Como lidar com os piores tipos de chefes no ambiente de trabalho
Com a ajuda de especialistas em RH, INFO listou os 7 piores tipos de chefes e dá dica sobre como lidar com eles.
Da Redação
Publicado em 11 de fevereiro de 2015 às 05h54.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h44.
Cada gestor tem sua maneira de liderar. Dependendo dos valores e da política de cada empresa, além de gerenciar uma determinada área ele também é responsável por engajar e dar feedbacks para suas equipes. Mas, nem sempre eles estão disponíveis para ajudar seus subordinados a crescer na carreira. Alguns ficam muito sobrecarregados, uns nunca estão presentes e outros podem até ser grosseiros com os colaboradores. Com a ajuda dos especialistas em recursos humanos, Giovani Falcão e Fátima Mangueira, a INFO identificou as sete piores características presentes em diversos chefes e revela qual a melhor forma de lidar com eles no ambiente de trabalho. Confira:
Ele pode estar sobrecarregado, ter problemas pessoais ou simplesmente não gostar do trabalho. O chefe mal humorado costuma chegar sem dar bom dia, não liga para participar das ações com a equipe e não comemora resultados. Arrancar qualquer elogio dele sobre seu trabalho também seria muito difícil. Para o gestor de carreiras da Top Quality, Giovani Falcão, esses gestores costumam agir assim por desconsiderar o relacionamento interpessoal e priorizar a hierarquia interna. Contudo, essa atitude pesa muito na produção dos próprios funcionários. Ter um bom ambiente organizacional estimula a entrega de tarefas pelo colaborador e faz toda a diferença no resultado final da equipe. Mostre o seu valor e apresente soluções inovadoras para o negócio. Esteja atento ao solicitado em reuniões e se faça presente, aconselha Falcão. É preciso agir de acordo com o humor desse tipo de chefe para não ficar decepcionado caso não receba elogios ou cumprimentos, explica Fátima Mangueira, diretora de RH e coach corporativa da Mira RH. O conselho para lidar com um gestor ranzinza é não se deixar contaminar e manter sempre a compostura e o bom humor entre os colegas de trabalho.
Ele estipula prazos, mas acaba cobrando o funcionário pelas tarefas todos os dias. Ganha pontos com ele o colaborador que consegue entregar tudo adiantado sem deixá-lo esperando por um dia. Mas, diante de outras atividades, nem todo profissional consegue entregar tanta produtividade em tão pouco tempo, o que pode gerar atritos e deixar toda a equipe tão ansiosa quanto o gestor. Giovani Falcão aconselha o funcionário a ficar mais atento com suas atividades diárias, controlando o tempo e cronometrando os prazos caso seja preciso. Muitos desses chefes agem assim por entender que seus subordinados ficam sem fazer nada, diz o especialista. Surpreenda com um controle de tempo e atividade. Ainda que com esse controle sobre sua produtividade não seja possível entregar tudo a tempo, Fátima Mangueira aconselha o profissional a conversar com seu supervisor. Tenha uma conversa sincera com ele e diga que prefere trabalhar de acordo com o seu próprio ritmo, afirma.
Você pode saber o nome dele, mas quase nunca o verá em sua mesa. Com uma agenda cheia de reuniões, viagens e compromissos, o gestor invisível participa pouco do dia a dia de sua equipe e dificilmente consegue engajá-los e dar feedbacks construtivos para obter melhorias. Trabalhar para um chefe assim pode ser um desafio. É preciso focar em suas metas e desempenho para que isso não afete a qualidade do seu trabalho, diz Fátima Mangueira. Uma dica importante é aproveitar toda oportunidade em que ele estiver no escritório para esclarecer dúvidas e fazer solicitações. Esteja atento aos prazos e resolução das tarefas pra que nada fique pendente. Não esqueça que você está no seu trabalho e é preciso estar atento a tudo e a todos, aconselha Giovani Falcão, da Top Quality.
