Educação, economia e carreira: o que muda no mundo pós-pandemia
Executivos concordam que a pandemia acelera mudanças e obriga as pessoas a buscarem abordagens mais humanas nos negócios ou fora deles
Marina Filippe
Publicado em 1 de julho de 2020 às 14h31.
Última atualização em 1 de julho de 2020 às 14h34.
Com a pandemia do novo coronavírus , muito se fala em novo normal, mas como os executivos e empreendedores estão de fato mudando suas perspectivas e planejando um futuro?
Na live "O Despertar de um Novo Mundo", exibida nesta quarta-feira, 1, e mediada por Sofia Esteves, presidente da Cia de Talentos e colunista da Exame, Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva, Reginaldo Nogueira, diretor do IBMEC e Geraldo Rufino, fundador da JR Diesel concordam que a pandemia acelera mudanças e obriga as pessoas a buscarem abordagens mais humanas nos negócios ou fora deles.
Educação
A covid-19 antecipou o futuro. No ensino superior, por exemplo, em 2011 haviam 400 mil novos entrantes na modalidade à distância, em 2018 já eram 1,3 milhão. "O que a covid-19 faz é trazer uma explosão em realidades que já vinha se desenhando", diz Nogueira.
Para ele, havia muita preocupação e resistência na mudança, especialmente do ensino superior, mas foi percebido que a interação é a chave do ensino à distância, com um impacto importante na forma de se estudar daqui para frente.
Economia
A pandemia também deu mais luz às desigualdades. Ainda quando se fala em educação, é preciso pensar que nem todos os alunos têm o mesmo acesso ao ensino de qualidade ou mesmo de conexão de internet.
"Nas favelas 46% dos lares não têm água encanada, enquanto estamos falando internet e álcool gel. E 80% dos moradores de favela, que são 14 milhões de pessoas, estão recebendo menos. As pessoas estão com contas em atraso e a retomada da economia tem que vir acompanhada com a junção do respeito à vida", afirma Meirelles.
O executivo do Instituto Locomotiva lembra ainda que além dos desempregados, há dois tipos de trabalhadores: os que conseguem fazer home office e os que trabalham nas ruas. Por isso, é importante pensar na reestruturação da economia que seja justa para todos.
Carreira
Estando ou não em casa, os participantes da live concordam que sempre é preciso manter uma boa rede de contatos. Para Rufino, a crise muda de setor ou de nome, mas sempre existe, então é papel do empreendedor ou funcionário se manter firme e descobrir como sobreviver.
Ele, que já quebrou seis vezes, afirma também que em todo momento é possível conseguir uma promoção. "Se você tem uma atitude de dono e traz resultados não há motivos para não crescer", afirma.
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