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Segundo Forbes, 20% dos bilionários do Brasil conquistaram suas fortunas no mesmo setor; saiba qual

Estudo também revelou que a indústria é uma das 10 que mais devem gerar milionários nesta década.

 (Staras/Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2022 às 09h15.

R$ 402,20 bilhões. Segundo a Forbes, essa é a fortuna somada de 54, dos 290, brasileiros da lista de pessoas mais ricas do país. No entanto, não é apenas o dinheiro e o status de ‘bilionário’ que elas têm em comum, mas sim algo muito mais curioso: todas enriqueceram investindo no mesmo setor. Estamos falando aqui de, praticamente, 20% dos bilionários brasileiros.

Envolvendo desde o processo de semeadura até a produção final dos alimentos, foi a cadeia produtiva do agronegócio a grande “fábrica” de bilionários do ano de 2022. 

E esse fato não deveria ser surpresa para ninguém. Com uma população mundial de 7,7 bilhões de pessoas, e a previsão de que esse número suba para 9,7 bilhões até 2050, produzir alimento suficiente e de forma sustentável tem sido a principal preocupação de instituições e líderes globais - o que tem atraído muito dinheiro.

Como consequência, a indústria do agronegócio passou a representar uma fatia considerável do PIB nacional, que chegou a quase 30% em 2021. 

E os dados evidenciam cada vez mais essa tendência. Um relatório da World Wealth Report, da consultoria Capgemini, apontou os setores que seriam responsáveis por criar o maior número de milionários na próxima década. Para tal, especialistas foram consultados e o agronegócio ficou entre as 10 áreas mais citadas, ficando à frente de setores clássicos como mineração e saúde.

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Mas, afinal, como o agronegócio brasileiro cresceu tanto a ponto de ‘criar’ mais de 50 bilionários no país? (e como você pode aproveitar esse crescimento para também fazer dinheiro?).

Como o agronegócio brasileiro se tornou um dos maiores do mundo?

Enquanto muitos mercados enfrentavam dificuldades, desde o início da pandemia o agronegócio brasileiro, que abastece o mercado interno e externo, viu a demanda pelos produtos agrícolas aquecida.

Mas o sucesso do agro brasileiro não é ocasional. Para se ter uma ideia, o país já era TOP 1 ou 2 mundiais em produção e exportação de praticamente todas as commodities agrícolas, como milho, algodão, soja, trigo, cana, café e cacau, antes mesmo da pandemia ocorrer.

E diferente do que muitos pensam, o crescimento do mercado não está relacionado a desmatamentos ou à expansão das fronteiras agrícolas. Enquanto antigamente o que determinava o sucesso de um produtor agrícola era o tamanho de suas terras, hoje é o conhecimento tecnológico o responsável por multiplicar a produtividade no campo brasileiro.

A digitalização do campo

Há 40 anos no Brasil, uma plantação de soja feita em 1 hectare de terra (10.000m2) rendia, em média, menos de 2 toneladas de grãos. Hoje, essa mesma área já produz 4 toneladas. Dobrar a colheita e crescer sem expandir área não é mágica do agricultor, mas sim reflexo da ferramenta que fez do Brasil líder mundial no setor: a tecnologia.

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Com os enormes desafios que o setor enfrenta, como produzir alimentos em grande quantidade e de forma sustentável para acompanhar o crescimento populacional, aqueles que conseguem utilizar as tecnologias para aumentar a produtividade no campo estão se tornando líderes no mercado. 

Afinal, a revolução digital que vem acontecendo nos últimos anos atingiu todos os setores da sociedade, e o agro não ficaria de fora. Na prática, a digitalização ajuda produtores a: monitorar as plantações através de drones, plantar e colher em menos tempo, não perder colheitas inteiras por intempéries etc.

AgTechs, a próxima revolução do agro

Reduzir custos, aumentar a produtividade e tornar o agro sustentável no longo prazo. Unindo a tecnologia e o campo, as chamadas AgTechs, ou startups do agro, tem o objetivo de levar a tecnologia para uma das indústrias mais relevantes e tradicionais do mundo.

Apesar de muito novas, muitas destas startups já estão se tornando verdadeiras gigantes. Os investimentos globais em agtechs estimados em US$6,4 bilhões em 2014 aumentaram para US$30,5 bilhões em 2020, um aumento de 476%.

No entanto, estamos falando de uma fatia muito pequena do mercado. Hoje, o número de agronegócios que já estão digitalizados é de apenas 30% do total de propriedades. Ou seja, são mais de 3 milhões de fazendas que ainda não passaram pela transformação digital e, consequentemente, estão operando abaixo do seu potencial produtivo.

Uma oportunidade de trabalhar para a indústria mais próspera do Brasil

Não é necessário morar no campo, muito menos ser formado em agronomia ou veterinária. Se antigamente o imaginário do produtor rural era de alguém sem instrução, conservador, “caipira” e avesso a novidades, hoje ele não poderia ser mais diferente.

Trabalhando em casa, no computador e morando em grandes cidades, o profissional mais buscado pelo agronegócio é aquele capaz de levar tecnologia ao campo e tornar as operações cada vez mais produtivas. 

Chamado de Agro Digital Manager, ele é o profissional responsável por entender a demanda do produtor e propor a solução tecnológica mais adequada para resolver esse problema. E para isso ele não precisa ser formado em agronomia, muito menos viver no campo. Pense nele como um coordenador de projetos digitais, que organiza um time de especialistas (como engenheiros e desenvolvedores) e garante que o negócio funcione da forma mais produtiva e sustentável possível.

A demanda é tanta que, segundo estudo da Agência Alemã de Cooperação Internacional, a estimativa é de que, em dois anos, existam 32,5 mil profissionais qualificados para 178,8 mil oportunidades. Ou seja, cerca de 5 vagas em aberto para cada profissional qualificado no mercado.

Dê os primeiros passos no mercado do agronegócio

Para que você possa conhecer estes e outros cargos que começam a surgir no mercado de agricultura digital (e também os possíveis caminhos para migrar para o setor), a EXAME apresenta, entre os dias 17 e 25 de outubro, a série Carreira no Agronegócio.

Apresentado por Francisco Jardim, sócio-fundador da SP Ventures (uma das gestoras de Venture Capital especializada no agronegócio mais tradicionais do país), o conteúdo será disponibilizado de forma gratuita, mas é necessário preencher um formulário de interesse (disponível aqui) para garantir a sua vaga.

Durante os encontros, Jardim irá abordar:

  • Como a revolução tecnológica do agronegócio brasileiro está fazendo surgir inúmeras possibilidades de fazer carreira em profissões que eram inexistentes até pouco tempo atrás;
  • Como planejar uma carreira de sucesso no Digital Agro e ter remuneração que pode passar dos R$ 14 mil por mês;
  • Como aproveitar as oportunidades no setor mesmo sem uma formação em áreas relacionadas;
  • Qual a melhor forma para fazer a transição de carreira e começar a faturar com o agronegócio brasileiro sem precisar se mudar para o campo.

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