São Paulo - A falta de inteligência emocional é o principal fator que leva jovens a buscar coaching e aconselhamento de carreira , segundo um estudo recente feito pela consultoria YCoach.
O levantamento, que ouviu 102 jovens de 18 a 32 anos, pertencentes às classes A e B, concluiu que boas escolas, vivência internacional e domínio das competências técnicas não são o suficiente para um ingresso tranquilo da geração Y no mercado de trabalho .
"Eles estudaram em ótimas escolas, tiveram experiências internacionais e possuem uma boa formação do ponto de vista técnico", explica Felipe Maluf, um dos sócios da consultoria. O problema, diz ele, está atrelado às competências emocionais.
"O jovem tem o diploma e a qualificação formal, mas também apresenta muitas fragilidades comportamentais, ligadas à experiência de vida", explica ele. Ansiosos e com grandes expectativas para suas carreiras, eles têm dificuldade em enxergar seus próprios objetivos e anseios profissionais.
Não por acaso, a falta de clareza quanto aos próximos passos da carreira, mencionada por 23% dos entrevistados pelo levantamento, é a maior dificuldade dos jovens.
O desejo de se realizar profissionalmente vem em seguida, citado por 21%. "O problema é que o jovem não percebe que realização profissional é uma construção a longo prazo, que só é possível vivenciar depois de passar por muitas etapas", afirma Maluf.
Veja a seguir os sete motivos mais citados pelos jovens consultados pelo estudo:
Razão para procurar ajuda | % de jovens que a mencionaram |
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Falta de clareza quanto aos próximos passos | 23% |
Desejo de se realizar profissionalmente | 21% |
Busca de preparo para se tornar líder | 15% |
Desejo de equilibrar vida pessoal e profissional | 11% |
Desejo de mudar de emprego | 11% |
Busca por novas oportunidades | 10% |
Sentimento de que os líderes não inspiram | 5% |
Incompatibilidade com valores da empresa | 4% |
- 1. As lições da experiência
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São Paulo - Medo, euforia, expectativas, cobranças, dúvidas. Ser
trainee envolve ingredientes de difícil "digestão" para quem ainda tem 20 e poucos anos. Mas que conselhos os jovens que ingressam nesse tipo de programa gostariam de ter recebido, se pudessem voltar no tempo? Foi com essa pergunta que EXAME.com entrevistou trainees e ex-trainees de empresas como
Itaú Unibanco ,
GE ,
Basf e
Gerdau . O resultado é uma coleção de dicas para aspirantes a trainees em qualquer área. Confira a galeria a seguir:
- 2. Mariana DIgnazio, trainee da Whirlpool
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Idade: 29 anos Área em que é trainee: Marketing Conselho: O processo seletivo e o próprio programa de trainee geram muita ansiedade e estresse. Para Mariana, ter equilíbrio emocional é indispensável para tudo funcionar. “O melhor é não criar ‘bruxas e fantasmas’ e fazer o seu melhor”, diz ela.
- 3. Pedro Blanco, ex-trainee da BASF
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Idade: 28 anos
Área em que foi trainee: Marketing
Conselho: Hoje gerente da área em que foi trainee, Pedro acredita no poder do planejamento. “Facilita muito participar de vários processos, ganhar prática nas dinâmicas e saber o que é cobrado nas avaliações”, afirma. Essa preparação também envolve uma reflexão sobre si mesmo. “É importante saber se descrever e se definir, ter material para ilustrar a entrevista”, diz ele.
- 4. Ariel Vargas, trainee da ALL
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Idade: 24 anos Área em que é trainee: Finanças (Resultados e rentabilidade) O que gostaria de ter sabido antes do programa: "Antes de se candidatar, conheça muito bem a cultura da empresa", afirma Ariel. Ele se diz bem adaptado à maneira de ser da ALL, também por se sentir à vontade com os gestores. "É fundamental estar afinado com o estilo do líder", explica.
- 5. Leonardo Almeida, ex-trainee da Whirpool
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Idade: 26 anos Área em que foi trainee: Logística Conselho: Atual gerente da área em que ingressou como trainee, Leonardo diz que uma de suas maiores preocupações foi ser humilde. “Aprendi muito ouvindo os ‘veteranos’ da empresa”, conta. Ele também recomenda não ter pressa. “Você recebe um turbilhão de informações logo no início, mas precisa administrar suas primeiras tarefas com calma”, afirma.
- 6. Fábio Cassetari, trainee do Itaú Unibanco
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Idade: 24 anos Área em que é trainee: Varejo Conselho: Antes de entrar para o programa, Fábio imaginava que haveria mais competição e até hostilidade entre os trainees. “No fim, descobri que você encontra muita amizade e parceria”, afirma. Para ele, é importante entrar de espírito aberto e aproveitar ao máximo as relações interpessoais durante o programa.
- 7. Veja agora os salários pagos para os trainees no Brasil
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