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Mulheres ganham US$ 430 mil a menos durante a vida nos EUA

Qual é o prejuízo individual da desigualdade de gênero no ambiente de trabalho? Nos EUA, para a mulher média, é de mais de US$ 430.000 ao longo de sua carreira

Mulher no escritório: entre as mulheres trabalhadoras dos EUA, a raça também contribui para a disparidade salarial e, em menor extensão, o lugar onde moram (kieferpix/Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2016 às 21h54.

Qual é o prejuízo individual da desigualdade de gênero no ambiente de trabalho ? Nos EUA, para a mulher média, é de mais de US$ 430.000 ao longo de sua carreira, segundo uma análise da organização sem fins lucrativos National Women’s Law Center.

A questão da disparidade salarial entre os gêneros veio à tona após críticas do presidente Barack Obama de que as mulheres recebem 79 centavos para cada dólar ganho por um homem e de exigências de atrizes, incluindo a vencedora do Oscar, Jennifer Lawrence, e de importantes jogadoras de futebol por salários iguais aos de seus pares do sexo masculino.

Alguns estados intervieram: no ano passado, parlamentares da Califórnia aprovaram uma legislação que exige que mulheres e homens ganhem o mesmo valor por trabalhos similares.

“Estamos em um momento em que as mulheres representam uma parte cada vez maior da mão de obra e há um firme reconhecimento de que os salários são importantes para elas, mas também para a segurança econômica de suas famílias”, disse Fatima Goss Graves, vice-presidente sênior da NWLC, por telefone.

“Temos visto figuras de muito destaque chamando a atenção para a disparidade salarial e isso é fundamental porque mostra que nenhum setor está imune”.

Entre as mulheres trabalhadoras dos EUA, a raça também contribui para a disparidade salarial e, em menor extensão, o lugar onde moram.

A diferença é mais ampla em relação às mulheres afro-americanas e latinas da capital, Washington, onde a diferença é de US$ 1,6 milhão a US$ 1,8 milhão ao longo de uma carreira de quatro décadas, na comparação com um homem assalariado branco não hispânico.

“Elas estão lidando com a dupla barreira da discriminação por cor e por gênero”, disse Graves. “E parte disso se deve à concentração de mulheres de cor em alguns dos campos com menor remuneração. Elas ainda representam uma minúscula porcentagem dos trabalhadores em alguns dos campos com maiores salários”.

Por estado, as mulheres trabalhadoras de Louisiana enfrentam a discrepância mais elevada -- US$ 671.840 --, enquanto as da Flórida têm a melhor situação, com prejuízos de US$ 248.120, segundo o estudo.

Em média, em todo o país, a diferença salarial “não muda há quase uma década”, segundo um comunicado da NWLC. O estudo foi divulgado antes do Dia do Salário Igualitário nos EUA, em 12 de abril.

A análise da NWLC foi baseada em dados do Escritório do Censo dos EUA de pessoas que trabalham o ano todo e em período integral, que foram multiplicados por 40 anos. Os números não foram ajustados pela inflação.

Os dados estaduais derivam dos resultados médios anuais de cinco anos da Pesquisa da Comunidade Americana do Escritório do Censo.

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Qual é o prejuízo individual da desigualdade de gênero no ambiente de trabalho ? Nos EUA, para a mulher média, é de mais de US$ 430.000 ao longo de sua carreira, segundo uma análise da organização sem fins lucrativos National Women’s Law Center.

A questão da disparidade salarial entre os gêneros veio à tona após críticas do presidente Barack Obama de que as mulheres recebem 79 centavos para cada dólar ganho por um homem e de exigências de atrizes, incluindo a vencedora do Oscar, Jennifer Lawrence, e de importantes jogadoras de futebol por salários iguais aos de seus pares do sexo masculino.

Alguns estados intervieram: no ano passado, parlamentares da Califórnia aprovaram uma legislação que exige que mulheres e homens ganhem o mesmo valor por trabalhos similares.

“Estamos em um momento em que as mulheres representam uma parte cada vez maior da mão de obra e há um firme reconhecimento de que os salários são importantes para elas, mas também para a segurança econômica de suas famílias”, disse Fatima Goss Graves, vice-presidente sênior da NWLC, por telefone.

“Temos visto figuras de muito destaque chamando a atenção para a disparidade salarial e isso é fundamental porque mostra que nenhum setor está imune”.

Entre as mulheres trabalhadoras dos EUA, a raça também contribui para a disparidade salarial e, em menor extensão, o lugar onde moram.

A diferença é mais ampla em relação às mulheres afro-americanas e latinas da capital, Washington, onde a diferença é de US$ 1,6 milhão a US$ 1,8 milhão ao longo de uma carreira de quatro décadas, na comparação com um homem assalariado branco não hispânico.

“Elas estão lidando com a dupla barreira da discriminação por cor e por gênero”, disse Graves. “E parte disso se deve à concentração de mulheres de cor em alguns dos campos com menor remuneração. Elas ainda representam uma minúscula porcentagem dos trabalhadores em alguns dos campos com maiores salários”.

Por estado, as mulheres trabalhadoras de Louisiana enfrentam a discrepância mais elevada -- US$ 671.840 --, enquanto as da Flórida têm a melhor situação, com prejuízos de US$ 248.120, segundo o estudo.

Em média, em todo o país, a diferença salarial “não muda há quase uma década”, segundo um comunicado da NWLC. O estudo foi divulgado antes do Dia do Salário Igualitário nos EUA, em 12 de abril.

A análise da NWLC foi baseada em dados do Escritório do Censo dos EUA de pessoas que trabalham o ano todo e em período integral, que foram multiplicados por 40 anos. Os números não foram ajustados pela inflação.

Os dados estaduais derivam dos resultados médios anuais de cinco anos da Pesquisa da Comunidade Americana do Escritório do Censo.

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