Edtech Galena quer preparar 1,8 mil jovens ao mercado de trabalho em 2022
Como a Galena e empresas têm trabalhado em conjunto para qualificar e empregar ex-alunos do ensino público em vagas CLT
Da Redação
Publicado em 8 de fevereiro de 2022 às 14h51.
Última atualização em 10 de fevereiro de 2022 às 20h30.
A Galena , edtech que tem como missão inserir no mercado de trabalho ex-alunos da rede pública de ensino, sem ensino superior ou experiência, abrirá 1,8 mil vagas ao longo de 2022 para o programa de qualificação profissional à carreira de vendas e sucesso do cliente.
São quatro meses, em período integral, de segunda a sexta-feira, com 80% das aulas práticas e 100% online. Para adaptar o curso à realidade dos alunos, e não o inverso, os alunos poderão escolhar a data de início dos estudos. A edtech abrirá turmas quase mensalmente até o final do ano.
A Galena foi criada em 2021 com apoio da gestora GK Ventures, do investidor Eduardo Mufarej, ex-Tarpon e Somos Educação. De lá para cá, já captou US$ 7,5 milhões com investidores interessados em resolver o problema da baixa inserção de jovens no mercado de trabalho.
A população jovem do Brasil é, atualmente, a maior da história: há mais de 47 milhões de pessoas entre 15 e 29 anos. O acesso desses jovens ao mercado de trabalho encontra dificuldades primárias, como a baixa qualificação de ensino médio, a renda familiar escassa, o pertencimento de cor e raça e a dificuldade de pagar e frequentar cursos de ensino superior.
Para superar esses desafios, o programa da Galena emprega jovens de ensino médio em empresas multinacionais e em postos com perspectiva de crescimento profissional.
Com um modelo de contratação inovador, diferente daquele que se vê atualmente, os ‘galeners’ contratados fizeram apenas uma entrevista 1:1, sem precisar disputar a vaga com dezenas de outros candidatos, em empresas como Cora, iFood e Unilever.
Isso acontece porque ao final do programa a Galena tem uma sistema de matching que conecta o candidato à vaga que mais se adequa a suas características.
Desde que foi fundada, a startup recebeu mais de 16 mil inscrições para seus processos seletivos. Em seu programa de capacitação, que treina esses jovens para carreiras com potencial real de futuro em grandes empresas, 73% dos participantes da primeira turma eram pretos, pardos e amarelos e 67% são mulheres.
Todos eles estão empregados em regime CLT, sem necessidade de faculdade, com média salarial de R$ 2,5 mil, além de benefícios e plano de carreira, em 12 empresas parceiras, como Cora, iFood, Itaú e Unilever. “A inclusão aqui é qualitativa, pois transforma a realidade familiar imediatamente”, afirma Rodrigo Dib, cofundador da Galena.
A segunda turma, em curso, conta com 61% de mulheres, 64% negros e 31% autodeclarados da comunidade LGBTQIAP+ como alunos, que já têm seu destino traçado: as empresas parceiras empregadoras da primeira turma tiveram um nível de satisfação tão grande que triplicaram o número de vagas para esta, após análises internas de performance dos funcionários.
A meta da Galena é incluir mais de 50 mil jovens diversos no mercado de trabalho até 2025. A startup tem modelo inovador de inclusão de jovens no mercado de trabalho, totalmente conectado com a demanda do mundo corporativo, já tendo atraído, mesmo em seu início de operação, investimentos dos maiores grupos do mundo, entre eles: a Exor Seeds, a Owl Ventures, Arpex Capital, bem como um grupo de investidores anjos de alta reputação e credibilidade mundial. Recentemente, foi eleita como uma das 100 edtechs mais promissoras da América Latina, segundo o Ranking 2021 Latam EdTech da HolonIQ.