Se os chefes invisíveis e os mal humorados não conseguem despertar o engajamento dos funcionários, os gestores que se apegam demais às pessoas acabam causando problemas com sua equipe. Eles querem estar o tempo todo perto de suas equipes. Estão sempre dispostos a compartilhar e ouvir problemas pessoais, e em certos casos podem se esquecer de que estão em um ambiente profissional onde seus funcionários precisam entregar resultados nos prazos certos. Segundo Falcão, é preciso saber administrar bem essa relação para que o pessoal não interfira no profissional. Cuidado com o que fala e como age. Liberdade excessiva dentro do ambiente de trabalho pode acabar em demissão por justa causa, diz.
Esse tipo de gestor costuma levar tudo para o lado pessoal e tem uma maneira exagerada de se expressar. Ele pode tanto gritar com seus funcionários quando algo não vai bem, quanto chorar ou se empolgar demais durante as comemorações de resultados. Nesse caso, a cobrança para os funcionários acaba funcionando mais como pressão psicológica, beirando o assédio moral. Assédio moral é muito comum dentro das empresas, mas, às vezes, o funcionário não se queixa disso por constrangimento, explica Giovani Falcão. Realize suas atividades no tempo determinado e mostre seu diferencial de forma profissional. Porém, se o colaborador passar por alguma situação de constrangimento, deve aproveitar para pontuar a postura de seu chefe dentro do bom senso. Se for preciso, faça valer seus direitos pessoais e profissionais, diz. Para Fátima Mangueira, gestores assim não têm equilíbrio emocional e são instáveis, tendo mudanças bruscas de comportamento. A melhor forma de lidar é procurar conhecer a pessoa e saber como e quando devemos nos colocar. Ter um diálogo sempre, mas que seja reservado e de forma respeitosa para que não seja levado para o lado pessoal, que é uma tendência de pessoas emotivas, aconselha a coach.
Em alguns ambientes de trabalho fica difícil perceber quando o chefe extrapola ao pedir muitas tarefas a não ser quando ele usa até a secretária para resolver problemas pessoais. Mas, algumas atitudes não passam despercebidas pela equipe, como atrasos ou o não cumprimento da carga horária. O gestor, nesse caso, pode acabar delegando até mais do que deveria a sua equipe, deixando-a sobrecarregada. A coach Fátima Mangueira aconselha o profissional a ter uma conversa franca com seu supervisor caso esteja se sentindo muito sobrecarregado. Já para Giovani Falcão, a rotina do chefe não diz respeito aos seus subordinados. Esteja atento as suas tarefas, o desenvolvimento da empresa ou as atividades dos colegas é de atribuição do gestor, diz ele.
Já os chefes que costumam centralizar demais as tarefas acabam não deixando quase nada para seus funcionários cumprirem. Seja por não confiar muito em sua equipe ou por achar que ela não é capaz de fazer certas coisas, eles acabam não delegando muitas atividades. Envolvem-se em muitos projetos e ficam sem tempo para monitorar o desempenho de sua equipe. Geralmente esse gestor precisa estar a par de tudo e tem dificuldade de delegar atividades aos seus colaboradores, por medo de perder o lugar ou por receio de que as pessoas não saibam fazer algo do jeito que ele quer, explica Fátima. E, se delegar tarefas demais pode deixar o funcionário sobrecarregado, não dar espaço para o profissional se desenvolver e encarar desafios também é prejudicial para a carreira de ambos. Caso note que seu chefe está agindo dessa maneira, Falcão aconselha o colaborador a se oferecer para ajudar na resolução de projetos, apresentando inovações estratégicas que trarão um bom resultado final. Conquiste sua confiança pouco a pouco e, no futuro, você será lembrado e poderá ser chamado para mais atividades, diz o especialista. E, lembre-se: jamais se aproveite da ocasião para trabalhar menos, isso demonstra desinteresse e poderá atrapalhar seu desenvolvimento interno. Na série Arrested Development, por exemplo, o ex-CEO da Bluth Company, George Bluth (foto), tenta continuar controlando a empresa de família mesmo depois de ser preso. Tomando decisões sem que o próprio filho, que assume seu cargo, saiba.