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Custo tem sido fator decisivo para estudantes escolherem destino de intercâmbio

Em pesquisa recente realizada pelo Monitor ICEF, 75% dos entrevistados apontaram o preço acessível como principal critério

Avião se aproxima do aeroporto internacional Sir Seewoosagur Ramgoolam, nas ilhas Maurício. (AFP/AFP)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2022 às 08h00.

Uma pesquisa recente divulgada pelo Monitor ICEF — organização de inteligência de mercado para o setor de educação internacional — apontou que o principal critério dos estudantes internacionais ao decidir o destino de intercâmbio tem sido o custo de vida.

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O estudo foi elaborado através da pesquisa Agent Voice e mostrou que o valor necessário para um intercâmbio tem sido a prioridade dos estudantes neste ano ao decidir onde estudar no exterior.

A pesquisa do ICEF, realizada entre janeiro e maio de 2022, apontou que 75% dos entrevistados disseram que “custo de estudo e de vida” é o fator mais importante para a escolha. O que chama atenção é que esse item foi a principal prioridade, até mesmo na frente de outros critérios, como oportunidades de trabalho e facilidade de imigração.

Ao responder a pesquisa, os entrevistados elencaram quais são os fatores de decisão mais importantes ao planejar seus estudos no exterior. Na sequência, aparecem o número de oportunidades de trabalho e imigração com 66% dos votos e avaliação do processo de emissão do visto com 61%.

Também foram citados como critérios importantes: a facilidade dos voos e restrições de viagens dos países de destino (46%) e segurança pessoal e saúde ambiental (33%).

Além de levar em conta o valor das anuidades, custo de vida e disponibilidade de bolsas de estudo, os alunos também estão bastante interessados em oportunidades de conciliar trabalho enquanto estudam.

A pesquisa ICEF revelou ainda que a possibilidade de trabalhar durante os estudos é atualmente até mais importante do que as oportunidades de trabalho após os estudos ao decidir o destino de intercâmbio.

Quais destinos econômicos para intercâmbio estão em alta?

Com o preço acessível, aumentam as chances de realizar um intercâmbio barato – e como esse tem sido o critério primordial na escolha do destino dos estudantes, o ICEF também elaborou uma pesquisa para verificar quais são os países em alta.

Os resultados determinaram que Alemanha, Coreia do Sul, Espanha, Itália, França e Japão são os destinos mais procurados. De acordo com a análise elaborada, esses países estão, atualmente, atraindo mais o interesse dos alunos do que no passado.

Os dados indicam que estudar nesses países geralmente é mais barato do que nos destinos mais populares de língua inglesa, como Austrália, Canadá, Reino Unido e Estados Unidos.

Mas, além da pesquisa elaborada pelo ICEF, outras organizações renomadas pelo mundo têm desenvolvido estudos a fim de listar quais são os destinos mais baratos de intercâmbio. Uma dessas análises é desenvolvida pela Quacquarelli Symonds, do Reino Unido, instituição também responsável pelo QS World University Rankings.

De acordo com as informações da QS, a listagem dos 10 dos países mais baratos para estudar no exterior foi feita com base em custo de estudo, como as anuidades cobradas pelas universidades, e pelo custo de vida, dentre moradia, alimentação e transporte, por exemplo.

O resultado indicou que os países mais baratos para fazer um intercâmbio hoje em dia são Noruega, Taiwan, Alemanha, França, México, Índia, Argentina, Polônia, Malásia e África do Sul.

Quais cidades possibilitam um intercâmbio barato?

Além das pesquisas indicarem quais são os países mais econômicos para fazer um intercâmbio, o custo de vida pode variar bastante dentro de uma mesma nação, de acordo com a cidade.

A QS também elaborou uma listagem ranqueando as melhores cidades estudantis. As cidades avaliadas devem ter uma população de mais de 250 mil habitantes e ter campus de pelo menos duas universidades incluídas no QS World University Rankings mais recente — uma avaliação das melhores instituições de ensino do mundo.

Para chegar aos resultados, seis fatores foram levados em consideração: que determinam a classificação geral de uma cidade são a diversidade de alunos, preço acessível, taxa de empregabilidade e de interesse dos alunos e voz dos estudantes na tomada de decisões.

As cidades que saíram na frente como os destinos em alta para intercâmbio foram: Londres na Inglaterra, Munique na Alemanha, Seul na Coreia do Sul, Zurique na Suíça e Melbourne na Austrália. Apesar disso, quando se leva em consideração o custo acessível, as cidades que mais se destacam são: Munique (51,7), na Alemanha; Seul (48,8), na Coreia do Sul; Tóquio, no Japão (39,5); Paris, na França (39,5) e Edimburgo (38,1), na Escócia.

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