7 motivos para perdoar um colega de trabalho difícil
Sua irritação com um companheiro de trabalho já passou de todos os limites? Entenda por que é mais sensato superar as desavenças e seguir em frente
Claudia Gasparini
Publicado em 8 de julho de 2014 às 10h36.
São Paulo - Você conhece bem a história. No início, conviver com aquele colega difícil do escritório era bastante tranquilo. Com o tempo, porém, começaram a ocorrer pequenos desentendimentos. Depois de uma ou duas brigas homéricas, a relação entre vocês azedou de vez.
Mas o que fazer quando as suas diferenças com um companheiro de trabalho parecem irreconciliáveis?
Na opinião de especialistas, a melhor resposta é perdoar - ou, pelo menos, esquecer.
“No mundo volátil e incerto em que vivemos, precisamos ainda mais uns dos outros para que nosso trabalho dê certo”, diz Carlos Aldan, especialista em coaching e presidente do Grupo Kronberg. Ter bons relacionamentos, nesse sentido, é uma questão de sobrevivência.
Porém, mais que facilitar o dia a dia e viabilizar entregas, buscar as pazes com quem está ao seu redor também pode contribuir para o seu crescimento profissional.
“Ter uma relação respeitosa e agradável com os outros aumenta a sua influência no ambiente de trabalho e pode abrir muitas portas”, afirma João Marcelo Furlan, diretor executivo da Enora Leaders.
Com a ajuda dos dois especialistas, EXAME.com listou algumas razões para levantar a “bandeirinha branca” e ser mais feliz:
1. O mundo dá voltas
“Você nunca sabe se o tal colega difícil não poderá se tornar seu chefe neste ou no seu próximo emprego”, diz Carlos Aldan, do Grupo Kronberg.
E se uma briga relativamente insignificante comprometer ou até inviabilizar oportunidades futuras? Na dúvida, é melhor ficar em bons termos com todas as pessoas, segundo Aldan.
2. Você não sabe o que se passa na cabeça do outro
É impossível saber quais problemas pessoais não poderão estar por trás do comportamento desagradável de um colega. Segundo Furlan, você conseguirá relevar muitas falhas alheias se lembrar que a outra pessoa pode estar ansiosa, frustrada, estressada ou deprimida - mesmo quando não demonstra nada disso.
Em outras palavras, cultivar a empatia permite entender que o outro também pode ser frágil e precisa ser perdoado de vez em quando.
3. Ninguém é autossuficiente
Vivemos e trabalhamos em rede. Logo, dependemos muito uns dos outros para realizar nossas funções profissionais. “Essa relação de interdependência nos obriga a tolerar e aceitar o outro”, diz Furlan.
O especialista explica que, mesmo que você não precise diretamente do seu colega, em algum momento do processo as competências de vocês dois se complementam. Assim, estar em paz é fundamental para garantir a qualidade do que fazem.
4. Saber se relacionar torna você mais atraente para o mercado
Justamente pela frequência e pela intensidade com que colaboramos no mundo do trabalho, os empregadores valorizam profissionais com alto nível de competência relacional.
“Não nos faltam recursos nem técnicas: o que emperra as metas hoje são as dificuldades de relacionamento”, afirma Aldan. Nesse cenário, profissionais que demonstram ter inteligência emocional são muito mais desejados pelos empregadores.
5. Você precisa agir com profissionalismo
Por mais que a sua relação com um colega pareça insustentável, seu convívio com ele precisa ser pautado por limites mínimos de civilidade.
“Se você é um profissional de verdade, precisa gerir seus relacionamentos em prol dos resultados da empresa onde você trabalha”, diz Furlan. Profissionalismo, segundo ele, implica cordialidade incondicional.
6. Todo mundo tem seus limites
Para Furlan, muitos desentendimentos nascem das dificuldades de comunicação. “Algumas pessoas podem ter dificuldade para se expressar verbalmente e acabam dizendo a coisa errada”, explica.
Mágoas imensas, às vezes, podem derivar simplesmente de uma frase mal construída. Além de tornar você mais humano, enxergar as limitações dos outros também evita desperdício de lágrimas.
7. Tudo passa
Qual será a importância da briga de hoje à tarde daqui a cinco anos? E daqui a dez? Segundo Furlan, qualquer conflito precisa ser contemplado com perspectiva e pragmatismo.
Afinal, empregos, colegas, brigas - tudo é temporário. “Depois de avaliar a sua situação de longe, talvez você perceba que está perdendo o seu tempo e a sua saúde por uma bobagem”, conclui o especialista.