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Investimento certo a curto, médio e longo prazo, segundo FGV

Estudo exclusivo da FGV para a VOCÊ S/A indica as melhores aplicações para a sua grana no curto, médio e longo prazo

Thaisa Salles: ela investiu para abrir o próprio negócio (Claudio Rossi/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de março de 2013 às 20h10.

São Paulo - Qual é seu sonho hoje? Elevar já a renda mensal? Programar-se para um reposicionamento profissional? No médio prazo, comprar a casa própria ou, em um horizonte mais longo, garantir a educação dos filhos? Para realizar os desejos é imprescindível poupar. E para cada objetivo há um investimento adequado.

Um estudo exclusivo da Fundação Getulio Vargas de São Paulo para a VOCÊ S/A, coordenado pelo professor William Eid Jr., do Centro de Estudos em Finanças da FGV-Eaesp, indica as melhores aplicações para sete diferentes aspirações. São títulos de renda fixa, ações e fundos que têm bom potencial de retorno nos prazos estimados. No quesito fundos, foram selecionados só os abertos a pessoas físicas com aplicação mínima inferior a 50 000 reais.

Reposicionamento profissional

A  relações-públicas Thaisa Salles, de 33 anos, sempre quis ser dona do próprio negócio. Há dois anos realizou seu sonho. Abriu, em sociedade com o namorado, o Metrópolis Café, em Piracicaba, interior de São Paulo. Para chegar lá, poupou dinheiro durante os cinco anos em que trabalhou na Localiza em Curitiba, Paraná, como gerente de contas de grandes empresas. Investiu a maior parte das economias em Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e juntou 65 000 reais.

“Sempre fui comedida com meus gastos e nunca tive dívida”, diz. Mas, como pessoa jurídica, está tendo de rever conceitos, e um deles é justamente sobre tomar financiamentos, necessários para fazer rodar o negócio. O Metrópolis Café só agora começa a dar resultado.

A expectativa é obter o retorno do investimento em meados de 2014. Até lá, Thaisa continuará retirando um pró-labore mínimo, para efeito da Previdência Social.

Para quem quer uma reposição profissional como ela, o investimento mais adequado é a renda fixa por cinco anos. “Esse dinheiro não pode correr riscos”, diz o professor William Eid, da FGV. Ele recomenda a compra, pelo Tesouro Direto, de Letras do Tesouro Nacional (LTNs), títulos prefixados que hoje pagam juro entre 8% e 9% ao ano, ou as Letras Financeiras do Tesouro (LFTs), que acompanham a Selic. Outra opção, mais simples, são os fundos de investimento.

Educação dos filhos

Poupar para a faculdade do filho tornou-se quase uma obrigação para pais e mães preocupados com o futuro profissional de seus rebentos. A médica Emannuelle Cosme Assad, de 33 anos, está disposta a começar a economizar entre 300 e 500 reais por mês para a educação de sua filha, Isadora, de 2 anos. Pensou, a princípio, em um plano de previdência. “Não sei lidar muito com dinheiro e os depósitos são automáticos”, diz. Mas Emannuelle entusiasmou-se com a possibilidade de ter um retorno melhor investindo em títulos do governo pelo Tesouro Direto, sem correr riscos.


Como o objetivo de educar os filhos é de longo prazo — no caso da médica, são de 15 a 18 anos pela frente —, o investimento pode ser exposto a um pouco mais de risco, na avaliação de William Eid, da FGV. Por outro lado, como existe um prazo certo para o dinheiro ser usado, o arrojo precisa ser atenuado. A sugestão seria, portanto, uma carteira mista, composta por ativos com proteção contra a inflação, e por ações.

A fatia de renda fixa deve ser investida em NTN-B (título do Tesouro indexado à inflação) ou em fundos atrelados ao IMA-B (índice Anbima atrelado à inflação). A parcela de renda variável pode ir para a compra de ações de empresas voltadas para o consumo interno ou à exportação de commodities. No segmento de consumo, as candidatas são Alpargatas, Lojas Marisa, Cosan, Hypermarcas, M. Dias Branco, B2W e Lojas Renner. No setor de commodities, o destaque fica com a mineradora Vale.

