho desafiador de liderança não está necessariamente relacionado a longas jornadas e carga excessiva de trabalho.
Apenas 10% dos jovens identificaram trabalho desafiador com constantes horas extras, segundo a pesquisa.
Para 39%, a inovação é característica principal de uma atividade que tenha desafios. Outros 39% consideram que aprender coisas novas todos os dias é parte de um trabalho desafiador.
Mas, 64% concordam que estar disposto ao desafio de ser líder é também estar preparado para stress e mais horas de trabalho.
3. Equilíbrio entre vida pessoal e profissional é mais importante do que dinheiro e status
Verdadeiro. Apenas 17% dos entrevistados ao redor do mundo não desistiriam de um trabalho bem remunerado para ganhar mais equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Os jovens da Europa Central e do Leste são os que menos se identificam com esta máxima. Apenas 25% dos entrevistados nesta região trocariam um salário alto por mais qualidade de vida.
Já na América Latina, apenas 19% não concordam que o equilíbrio entre vida pessoal e carreira seja mais importante do que um salário alto e status.
4. Os jovens consideram que o governo sempre pode ter uma forte (e positiva) influência na sociedade
Falso. A pesquisa indica que, para os jovens, não necessariamente o governo influencia a sociedade atual.
Na América Latina, por exemplo, a influência dos indivíduos é a mais potente, segundo mais de 40% dos entrevistados. As empresas privadas, por outro lado, são as mais influentes, segundo mais de 30% dos jovens desta região. Pouco mais de 20% acreditam que é o governo que tem maior poder de influência.
A máxima provou ser verdadeira para os jovens asiáticos e africanos. Para mais da metade dos entrevistados da Ásia, é do governo o maior poder de influência na sociedade.
Na África, o governo tem mais influência, segundo pouco menos de 40% dos jovens. Mas os indivíduos vêm logo atrás na pesquisa, por uma diferença de votos de menos de 5 pontos percentuais.
5. A Geração Y envolve parentes e amigos em suas decisões de carreira
Falso. Apenas 26% dos entrevistados ao redor do mundo confirmaram contar com ajuda na hora de tomar deciões. Outros 39% negaram e os 35% restantes mantiveram-se neutros. Eles preferem tomar suas próprias decisões, sem a influência dos outros, conclui a equipe da Unversum.
De acordo com a pesquisa, na Europa Central, 61% dos jovens disseram não envolver família e amigos em questões profissionais.
Entre os entrevistados da América Latina, 46% também preferem não pedir ajuda de amigos e parentes na hora de tomar decisões de carreira. Apenas 22% dos latino-americanos disseram que envolvem parentes e amigos em suas escolhas profissionais.