Minimalismo na carreira: uma questão de inteligência estratégica
Você já ouviu a expressão “menos é mais"? Entenda como essa filosofia pode ser aplicada na sua carreira
Sofia Esteves
Publicado em 5 de outubro de 2020 às 13h29.
Liberdade. Diante da pandemia, essa palavra ganhou ainda mais significado, não é mesmo? Liberdade é autonomia. É poder escolher agir a partir de uma vontade genuína e não de um condicionamento, ou por pressão interna, ou externa.
Pesquisas da Harvard e da MH Canadense sobre felicidade, descobriram que a satisfação verdadeira vem de fatores como a autorrealização, relacionamentos interpessoais significativos, otimismo e autoestima. Ou seja, de fatores imateriais, que não podem ser comercializados, comprados, estocados ou fabricados.
Você já ouviu a expressão “menos é mais"? Esse é o fundamento do Minimalismo, uma filosofia de vida que nos convida a reduzir os excessos e a focar no que é realmente fundamental para o nosso bem-estar e realização.
Em tempos onde a criatividade e a inovação são habilidades essenciais aos profissionais do mercado, adquirir esse estilo de pensamento, é uma questão de inteligência estratégica.
O excesso de desejos, tanto materiais, como por conquistas, títulos e reconhecimento, geram um ciclo vicioso de busca que nunca é saciado. O que pode se transformar em ansiedade e angústia. E como isso se reflete na sua carreira?
Uma mente acelerada, acostumada a trabalhar focada no que ainda falta, olhando sempre para o futuro, não consegue se manter presente. Dessa forma, não percebe as soluções, boas ideias e relações importantes que já estão aqui, a um palmo de distância.
Reflita, quantas boas ideias já foram perdidas por estarmos distraídos e acelerados? A proposta do minimalismo é buscar rever as coisas que valorizamos e remover tudo que nos distraia, ocupe e aprisione.
O conceito está ligado ao autoconhecimento: saber o que realmente importa, quais são suas reais necessidades, o que há por trás da ideia de preencher sua vida com tanta competição, compromissos, prêmios, dinheiro e etc.
Retirando os excessos e distrações, torna-se mais fácil reconectar-se com o seu potencial, sua originalidade e seus dons e talentos. Mas mais que isso, te permite reconhecê-los e fazer bom uso das suas capacidades!
Ressignifique o seu trabalho. O perceba como um espaço de trocas e de vivências significativas. Compreenda qual é o propósito de fazer o que você faz e como isso beneficia você e as outras pessoas.
Tenha o mínimo necessário para trabalhar bem, descartando regularmente o excedente – equipamentos, objetos, reuniões, papeis, burocracia, processos engessados que não sejam essenciais.
Isso também vale para os julgamentos. Não perca tempo olhando para seus colegas de trabalho, buscando encontrar meios de criticá-los, mesmo que internamente. Concentre sua atenção em você.
Importante lembrar que a carreira é um aspecto importantíssimo. É o nosso fazer no mundo, nosso propósito em ação e o amor em movimento, mas não é tudo.
Preencher a vida com compromissos profissionais, metas inalcançáveis, relações de interesse exclusivamente comerciais, para obter status e bens é exaustivo e só irá te afastar do que você tem que fazer, ok?
Boa reflexão!