MBA no exterior

Se você quer acumular recursos para fazer um MBA no exterior em dois anos, por exemplo, seu principal risco é a variação cambial. Imagine que os custos para realizar esse objetivo foram estimados em 100 000 dólares. Hoje, essa quantia equivale a 200 000 reais. Porém, se você se propõe a investir para ter os 200 000 reais em dois anos e, lá no fim de 2014, o dólar se valorizar e a taxa de câmbio valer 2,30 reais para cada dólar, seus 200 000 reais vão valer 87 000 dólares, dinheiro insuficiente para cobrir os gastos estimados.

Por isso, a alternativa natural para seus investimentos são os fundos cambiais.

Futuro tranquilo

Antes tarde do que nunca. Foi com esse espírito que o empresário paulistano Fábio H. Ekizian, de 43 anos, encarou o desafio de economizar para a aposentadoria. Ele começou a aplicar em um fundo de previdência quando estava com 40 anos. O resgate está programado para quando tiver 65 anos. “Poderia ter começado antes? Sim. Mas preferi investir em meu próprio negócio”, diz Fábio, que vendeu há dois anos uma importadora e hoje comanda a SectorOne, especializada em marketing.

O plano de previdência privada de Fábio pode alocar no máximo 20% dos recursos em ações. O empresário, que tem paralelamente uma pequena reserva aplicada em papéis da Vale, da Petrobras e do Itaú, se considera um investidor conservador. “Quando falo em aposentadoria, eu quero renda, não ganho extra”, ressalta.


A definição de onde investir para ter um futuro tranquilo depende, de fato, do perfil de risco de cada um. Mas, imaginando que o prazo de resgate seja flexível, ou seja, que Fábio não vá precisar dessa grana em uma data específica, o caminho natural, na opinião do professor William Eid, da FGV, seria procurar ações que ao longo do tempo ofereçam uma boa perspectiva de valorização.

As oportunidades em bolsa, a exemplo das opções para quem quer investir na educação dos filhos, recaem sobre as ações dos setores de consumo e bancário, além dos papéis da mineradora Vale. Para quem procura facilidade, aqui é também possível investir em fundos de ações focados em consumo ou bancos, sem se preocupar com a montagem e acompanhamento da carteira.

Casa própria

Em cinco anos, Roni Peterson, de 32 anos, professor da Universidade Federal de Roraima, quer realizar o sonho da casa própria e, para atingir a meta, começou a investir no início de 2012. Estreou com a caderneta de poupança e, meses depois, migrou para o Tesouro Direto. Aplica todo mês 500 reais na compra de NTNs-B.

Até meados de 2013, pretende dobrar o valor dos aportes. “Quero construir ou comprar uma casa de até 150 000 reais”, diz. Se for preciso financiar, será em um prazo máximo de dez anos. Para William Eid, da FGV, o maior risco de comprar um imóvel no médio prazo é a inflação. Por isso, as NTNs-B em que

Roni está investindo são a melhor opção, já que a rentabilidade é indexada ao IPCA (índice oficial de inflação). Além disso, esses papéis pagam juro, hoje de 3% a 4% ao ano. Fundos atrelados à inflação, como mostra a tabela abaixo, também são boa alternativa. “Se a inflação se mantiver no patamar atual, terá um valor acumulado de quase 28% em cinco anos”, diz o coordenador da FGV-Eaesp.

Um ano sabático

Vivenciar outra cultura e acumular experiências. Um ano sabático no exterior faz bem para a alma e também para a carreira. Afinal, aceitar a diversidade e administrar diferenças são qualidades cada vez mais valorizadas nos profissionais pelas empresas. Mas, para que o sabático seja eficaz, ele precisa ser planejado. Economizar para permanecer esse tempo fora do país é fundamental. “Serão dois períodos distintos, o do sabático em si, que vai acarretar gastos grandes, e o período de busca de uma nova colocação profissional, na volta ao país”, observa o professor William Eid, da FGV.


