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7 previsões para o mercado de trabalho brasileiro em 2017

De home office a políticas de remuneração, veja 7 temas que deverão mudar (ou não) na atitude dos empregadores, segundo especialistas da Hays

Binóculo (SimCh/Thinkstock)

Claudia Gasparini

Publicado em 28 de janeiro de 2017 às 06h00.

Última atualização em 28 de janeiro de 2017 às 06h00.

São Paulo — O mercado de trabalho brasileiro não deve se comportar em 2017 de forma muito diferente de como foi em 2016. As contratações seguirão em ritmo moderado, mas deve aumentar a empregabilidade de profissionais versáteis, dispostos a absorver novas funções nas empresas.

O diagnóstico é da Hays, consultoria especializada em recrutamento de talentos. Assertividade na comunicação, currículos embasados em dados concretos e disposição para aprender são os segredos de quem consegue boas ofertas profissionais em meio à crise econômica, segundo a instituição.

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Confira a seguir 7 previsões da Hays para o mercado brasileiro neste ano:

1. Quem joga no “ataque” será mais procurado (mas a “zaga” também será vital)

Num paralelo com o futebol, posições da “linha de frente” das empresas, ligadas ao desenvolvimento de novos negócios, estarão em alta. Profissionais que contribuem para a estratégia na área comercial, por exemplo, serão considerados essenciais em 2017, sobretudo em empresas de consumo como a indústria de alimentos e bebidas.

Por outro lado, a “zaga” do time também está em evidência. Executivos da área financeira, que ajudam a enxugar custos e aplicar o orçamento de forma estratégica, estão na lista de prioridades das companhias. Segundo Rodrigo Soares, diretor da Hays, a demanda por profissionais decompliance também seguirá forte em 2017, sobretudo em multinacionais.

2. Na área de TI, a palavra de ordem será “segurança”

Na esteira de uma tendência global, as empresas com operação no Brasil buscam cada vez mais profissionais de tecnologia da informação capazes de combater crimes cibernéticos, mas também aptos a avaliar riscos — e construir mecanismos para reduzi-los.

“Com o aumentodo comércio eletrônico, cresce também a proporção de fraudes, portanto a demanda por profissionais de segurança da informação também se aplica ao Brasil”, explica Soares.

3. Disputa pelos mais qualificados ficará mais acirrada

De acordo com os especialista da Hays, “a escassez de profissionais qualificados é sentida especialmente em grandes polos industriais, como o Vale do Paraíba, São Paulo (capital e interior, sobretudo Campinas e região), região sul (pela presença da indústria automobilística, que precisa criar novas alternativas de negócio) e nordeste (que carece de mão de obra específica).

Nessas regiões e em alguns setores, como o agronegócio, a atratividade de profissionais bem capacitados aumentará ainda mais em 2017, garantem os especialistas da consultoria.

4. Busca por vagas fora do Brasil tende a crescer

Em 2016, o interesse por trabalho no exterior aumentou — e deve continuar crescendo neste ano. Segundo o mais recente guia salarial Hays-ESPM, mais de 75% dos brasileiros de 25 a 40 anos e quase 68% das pessoas de 31 a 40 anos aceitariam uma vaga fora do Brasil.

“Empresas que têm unidades em outros países estão promovendo a alocação de brasileiros no exterior, com o objetivo de promover um intercâmbio de conhecimentos tecnológicos”, diz Soares.

5. Salários e benefícios devem se manter estáveis

O ano de 2016 foi de reestruturação para a política de remuneração de muitas empresas: de forma geral, novos funcionários começaram a trabalhar com salários mais baixos. Por isso, afirmam os especialistas da Hays, as negociações sobre remuneração e benefícios não devem sofrer grandes pressões em 2017.

“Quem continuou no mercado e não teve seu salário alterado precisou assumir novas áreas, o que exigiu competências adicionais e justificou seus ganhos”, diz o diretor da consultoria.

6. Empregadores precisarão flexibilizar horários e local de trabalho

Tradicionalmente resistentes ao home office, muitas empresas devem mudar de ideia quanto à modalidade em 2017, e não apenas por questões ligadas à difícil mobilidade nas metrópoles, mas também pela oportunidade de reduzir custos.

Baias comunitárias também tendem a substituir estações fixas de trabalho, pela capacidade de gerar maior interação entre os diversos departamentos.

7. Os processos seletivos serão mais rápidos

Com vistas na redução de custos, muitas empresas continuarão organizando processos seletivos por conta própria em 2017. Ainda assim, uma boa parte das companhias buscará terceirizar o recrutamento.

Graças à especialização do consultor em determinados setores de atuação, diz a Hays, os processos devem ganhar agilidade e durar menos tempo.

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