Os 5 sinais de sucesso na carreira para o jovem brasileiro
Pesquisa mostra que jovens entendem realização como qualidade de vida e identificação com o trabalho. Saiba o que é sucesso profissional para a a nova geração
Claudia Gasparini
Publicado em 29 de julho de 2014 às 09h55.
São Paulo - O sonho de carreira dos estudantes e recém-formados no Brasil inclui cada vez mais a satisfação pessoal trazida pelo trabalho.
A conclusão é do estudo “Empresa dos sonhos dos jovens 2014”, realizado pela consultoria de recursos humanos Cia de Talentos, em parceria com a Nextview People.
A pesquisa, que está na sua 13ª edição no Brasil, perguntou aos participantes o que eles esperavam ter ou fazer para se sentirem realizados profissionalmente.
Segundo os organizadores do estudo, as respostas recebidas refletem a crença dos jovens na possibilidade de expressar valores, interesses e características pessoais no trabalho.
“É uma geração quer fazer as coisas do seu próprio jeito”, aponta Bruna Tokunaga Dias, gerente de orientação de carreira da Cia de Talentos.
Não por acaso, ter um negócio próprio é uma das traduções de sucesso mais lembradas pelos jovens, segundo a pesquisa.
Veja a seguir, em ordem de importância, os pontos mais associados à realização profissional pela nova geração (as porcentagens não somam 100% pois não houve múltipla escolha):
1. Estabilidade e independência financeira (22%)
De acordo com Bruna, os jovens querem receber bons salários - mas não pelo dinheiro em si. “Eles querem ganhar bem, sim, mas para materializar sonhos, viajar e ter qualidade de vida”, explica.
A preocupação com a renda também reflete o desejo por segurança e capacidade de planejar o futuro, segundo a gerente.
2. Negócio próprio (14%)
A atração dos jovens pela ideia de empreender reflete o anseio por “deixar sua própria marca” no trabalho. Para eles, a perspectiva de construir uma empresa própria é sinônimo de liberdade e autonomia, de acordo com Bruna.
“Esta é uma geração que quer fazer as coisas do seu próprio jeito, ao mesmo tempo em que cultua figuras empreendedoras como Mark Zuckerberg, criador do Facebook”, explica.
3. Pós-graduação (13%)
Muitos jovens ambicionam a conquista de um título posterior à graduação. Cursar pós-graduação ou MBA, inclusive no exterior, é um caminho para conquistar um bom emprego, na visão deles.
“O problema é quando eles, por pressa, cursam uma pós-graduação que não agrega nada”, alerta Bruna. Segundo ela, os jovens precisam ter calma para escolher um curso que combine com os seus objetivos profissionais.
4. Cargo de liderança (12%)
Bruna conta que, em edições anteriores da pesquisa, esse era o ponto número 1 trazido pelos jovens. A queda no ranking aponta uma mudança importante, de acordo com ela.
“Os jovens querem ser bem-sucedidos, mas também desejam ter equilíbrio entre vida profissional e pessoal”, afirma. Embora “virar chefe” ainda seja um dos sonhos deles, a preocupação com o tempo livre pode estar desencorajando um pouco a ideia.
5. Impacto na sociedade (7%)
Segundo Bruna, esse ponto era inédito no estudo até então. Ela explica que, no passado, existia a expectativa de que o empregador se preocupasse com ética, responsabilidade social e sustentabilidade.
Hoje, o foco mudou. O jovem quer enxergar o impacto do seu próprio trabalho - e não tanto o da empresa - no mundo. “Eles querem sentir que, de alguma forma, sua atuação faz diferença na vida dos outros”, explica Bruna.