Para o sabático, o risco é o de variações cambiais. Assim como para quem se propõe a fazer um MBA no exterior, aqui a recomendação também é investir em produtos cambiais. Para o período de recolocação no mercado de trabalho, o investimento mais adequado é a renda fixa. A compra de títulos como LTNs ou LFTs pelo Tesouro Direto, além dos fundos atrelados ao IRFM (índice da Anbima para títulos prefixados) ou fundos DIs, são boas alternativas.

Renda mensal extra já

Ter uma renda mensal extra já pode parecer mais um daqueles sonhos impossíveis, como ganhar na loteria. Mas as alternativas para alcançar esse objetivo existem e estão, por incrível que pareça, na bolsa — especialmente, nas ações de empresas que pagam bons dividendos. Independentemente da performance da bolsa, se a companhia apurar resultado positivo, ela tem de distribuir seus lucros entre os acionistas.

As empresas de energia elétrica e bancos são, tradicionalmente, os maiores pagadores de dividendos no Brasil. Porém, como o setor de energia vem sofrendo com questões de regulamentação, talvez esse não seja o caminho mais adequado no momento. Entre as sugestões do professor William Eid, da FGV, estão as ações do Banco do Brasil, da BM&FBovespa, da Braskem, da Natura e da Klabin, que vêm pagando dividendos de 5% ao ano (calculado sobre o preço da ação) ou mais.

A publicitária Karina Krupp, de 36 anos, tem essa aspiração de adquirir uma renda extra mensal já para poder se dedicar mais à sua empresa de pesquisa. Diretora de planejamento estratégico da Momentum Comunicação, agência do grupo McCann Ericson, ela conta com uma reserva de 70 000 reais, aplicados em CDBs.

Porém, para conseguir uma boa receita com dividendos, é recomendável uma quantia inicial superior. “Com 200 000 reais ela pode receber 10 000 por ano só com dividendos”, calcula William, que também sugere os fundos de ações focados em dividendos. “Alguns direcionam o valor do dividendo automaticamente para a conta do investidor, ‘livrando’ esse dinheiro da incidência de Imposto de Renda.”

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São Paulo - Qual é seu sonho hoje? Elevar já a renda mensal? Programar-se para um reposicionamento profissional? No médio prazo, comprar a casa própria ou, em um horizonte mais longo, garantir a educação dos filhos? Para realizar os desejos é imprescindível poupar. E para cada objetivo há um investimento adequado.

Um estudo exclusivo da Fundação Getulio Vargas de São Paulo para a VOCÊ S/A, coordenado pelo professor William Eid Jr., do Centro de Estudos em Finanças da FGV-Eaesp, indica as melhores aplicações para sete diferentes aspirações. São títulos de renda fixa, ações e fundos que têm bom potencial de retorno nos prazos estimados. No quesito fundos, foram selecionados só os abertos a pessoas físicas com aplicação mínima inferior a 50 000 reais.

Reposicionamento profissional

A  relações-públicas Thaisa Salles, de 33 anos, sempre quis ser dona do próprio negócio. Há dois anos realizou seu sonho. Abriu, em sociedade com o namorado, o Metrópolis Café, em Piracicaba, interior de São Paulo. Para chegar lá, poupou dinheiro durante os cinco anos em que trabalhou na Localiza em Curitiba, Paraná, como gerente de contas de grandes empresas. Investiu a maior parte das economias em Certificados de Depósito Bancário (CDBs) e juntou 65 000 reais.

“Sempre fui comedida com meus gastos e nunca tive dívida”, diz. Mas, como pessoa jurídica, está tendo de rever conceitos, e um deles é justamente sobre tomar financiamentos, necessários para fazer rodar o negócio. O Metrópolis Café só agora começa a dar resultado.

A expectativa é obter o retorno do investimento em meados de 2014. Até lá, Thaisa continuará retirando um pró-labore mínimo, para efeito da Previdência Social.

