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Empresas fazem parcerias com o mundo acadêmico em busca de profissionais qualificados

Desafio GDM Universidades, realizado em conjunto com três instituições de ensino renomadas, é um exemplo desse tipo de iniciativa, vantajosa para estudantes e recrutadores

GDM: parceria com universidades para trazer futuros profissionais para dentro da empresa (GDM/Divulgação)
EXAME Solutions

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Publicado em 11 de agosto de 2023 às 09h00.

Última atualização em 11 de agosto de 2023 às 09h28.

Atrair e reter talentos têm se tornado prioridades estratégicas para empresas de diferentes segmentos, sobretudo quando se trata de profissionais qualificados, cada vez mais disputados pelo mercado de trabalho.

Por esse motivo, contratar e manter esse tipo de colaborador foram os principais desafios citados pelos recrutadores entrevistados para a pesquisa “ Guia Salarial 2023 ”, sobre remuneração e tendências de recrutamento, realizada anualmente pela consultoria Robert Half, de São Paulo.

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Para superar essas dificuldades, muitas companhias estão adotando uma abordagem inovadora e estabelecendo parcerias com universidades para identificar e recrutar talentos promissores ainda em formação. É o caso da GDM, uma das maiores multinacionais em melhoramento genético de plantas e líder no melhoramento genético de soja no Brasil.

“Trazer o conhecimento desses profissionais para dentro da organização faz parte do processo de evolução da GDM. A empresa está buscando atrair talentos e desenvolver novas competências, equilibrando habilidades técnica e vinculadas à visão estratégica e de negócios”, afirma Cristiane Oliveira, diretora global de Recursos Humanos.

Pesquisa no campo: especialista em melhoramento genético de plantas, GDM é líder no melhoramento genético de soja no Brasil (GDM/Divulgação)

Como recrutar talentos ainda na universidade?

Dentro deste contexto e como um marco de seus 40 anos, a empresa lançou no ano passado o “Desafio GDM Universidades” em conjunto com a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e a Universidade Federal de Lavras (UFLA).

Participaram do programa cerca de 100 estudantes, que desenvolveram projetos de pesquisa sobre “Uso e potencialidades da implementação da seleção genômica em programas de melhoramento de soja e milho”.

Os três primeiros colocados de cada universidade receberam prêmios em dinheiro, além da oportunidade de aplicarem seus conhecimentos de forma prática e terem contato com uma empresa que é referência em sua futura área de atuação.

“Esse desafio foi muito importante, por termos sido forçados a pensar nossa pesquisa científica no âmbito empresarial e pelo networking com uma empresa da magnitude da GDM. Acredito que a participação em um prêmio como esse seja um diferencial em um processo seletivo da companhia”, diz Matheus Suela, estudante de doutorado em genética e melhoramento pela UFV e um dos finalistas.

De fato, trazer esses futuros profissionais para dentro da empresa está nos planos da companhia, segundo Nizio Giasson, gerente de Pesquisa de Soja da GDM Brasil. “A qualidade dos artigos que recebemos foi muito boa. Queremos ter cada vez mais proximidade com as universidades e dar oportunidades para que os estudantes possam ser nossos trainees ou colaboradores”, afirma.

Tecnologia e sustentabilidade

Se para empresas e estudantes esse tipo de iniciativa é vantajoso por ajudar recrutadores a encontrar novos talentos e profissionais a conseguir oportunidades no mercado, para as universidades é uma forma de complementar a formação de seus discentes com atividades que não são contempladas na grade curricular, destaca José Baldin Pinheiro, chefe do Departamento de Genética e coordenador da parceria entre Esalq/USP e GDM. “Nossos alunos têm uma ótima base teórica, e desafios como este dão a eles a oportunidade de estar em contato direto com a realidade do agricultor”, afirma.

Contribuir para o desenvolvimento de tecnologias que aumentam a eficiência e diminuem o uso de recursos financeiros e ambientais também está entre os objetivos do desafio GDM, afirma Cristian Rafael Brzezinski, gerente de Cria da GDM, que ressalta as vantagens do tema proposto. “Ao implementar uma plataforma de predição genômica dentro de um programa de melhoramento genético, reduzimos o número de áreas utilizadas para plantio e, automaticamente, o uso de defensivos agrícolas. Há uma série de ganhos para a sociedade, para os agricultores e para o meio ambiente. Iniciativas como o Desafio GDM Universidades podem trazer distintas soluções para as demandas corporativas”, afirma o executivo.

“Foi muito importante discutir os temas e ideias com profissionais da área, o que tornou essa experiência muito enriquecedora para mim e aos demais estudantes”, destaca Leonardo Costa, estudante de doutorado em genética e melhoramento de plantas da Universidade Federal de Lavras, participante desta primeira edição do Desafio.

Os resultados do projeto foram tão satisfatórios que a empresa já planeja a segunda edição do Desafio GDM Universidades para 2024, segundo Cristiane. “Essa é uma parceria de sucesso. Acreditamos muito nela, pela colaboração, pelo desenvolvimento dos profissionais e pelo apoio à sociedade”, afirma.

-(Arte/Exame)

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