Carreira

Este CEO não acredita em entrevistas de emprego; entenda por quê

Executivo da Databricks diz que acha mais produtivo testar os candidatos em outros formatos

Alguns executivos preferem fugir de perguntas já frequentes em entrevistas e deixar o candidato "fazer o trabalho" (Thinkstock/Thinkstock)

Alguns executivos preferem fugir de perguntas já frequentes em entrevistas e deixar o candidato "fazer o trabalho" (Thinkstock/Thinkstock)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 26 de novembro de 2024 às 08h17.

Qual é sua maior fraqueza? Não espere que o CEO da Databricks (empresa de software) pergunte isso durante uma entrevista de emprego.

Em vez disso, espere ser colocado para trabalhar em um problema real no qual a empresa está lidando — talvez junto com uma ligação telefônica para conversar sobre isso.

Isso porque o CEO da Databricks, Ali Ghodsi, não acha que haja "tanto valor" nas entrevistas, segundo contou num episódio do podcast "The Logan Bartlett Show".
"Eu não acredito em entrevistas porque acho que algumas pessoas podem até se sair bem, mas podem não ser boas de jeito nenhum na hora de trabalhar", ele disse. "E algumas pessoas podem ser muito ruins nessas dinâmicas, mas excelentes funcionários", falou na conversa divulgada pelo Business Insider.

Em vez de tentar pegar os candidatos com "perguntas capciosas" que eles provavelmente já pesquisaram ou praticaram, Ghodsi prefere "realmente deixá-los fazer o trabalho".

Para programadores e engenheiros, avaliações e testes de codificação são esperados em processos de contratação, mas o cofundador da Databricks disse que outras funções também podem ser testadas de forma semelhante, pedindo-lhes que resolvam problemas que estão ativamente presentes na empresa.

"Se você está contratando alguém para chefe de marketing, trabalhe com eles para consertar algo que está quebrado no marketing agora", disse ele. Ligue para eles de manhã ou à noite e converse sobre o problema, disse ele, e "se eles puderem arrumar isso, eles são claramente uma boa contratação".

Ghodsi não é o único executivo que gosta de fugir dos padrões das entrevistas de emprego.

O CEO da Nvidia, Jensen Huang, disse que gosta de fazer aos candidatos "uma pergunta aprofundada" para ver como eles raciocinam sobre isso, em oposição às perguntas técnicas que geralmente são compartilhadas online. As outras perguntas que Huang gosta de fazer não são direcionadas aos candidatos.

O fundador da Nvidia disse em uma recente entrevista a um podcast que gosta de "voltar às verificações de referência" com perguntas que ele faria aos candidatos. "Você sempre pode criar um grande momento, mas é difícil para você fugir do seu passado", disse o CEO da Nvidia.

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