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Casais na concorrência: como não arruinar a carreira (e a relação)

Trabalhar em cargos estratégicas em companhias rivais pode ser uma dor de cabeça para qualquer casal, mas é possível manter carreira e relacionamento em ordem

Casal (Getty Images)

Talita Abrantes

Publicado em 7 de junho de 2012 às 08h00.

São Paulo – Não importa se existe amor e total coerência entre o casal. A relação a dois é aquele tipo de relacionamento complexo por definição. Agora, como manter o casamento ou o namoro em paz quando ambos trabalham em empresas que concorrem entre si no mercado?

Pior: como agir quando o casal atua em cargos estratégicos em companhias rivais? Quais os limites? Como lidar com questões sigilosas? Como manter o relacionamento em dia sem queimar a confiança e a reputação no trabalho?


“Não é fácil. Mas é um exercício diário que precisa ser trabalhado”, diz Rosanne Martins, especialista em Soluções em RH da De Bernt Entschev Human Capital. Veja como:

Coloque limites – e não os subestime

“A ética é o que vai fazer essa relação sobreviver”, afirma o consultor Eduardo Shinyashiki. Isso significa que, na prática, o casal terá que combinar entre si quais os princípios, valores e limites que norteiam o próprio relacionamento – com atenção especial ao tema trabalho.

Não é necessário, contudo, fazer da vida profissional um assunto intocável dentro do relacionamento ou, em outros termos, um tabu. “A rotina do trabalho, o clima da empresa, os resultados, estes pontos podem ser discutidos”, afirma o especialista. O problema, segundo ele, são os dados sigilosos e aquilo que afeta os concorrentes em questão.

Lembre-se: não é apenas a sua trajetória profissional ou o sucesso da empresa que estão em jogo quando informações confidenciais chegam aos ouvidos da concorrência. Mas também os esforços e a confiança que toda uma equipe depositou no seu trabalho.

E se alguma informação, sem querer, cair nos seus ouvidos: “A informação morre ali, como se você não soubesse de nada”, diz Rosanne.

Seja transparente com a empresa

O mesmo tipo de acordo deve ser estabelecido com a chefia. “Tudo aquilo que é acordado não é caro”, diz Shinyashiki. Por isso, seja claro quanto aos seus valores com a empresa também. “Diga que da mesma forma que você não irá abrir dados sigilosos para seu companheiro, não irá pedir para ele”, afirma o especialista.


Agora, se a empresa tentar questionar estes princípios, sonde seu coração. As justificativas até podem ser coerentes, mas compete a você não ceder às pressões da empresa. “Quando não é possível, é preciso fazer uma opção: carreira ou relacionamento. Oportunidades de carreira existem aos montes, agora, uma pessoa tão importante nem sempre”, afirma Rosanne.

Ame ao próximo – e a você também

Manter-se fiel a estes princípios é também uma questão de autoconhecimento e respeito pelo outro. Tentar obrigar o outro a passar por cima dos próprios princípios e conquistas em nome do seu sucesso profissional é sinônimo de egoísmo. E nada mais, segundo o especialista.

Da mesma forma que trair a confiança e passar por cima dos esforços de toda uma equipe é mais sinônimo de insegurança do que de amor.

“Se efetivamente essas duas pessoas se amam, cada um fará de tudo para que o outro cresça mas desde que isso não signifique abrir mão da própria trajetória de vida”, diz o especialista. Afinal, é assim, com amor próprio e mútuo que os relacionamentos mais maduros são construídos.

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São Paulo – Não importa se existe amor e total coerência entre o casal. A relação a dois é aquele tipo de relacionamento complexo por definição. Agora, como manter o casamento ou o namoro em paz quando ambos trabalham em empresas que concorrem entre si no mercado?

Pior: como agir quando o casal atua em cargos estratégicos em companhias rivais? Quais os limites? Como lidar com questões sigilosas? Como manter o relacionamento em dia sem queimar a confiança e a reputação no trabalho?


“Não é fácil. Mas é um exercício diário que precisa ser trabalhado”, diz Rosanne Martins, especialista em Soluções em RH da De Bernt Entschev Human Capital. Veja como:

Coloque limites – e não os subestime

“A ética é o que vai fazer essa relação sobreviver”, afirma o consultor Eduardo Shinyashiki. Isso significa que, na prática, o casal terá que combinar entre si quais os princípios, valores e limites que norteiam o próprio relacionamento – com atenção especial ao tema trabalho.

Não é necessário, contudo, fazer da vida profissional um assunto intocável dentro do relacionamento ou, em outros termos, um tabu. “A rotina do trabalho, o clima da empresa, os resultados, estes pontos podem ser discutidos”, afirma o especialista. O problema, segundo ele, são os dados sigilosos e aquilo que afeta os concorrentes em questão.

Lembre-se: não é apenas a sua trajetória profissional ou o sucesso da empresa que estão em jogo quando informações confidenciais chegam aos ouvidos da concorrência. Mas também os esforços e a confiança que toda uma equipe depositou no seu trabalho.

E se alguma informação, sem querer, cair nos seus ouvidos: “A informação morre ali, como se você não soubesse de nada”, diz Rosanne.

Seja transparente com a empresa

O mesmo tipo de acordo deve ser estabelecido com a chefia. “Tudo aquilo que é acordado não é caro”, diz Shinyashiki. Por isso, seja claro quanto aos seus valores com a empresa também. “Diga que da mesma forma que você não irá abrir dados sigilosos para seu companheiro, não irá pedir para ele”, afirma o especialista.


Agora, se a empresa tentar questionar estes princípios, sonde seu coração. As justificativas até podem ser coerentes, mas compete a você não ceder às pressões da empresa. “Quando não é possível, é preciso fazer uma opção: carreira ou relacionamento. Oportunidades de carreira existem aos montes, agora, uma pessoa tão importante nem sempre”, afirma Rosanne.

Ame ao próximo – e a você também

Manter-se fiel a estes princípios é também uma questão de autoconhecimento e respeito pelo outro. Tentar obrigar o outro a passar por cima dos próprios princípios e conquistas em nome do seu sucesso profissional é sinônimo de egoísmo. E nada mais, segundo o especialista.

Da mesma forma que trair a confiança e passar por cima dos esforços de toda uma equipe é mais sinônimo de insegurança do que de amor.

“Se efetivamente essas duas pessoas se amam, cada um fará de tudo para que o outro cresça mas desde que isso não signifique abrir mão da própria trajetória de vida”, diz o especialista. Afinal, é assim, com amor próprio e mútuo que os relacionamentos mais maduros são construídos.

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