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A diferença entre meia noite e meia-noite

Falta do hífen no titulo do filme "Meia Noite em Paris", do Woody Allen, foi licença poética? Professor do Damásio Educacional sugere que não; entenda

Cena do filme "Meia Noite em Paris", dirigido por Woody Allen: falta do hífen seria licença poética?  (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2014 às 12h40.

Resposta de Diogo Arrais, professor do Damásio Educacional *

Certamente você conhece um dos grandes gênios do Cinema: Woody Allen . Em 2011, foi lançada a sua obra Midnight in Paris (escrita e dirigida por esse diretor).


Durante a divulgação do filme , nas mais diversas mídias em Língua Portuguesa, ocorreu algo inusitado – a expressão “meia noite”, indicadora da hora, apareceu sem o uso do hífen. Licença poética? Longe disso!

Na nossa Língua Portuguesa, uma das funções do polêmico hífen é tornar figurado o significado de um termo literal. Vamos à prática?
Quando se lê a expressão “ano novo”, por exemplo, logo se imagina um ano literalmente novo; trezentos e sessenta e cinco novos dias.

Sendo assim, a expressão “meia noite”, sem o uso de hífen, remete justamente à metade da noite.

Em contrapartida, aplicando a simples regra da justaposição de termos, a expressão “meia-noite”, que se relaciona à forma inglesa Midnight, remete à exata hora. À zero hora, à meia-noite.

Concluindo: a publicidade, em Língua Portuguesa, da genial obra de Woody Allen, não poderia, pontualmente, ter esquecido o hífen.

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Um abraço, até a próxima e siga-me pelo Twitter!

Diogo Arrais é professor de língua portuguesa do Damásio Educacional e autor gramatical pela Editora Saraiva.

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