Para a CEO da Rappi, estas são as três fases importantes na carreira de mulheres de sucesso
Executiva participou do evento Agora É que São Elas e destacou como os preconceitos de gênero podem fazer com que empresas percam oportunidades e talentos femininos
Redação Exame
Publicado em 24 de março de 2023 às 09h00.
Última atualização em 28 de março de 2023 às 18h49.
Referência é tudo. Essa foi a principal mensagem deixada pela CEO da Rappi, Tijana Jankovic, em participação no primeiro dia do evento sobre empreendedorismo feminino Agora É Que São Elas .
"Tive muitas referências de líderes mulheres durante a minha carreira e isso fez toda a diferença para chegar onde cheguei. Eu sabia que se eu tivesse chefes mulheres, a minha carreira iria decolar no começo e que eu me formaria pessoalmente e profissionalmente muito melhor", afirma a executiva.
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O segundo dia do evento online realizado pela EXAME e pela Aladas está programado para acontecer em 30 de março, a partir das 9h. Para participar basta se cadastrar na página oficial clicando aqui.
Durante o bate-papo, Jankovic esclareceu que é possível observar três fases principais na carreira das mulheres. "O começo da carreira é muito desafiador porque é quando a mulher está entrando no mercado de trabalho. É quando ela precisa de apoio e referências, que são ausentes em muitos mercados. Esse é o momento em que essa jovem precisa entender que pode chegar onde quiser”, afirma.
A segunda fase, segundo a líder, é a de acolhimento. É o momento de realização familiar, que pode englobar casamento e maternidade - ou não, depende do que a mulher quer. “Eu vejo que esse momento impacta as tomadas de decisões das mulheres. Nós deixamos de assumir desafios profissionais por causa do momento na vida pessoal ou vice e versa”, explica a executiva.
“Por fim, a terceira fase é o momento em que a mulher deixa de ter esses receios e passa a se dedicar para se desenvolver ainda mais na carreira, aplicando tudo o que aprendeu e buscando cada vez mais desafios profissionais”, conclui.
A executiva ressalta que ao mesmo tempo em que parte das empresas busca empoderar mulheres, também existe a cobrança por um imediatismo. "É uma tendência de se colocar muita pressão no imediatismo e num crescimento linear da carreira, ou seja, a mulher precisa alcançar patamares de carreira em determinado tempo, se pular algum passo será esquecida”, diz a CEO da Rappi.
Para ela, esse posicionamento faz com que as empresas percam grandes oportunidades. “Se considerar esses aspectos, você deixa de abraçar uma fonte de talento e dedicação fantástica por causa de preconceitos de gênero”, afirma.
Programação do Agora É Que São Elas
O segundo dia de painéis do evento Agora É Que São Elas coloca em foco os desafios da mulher moderna, trazendo ao público um turbilhão de emoções, com histórias e opiniões de líderes, executivas e empreendedoras.
O debate tratará da importância da equidade de gênero e do protagonismo feminino nos dias de hoje. Confira a programação completa a seguir:
30 de março
9h às 9h30: A difícil arte das escolhas
9h30 às 10h15: O "não" que eu não disse
10h15 às 10h30: Vieses inconsciente
10h30 às 11h15: O que eu vejo no espelho
11h15 às 11h35: Se a sexualidade fosse um idioma, você seria fluente?
11h35 às 12h20: Fertilidade e sexo
12h20 às 13h50: As dores e as delícias de liderar
Faça a sua inscrição e participe do Agora É Que São Elas. Clique aqui.
Veja a entrevista completa com Tijana Jankovic, CEO da Rappi