De home office, 25% dos profissionais de NY ainda "fogem" da cidade
Rastreio de profissionais nos EUA mostra que eles se mantém longe das cidades grandes do país
Victor Sena
Publicado em 16 de dezembro de 2020 às 14h20.
Última atualização em 16 de dezembro de 2020 às 14h23.
Dados levantados pela empresa de videochamadas GoToMeeting mostram que grandes cidades dos Estados Unidos, como Nova York, Chicago e Boston têm boa parte de seus profissionais trabalhando em outros lugares.
Em Chicago, o número de profissionais na cidade é 33% menor do que em 2019. Em Em Boston, o percentual é de 28% e em Nova York de cerca de 25%.
Devido ao crescimento do trabalho remoto em todo o mundo, e dos altos casos de covid-19 em grandes centros urbanos, esse êxodo urbano começa a ser observado no mundo.
A GoToMeeting consegue rastrear de onde os cerca de 28 milhões de usuários estão usando a plataforma de videochamadas. A empresa chegou aos dados ao confrontar essa localização com a do escritório da empresa.
No distrito de Manhattan, a taxa de vacância de apartamentos chegou a um número recorde neste ano, confirmando a tendência de que, com a possibilidade de fazer home office, pessoas buscaram cidades menores.
No caso da cidade, a GoToMeeting também detalhou para onde foram esses profissionais. 11% deles foram para a Califórnia, do outro lado do país. Em seguida, estão os estados do Texas e o vizinho Nova Jersey.
A chamada desurbanização já havia sido apontada como uma tendência trazida pela pandemia por um estudo da McKinsey & Company. Com a possibilidade de fazer home office, deve aumentar o número de pessoas interessadas em morar em cidades menos populosas e com menos custo de vida. As empresas também têm percebido vantagens e com o modelo e ampliaram a quantidade de vagas com essa característica.
No Brasil, 28% dos entrevistados numa pesquisa feita pela empresa Ticket, feita em outubro com 1.000 trabalhadores brasileiros, consideram mudar de cidade caso o trabalho remoto seja implementado em suas empresas.