Para quem quer uma reposição profissional como ela, o investimento mais adequado é a renda fixa por cinco anos. “Esse dinheiro não pode correr riscos”, diz o professor William Eid, da FGV. Ele recomenda a compra, pelo Tesouro Direto, de Letras do Tesouro Nacional (LTNs), títulos prefixados que hoje pagam juro entre 8% e 9% ao ano, ou as Letras Financeiras do Tesouro (LFTs), que acompanham a Selic. Outra opção, mais simples, são os fundos de investimento.

Educação dos filhos

Poupar para a faculdade do filho tornou-se quase uma obrigação para pais e mães preocupados com o futuro profissional de seus rebentos. A médica Emannuelle Cosme Assad, de 33 anos, está disposta a começar a economizar entre 300 e 500 reais por mês para a educação de sua filha, Isadora, de 2 anos. Pensou, a princípio, em um plano de previdência. “Não sei lidar muito com dinheiro e os depósitos são automáticos”, diz. Mas Emannuelle entusiasmou-se com a possibilidade de ter um retorno melhor investindo em títulos do governo pelo Tesouro Direto, sem correr riscos.


Como o objetivo de educar os filhos é de longo prazo — no caso da médica, são de 15 a 18 anos pela frente —, o investimento pode ser exposto a um pouco mais de risco, na avaliação de William Eid, da FGV. Por outro lado, como existe um prazo certo para o dinheiro ser usado, o arrojo precisa ser atenuado. A sugestão seria, portanto, uma carteira mista, composta por ativos com proteção contra a inflação, e por ações.

A fatia de renda fixa deve ser investida em NTN-B (título do Tesouro indexado à inflação) ou em fundos atrelados ao IMA-B (índice Anbima atrelado à inflação). A parcela de renda variável pode ir para a compra de ações de empresas voltadas para o consumo interno ou à exportação de commodities. No segmento de consumo, as candidatas são Alpargatas, Lojas Marisa, Cosan, Hypermarcas, M. Dias Branco, B2W e Lojas Renner. No setor de commodities, o destaque fica com a mineradora Vale.

MBA no exterior

Se você quer acumular recursos para fazer um MBA no exterior em dois anos, por exemplo, seu principal risco é a variação cambial. Imagine que os custos para realizar esse objetivo foram estimados em 100 000 dólares. Hoje, essa quantia equivale a 200 000 reais. Porém, se você se propõe a investir para ter os 200 000 reais em dois anos e, lá no fim de 2014, o dólar se valorizar e a taxa de câmbio valer 2,30 reais para cada dólar, seus 200 000 reais vão valer 87 000 dólares, dinheiro insuficiente para cobrir os gastos estimados.

Por isso, a alternativa natural para seus investimentos são os fundos cambiais.

Futuro tranquilo

Antes tarde do que nunca. Foi com esse espírito que o empresário paulistano Fábio H. Ekizian, de 43 anos, encarou o desafio de economizar para a aposentadoria. Ele começou a aplicar em um fundo de previdência quando estava com 40 anos. O resgate está programado para quando tiver 65 anos. “Poderia ter começado antes? Sim. Mas preferi investir em meu próprio negócio”, diz Fábio, que vendeu há dois anos uma importadora e hoje comanda a SectorOne, especializada em marketing.

O plano de previdência privada de Fábio pode alocar no máximo 20% dos recursos em ações. O empresário, que tem paralelamente uma pequena reserva aplicada em papéis da Vale, da Petrobras e do Itaú, se considera um investidor conservador. “Quando falo em aposentadoria, eu quero renda, não ganho extra”, ressalta.


A definição de onde investir para ter um futuro tranquilo depende, de fato, do perfil de risco de cada um. Mas, imaginando que o prazo de resgate seja flexível, ou seja, que Fábio não vá precisar dessa grana em uma data específica, o caminho natural, na opinião do professor William Eid, da FGV, seria procurar ações que ao longo do tempo ofereçam uma boa perspectiva de valorização.

