Carreira

Abaixo os workaholics

Rugenia e Vicky comandam empresas que, muitas vezes, viram divãs de lamentações. Rugenia atende profissionais de empresas nacionais e multinacionais que querem pensar a carreira, melhorar a performance. Vicky, por outro lado, recebe esses mesmos executivos, só que recém-demitidos. O curioso é que tanto os empregados quanto os desempregados estão em busca de um rumo, […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 09h31.

Rugenia e Vicky comandam empresas que, muitas vezes, viram divãs de lamentações. Rugenia atende profissionais de empresas nacionais e multinacionais que querem pensar a carreira, melhorar a performance. Vicky, por outro lado, recebe esses mesmos executivos, só que recém-demitidos. O curioso é que tanto os empregados quanto os desempregados estão em busca de um rumo, de um norte para suas vidas. Aqueles que têm emprego falam assim:

- Eu sinto um vazio, uma angústia. Não tenho com quem conversar, o meu presidente não é inspiração para mim.

Na DBM, onde caem (muitas vezes de pára-quedas) os profissionais que perderam seus empregos, Vicky acostumou-se a ouvir:

- Agora, quero fazer o que eu gosto.

"É um horror pensar que o cara ficou 30 anos fazendo o que não gostava", diz Vicky. Nas duas situações, há a mesma sensação de vazio e angústia. São sentimentos comuns em profissionais que não encontram sentido no trabalho. Ou que nunca o procuraram. O fato relevante é que a idade média daqueles que fazem essa reclamação tem baixado. "Já recebi um profissional de 30 com o mesmo discurso", diz Vicky. As pesquisas confirmam que os profissionais estão diante de um dilema que envolve trabalho e vida pessoal: 92,7% deles desejam passar mais tempo com a família, 86,1% gostariam de fazer mais exercícios físicos. Os dados são da Integral Desenvolvimento Humano - empresa de São Paulo voltada para o treinamento de líderes que ouviu 3680 profissionais.

Há uma grande possibilidade de que você se enquadre nesses números, certo? Há outra grande possibilidade de que você esteja neste momento se questionando se, afinal, algum dia, conseguirá mais equilíbrio na vida. Por outro lado, já deve ter feito uma constatação: os workaholics, ou viciados em trabalho, estão fora de moda. Profissionais que conseguem conciliar trabalho com lazer e família - esses, sim - estão bem cotados no mercado. Melhor ainda se tudo isso vier acompanhado de amor pelo que se faz. Por isso, antes de irmos adiante, um alerta: nenhum dos conselhos desta reportagem surtirá efeito se você não cumprir a regra básica de trabalhar naquilo que gosta.

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