É hotel que não acaba mais
Em 2001 o segmento de hotéis de negócios explodiu na metrópole paulistana. Uma pesquisa inédita do Guia Quatro Rodas Brasil revela que 35 novos hotéis de negócios foram inaugurados na cidade desde 1999. Quase a metade deles foi inaugurada neste ano, e outros seis devem abrir suas portas até dezembro. Segundo a consultoria BSH International, […]
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h33.
Em 2001 o segmento de hotéis de negócios explodiu na metrópole paulistana. Uma pesquisa inédita do Guia Quatro Rodas Brasil revela que 35 novos hotéis de negócios foram inaugurados na cidade desde 1999. Quase a metade deles foi inaugurada neste ano, e outros seis devem abrir suas portas até dezembro.
Segundo a consultoria BSH International, especializada em hotelaria e turismo, o investimento nos novos hotéis foi de cerca de 800 milhões de reais em 2001. Entre 1999 e 2003, o investimento acumulado no segmento deve alcançar a cifra de 1 bilhão de dólares.
Conheça as particularidades dos novos hotéis para executivos em São Paulo:
CAFÉ CORPORATIVO
Enquanto o McDonald's investe em sua nova rede de McCafés em São Paulo, o Fran's aposta no mercado corporativo para fugir da saturação. Está lançando a divisão Coffee in Company, levando às empresas máquinas de café com a grife Fran's. Importadas da Itália, as máquinas custam cerca de 2 mil dólares. Por isso, o preço do cafezinho com a marca Fran's será 20% superior à média do mercado. A rede pretende comercializar 100 máquinas no primeiro ano. "É a chegada da qualidade nas máquinas de caf", diz o diretor Henrique Ramos Ribeiro. "Nenhum executivo precisará mais descer para uma cafeteria fora de seu escritório para tomar um bom café."
O Fran's Café fechou também um acordo de franquias com a rede hoteleira Parthenon para instalar seus franqueados em flats. Os planos incluem pontos em prédios comerciais. Segundo Ribeiro, hoje a rede conta com cinco lojas "corporativas". O número deve chegar a oito até o final de 2002.
INTERNET DEMITE
Importantes portais com sede em São Paulo promoveram demissões nas últimas semanas. A America Online cortou 3% de sua equipe de 1,1 mil funcionários, entre eles os diretores de marketing e de comunicação. Da área de conteúdo, foram demitidos entre dez e 12 funcionários, o equivalente a 20% do pessoal. "É um ajuste normal para uma empresa que cresceu 350% na América Latina em apenas nove meses", afirma o presidente Carlos Trosli. "Além da Time Warner, temos quase 130 parceiros nacionais que nos fornecem conteúdo, e vamos aproveitar esse potencial."
Outro portal que anunciou cortes foi o iG. Por meio de um comunicado, o presidente Nizan Guanaes anunciou a demissão de 23 funcionários, o equivalente a quase 10% do total de funcionários. No site automotivo Webmotors, foram sete demissões, ou 20% da equipe. Segundo Sylvio de Barros, presidente do portal, os cortes refletem as dificuldades do mercado depois dos atentados nos Estados Unidos e antecipam a expectativa de queda no segmento automotivo.
SHOPPING DENTRO DO SHOPPING
A exemplo do que já ocorreu com as grandes redes varejistas de confecções, o comércio de móveis e de artigos de decoração está em plena mudança -- das ruas para os shoppings. A tendência, iniciada com o Lar Center, na zona norte, ganha novo impulso com o conceito que o grupo Savoy importou da Europa e que agora fará sua estréia na metrópole -- o shopping dentro do shopping. A idéia é embutir estabelecimentos temáticos em centros comerciais convencionais e, dessa maneira, ampliar o público para as duas modalidades de negócio. Assim nasceu o Shopping Interlar, que teve sua primeira unidade inaugurada em 1999 no shopping center do grupo Savoy em Ribeirão Preto. Animados pelo sucesso, os empreendedores agora abriram as inscrições para o Interlar do Shopping Central Plaza, na Vila Prudente, zona leste paulistana. Com um investimento de 10 milhões de reais e inauguração prevista para o primeiro semestre de 2002, o novo Interlar abrigará 70 lojas, entre as quais uma grande rede de materiais de construção (provavelmente Castorama ou Leroy-Merlin), que servirá de âncora. "Vamos aproveitar toda a infra-estrutura já montada para o Central Plaza, como estacionamento, cinemas e praça de alimentação", afirma o executivo José Nilo Delgado, diretor da Intershopping, empresa do Grupo Savoy que administra, atualmente, três shopping centers na Grande São Paulo -- Aricanduva, Interlagos e Central Plaza -- mais o shopping de Ribeirão Preto.
OLHO NO OLHO
Está chegando a São Paulo uma tecnologia que parece saída dos filmes de espionagem. O Iris Scan, um software para leitura da íris, pretende substituir os convencionais crachás eletrônicos, chaves e senhas que dão acesso a ambientes seguros. O software utiliza a chamada tecnologia biométrica, que reconhece partes do corpo únicas em cada indivíduo. Segundo Marcelo Fochi, vice-presidente da Ansett Tecnologia, empresa que está importando o Iris Scan, o sistema custará em torno de 8 mil reais. "Antes, nós encontrávamos um pouco de resistência. Mas, depois dos atentados de 11 de setembro, parece que nada mais surpreende", diz Fochi. A empresa investiu 1,5 milhão de reais na tropicalização do software. A expectativa é instalar 100 sistemas no ano que vem.
SÃO PAULO MAIS PERFUMADA
São Paulo acaba de ingressar no circuito internacional da perfumaria fina. Foi inaugurado em setembro um laboratório de cheiros, voltado para pesquisa e criação de perfumes e fragrâncias. Com mais de mil ingredientes, um banco de dados "olfativo" e um perfumista de plantão, o Studio Q, da multinacional holandesa Quest, consumiu investimentos de 500 mil dólares. A idéia é trazer clientes como Natura, Avon e Boticário para fazer no estúdio os últimos ajustes em suas fragrâncias. No mercado de perfumaria, que movimenta quase 1 bilhão de reais no país, a Quest espera aumentar sua participação de 17% para 25%.
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