Carreira

Para grupo de mulheres não há igualdade de gênero no varejo

Pesquisa exclusiva mapeou necessidades das mulheres para a evolução de suas carreiras e oportunidades para as entrantes no setor

Vendas: melhores expectativas estão entre os Microempreendedores Individuais (Kikovic/Thinkstock)

Vendas: melhores expectativas estão entre os Microempreendedores Individuais (Kikovic/Thinkstock)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 10 de dezembro de 2018 às 16h36.

Em outubro, as empreendedoras e executivas Fátima Merlin e Vanessa Sandrini lançaram nas redes sociais o grupo Mulheres do Varejo, atualmente com cerca de 1 000 mulheres no Facebook e 6 000 no LinkedIn.

“O grupo foi criado a partir de uma rede de relacionamentos que construí em 30 anos de carreira. Em comum, todas temos a vontade de mapear as necessidades das mulheres para a evolução de suas carreiras e oportunidades para as novas entrantes”, afirma Fátima.

A partir do movimento uma pesquisa exclusiva foi desenvolvida e deve nortear as ações do grupo no próximo ano.

A pesquisa foi realizada online entres os dias 7 a 13 de novembro, com 87 profissionais do varejo com faixa etária entre 26 e 61 anos.

A maior parte das respondentes são casadas, com filhos, moradoras do estado de São Paulo e tem em média 46 anos. Entre elas, há presidentes (38%), diretoras (23%) e profissionais de alta-gerência (21%).

Apesar do nível hierárquico, somente 6% estão satisfeitas a importância do papel das mulheres e da igualdade de gêneros no varejo. Elas dizem ter escutado ao longo da carreira muitas frases pejorativas relacionadas ao fato de serem mulheres.

Um das barreiras identificadas é o alto nível de esforço para alcançar cargos de direção. Para 80% delas é preciso fazer mais do que os homens para ter resultados semelhantes.

Apenas 38% declaram estar satisfeitas em suas relações com os homens por conta de machismo, autoritarismo e politicagem.

E para cerca de metade, o próximo passo é apontar as diferenças e semelhanças no trabalho de homens e mulheres para sensibilizar o mercado sobre a importância da diversidade.

“Hoje os clientes exigem representatividade nos produtos que compram, por isso o mercado precisa estar aberto para a diversidade de pensamentos e atitudes entre homens e mulheres”, diz Fátima Merlin, sócia fundadora da Connect Shopper e uma das idealizadoras do Mulheres do Varejo.

Mais de Carreira

Lista de concursos em agosto: Veja as mais de 16 mil vagas para empregos no setor público

11 frases para evitar se quiser ser um marqueteiro de sucesso

O alvo dela é o pódio das Olimpíadas 2024: a história de Ana Luiza Caetano, do tiro com arco

Olimpíadas 2024: Veja seis lições de atletas olímpicos que podem inspirar carreiras corporativas

Mais na Exame