As oportunidades em bolsa, a exemplo das opções para quem quer investir na educação dos filhos, recaem sobre as ações dos setores de consumo e bancário, além dos papéis da mineradora Vale. Para quem procura facilidade, aqui é também possível investir em fundos de ações focados em consumo ou bancos, sem se preocupar com a montagem e acompanhamento da carteira.

Casa própria

Em cinco anos, Roni Peterson, de 32 anos, professor da Universidade Federal de Roraima, quer realizar o sonho da casa própria e, para atingir a meta, começou a investir no início de 2012. Estreou com a caderneta de poupança e, meses depois, migrou para o Tesouro Direto. Aplica todo mês 500 reais na compra de NTNs-B.

Até meados de 2013, pretende dobrar o valor dos aportes. “Quero construir ou comprar uma casa de até 150 000 reais”, diz. Se for preciso financiar, será em um prazo máximo de dez anos. Para William Eid, da FGV, o maior risco de comprar um imóvel no médio prazo é a inflação. Por isso, as NTNs-B em que

Roni está investindo são a melhor opção, já que a rentabilidade é indexada ao IPCA (índice oficial de inflação). Além disso, esses papéis pagam juro, hoje de 3% a 4% ao ano. Fundos atrelados à inflação, como mostra a tabela abaixo, também são boa alternativa. “Se a inflação se mantiver no patamar atual, terá um valor acumulado de quase 28% em cinco anos”, diz o coordenador da FGV-Eaesp.

Um ano sabático

Vivenciar outra cultura e acumular experiências. Um ano sabático no exterior faz bem para a alma e também para a carreira. Afinal, aceitar a diversidade e administrar diferenças são qualidades cada vez mais valorizadas nos profissionais pelas empresas. Mas, para que o sabático seja eficaz, ele precisa ser planejado. Economizar para permanecer esse tempo fora do país é fundamental. “Serão dois períodos distintos, o do sabático em si, que vai acarretar gastos grandes, e o período de busca de uma nova colocação profissional, na volta ao país”, observa o professor William Eid, da FGV.


Para o sabático, o risco é o de variações cambiais. Assim como para quem se propõe a fazer um MBA no exterior, aqui a recomendação também é investir em produtos cambiais. Para o período de recolocação no mercado de trabalho, o investimento mais adequado é a renda fixa. A compra de títulos como LTNs ou LFTs pelo Tesouro Direto, além dos fundos atrelados ao IRFM (índice da Anbima para títulos prefixados) ou fundos DIs, são boas alternativas.

Renda mensal extra já

Ter uma renda mensal extra já pode parecer mais um daqueles sonhos impossíveis, como ganhar na loteria. Mas as alternativas para alcançar esse objetivo existem e estão, por incrível que pareça, na bolsa — especialmente, nas ações de empresas que pagam bons dividendos. Independentemente da performance da bolsa, se a companhia apurar resultado positivo, ela tem de distribuir seus lucros entre os acionistas.

As empresas de energia elétrica e bancos são, tradicionalmente, os maiores pagadores de dividendos no Brasil. Porém, como o setor de energia vem sofrendo com questões de regulamentação, talvez esse não seja o caminho mais adequado no momento. Entre as sugestões do professor William Eid, da FGV, estão as ações do Banco do Brasil, da BM&FBovespa, da Braskem, da Natura e da Klabin, que vêm pagando dividendos de 5% ao ano (calculado sobre o preço da ação) ou mais.

A publicitária Karina Krupp, de 36 anos, tem essa aspiração de adquirir uma renda extra mensal já para poder se dedicar mais à sua empresa de pesquisa. Diretora de planejamento estratégico da Momentum Comunicação, agência do grupo McCann Ericson, ela conta com uma reserva de 70 000 reais, aplicados em CDBs.

Porém, para conseguir uma boa receita com dividendos, é recomendável uma quantia inicial superior. “Com 200 000 reais ela pode receber 10 000 por ano só com dividendos”, calcula William, que também sugere os fundos de ações focados em dividendos. “Alguns direcionam o valor do dividendo automaticamente para a conta do investidor, ‘livrando’ esse dinheiro da incidência de Imposto de Renda.”

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