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Férias pagas de até 6 semanas por ano são incentivadas nestes países

Empresas entendem que há perigo para a produtividade caso os empregados não tenham direito de se desconectar do trabalho

(scanrail/Thinkstock)
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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2019 às 09h52.

Última atualização em 30 de julho de 2019 às 15h15.

Por volta de 2030, as pessoas provavelmente só trabalharão 15 horas por semana, dizia uma profecia.

Agora parece evidente que a famosa predição, feita por John Maynard Keynes em 1930, tem poucas chances de se tornar realidade. Mas o culto do trabalho excessivo também pode estar com os dias contados.

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Na Escandinávia, onde as pessoas desfrutam de até quatro semanas de férias de verão pagas, garantidas por lei e ininterruptas, muitas das maiores empresas da região dizem que querem blindar seus funcionários do trabalho excessivo. As empresas que conversaram com a Bloomberg alertaram sobre o perigo para a produtividade caso os empregados não tenham direito de se desconectar do trabalho e destacaram a importância de que a gerência dê o exemplo, também tirando férias prolongadas.

A Skanska, uma das maiores empresas de construção da Suécia, diz que a equipe "se desconecta do trabalho" durante as férias de verão. Há um "forte vínculo" entre bem-estar e desempenho, disse o porta-voz da empresa, Jacob Birkeland. E isso é "em grande parte sobre ser capaz de relaxar longe do trabalho".

No SEB, um dos maiores bancos nórdicos e principais centros de negociação para a coroa sueca, espera-se que os gerentes desempenhem um “papel fundamental” no apoio à cultura de férias “dando um bom exemplo” e tirando os dias designados, disse a porta-voz Veronika Osmund.

Definindo o mínimo

A Suécia, a maior economia escandinava, exige que as empresas permitam que os funcionários tirem pelo menos cinco semanas pagas por ano, embora muitos setores sejam regulados por acordos coletivos, o que muitas vezes resulta em mais tempo livre. Acordos semelhantes existem em toda a região. Na Europa, o tempo médio de férias anual é de quatro semanas.

Nos Estados Unidos, as empresas que oferecem férias pagas tendem a seguir um formato progressivo, em que os novos contratados ganham dias de folga à medida que acumulam mais tempo de empresa. Um relatório de 2018 do Departamento de Trabalho mostrou que os trabalhadores do setor privado dos EUA obtiveram, em média, 15 dias de férias por ano após cinco anos de empresa.

Parlamentares da Escandinávia decidiram que 15 dias por ano não são suficientes para manter a população ocupada saudável e produtiva. Essa atitude domina toda a esfera corporativa, e todas as grandes empresas consultadas pela Bloomberg expressaram a ideia de que o excesso de trabalho é prejudicial para um ambiente corporativo saudável. O argumento é apoiado por estudos, segundo os quais funcionários sobrecarregados são menos produtivos.

Os principais executivos e outros funcionários da GN Store Nord, fabricante de aparelhos auditivos dinamarquesa, cujos preços das ações triplicaram nos últimos três anos, têm seis semanas de folga por ano e são incentivados a tirar esse período de férias, segundo o porta-voz Steen Frentz Laursen.

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