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5 queixas frequentes das empresas em relação aos jovens

Confira o que os jovens profissionais ainda deixam a desejar, na visão das empresas

Reclamações: em perfis mais jovens, as empresas têm sentido falta de algumas habilidades técnicas e comportamentais (Thinkstock)

Camila Pati

Publicado em 10 de fevereiro de 2015 às 07h25.

São Paulo – Ágeis, e, em grande parte das vezes, ambiciosos, os jovens têm algumas características que vão ao encontro das necessidades do mercado de trabalho atual. Mas muitos ainda deixam a desejar em relação a alguns aspectos, segundo o headhunter Felipe Brunieri, da Talenses.

“Em perfis mais jovens, as empresas têm sentido falta de algumas habilidades técnicas e comportamentais”, diz ele com base no feedback de empresas clientes.

Confira as principais queixas, segundo o headhunter:

1. Inglês não fluente

Esta é principal queixa das empresas, segundo o headhunter. Mesmo com boa capacidade de leitura e compreensão do idioma, tropeços na hora da conversação são bastante frequentes, sobretudo, entre profissionais da área comercial, de TI e também de engenharia.

“Nas áreas de finanças, fusões e aquisições, relações internacionais e marketing há mais pessoas com inglês fluente”, diz Brunieri.

Na opinião de Diego Leão, fundador do Personal Carreira, estudar o idioma é uma das dicas mais importantes para quem quer começar bem na carreira .

“Inglês fluente é um dos requisitos para participar dos grandes programas de trainee que são trampolins para a carreira dos jovens. É só ver o número de executivos de sucesso que foram trainees”, diz.

2. Conhecimento superficial

A “geração Google” encontra dificuldades na hora de aprofundar em temas mais técnicos, segundo Brunieri.“O acesso à informação é fácil, mas a profundidade desta mesma informação não é considerável”, diz o headhunter da Talenses. De acordo com ele, o problema é mais crítico em setores técnicos e de suporte em finanças, TI e engenharia.

O foco nos pontos fracos, em vez da atenção aos talentos naturais, é um erro comum, segundo Diego Leão. “Vejo muitas pessoas preferindo estudar assuntos em que têm mais dificuldade. Sempre digo que é mais importante investir nos pontos fortes, ou seja, explorar e se aprofundar naquilo que gosta e que vai bem”, diz.

3. Falta de concentração durante o expediente

A queixa é antiga e muitos a consideram bastante antiquada. Mas ainda há empresas que consideram redes sociais e aplicativos de mensagens os vilões da produtividade da geração Y. “O jovem precisa estar 100% conectado e isso pode atrapalhar, na opinião de alguns gestores”, diz.

Esta pode ser até uma reclamação exagerada, no entanto, é fato que o sucesso chega mais cedo para os proativos que não perdem tempo, segundo o fundador do Personal Carreira.

4. Expectativa de crescimento descolada da realidade

A vontade de crescer na carreira é vista com bons olhos pelo mercado. A ambição exagerada, não. “O problema surge quando ela não está de acordo com o que empresa tem a oferecer”, diz Brunieri.

Por isso, na hora de traçar metas e objetivos de carreira, o jovem deve levar em conta o tempo médio necessário para fechar ciclos e evoluir profissionalmente.

E esse aspecto varia de acordo com o segmento, de acordo com Brunieri. Indústrias de base, setor bens de capital e de mineração são tradicionalmente mais conservadores em relação ao tempo necessário para ser promovido, segundo o headhunter.Já empresas de tecnologia e do mercado financeiro permitem ascensão (principalmente salarial) mais rápida.

“Existem etapas que devem ser cumpridas, porque as oportunidades aparecem para quem está, de fato, preparado”, diz Leão.

5. Pouco comprometimento com a empresa

Uma das principais preocupações dos departamentos de recursos humanos é em relação à alta rotatividade de pessoas. Na visão das empresas, jovens trocam de emprego, muitas vezes, diante do primeiro conflito profissional.

Do lado da geração Y, mais relevante do que o comprometimento com a empresa, é participar de projetos que façam sentido, diz Brunieri. A relação com o gestor direto também ganha relevância, segundo ele.

Assim, para evitar frustrações, a recomendação é olhar para estes aspectos antes mesmo de vestir o crachá de funcionário.
Isso porque, quando as mudanças de emprego são constantes, há que se levar em conta o risco para a carreira: o carimbo de profissional volátil.

São Paulo – Desde que estreou no mercado de trabalho há alguns anos, a geração Y tratou de firmar bandeira em todos os setores da economia e, em alguns casos, dominar (literalmente) algumas áreas. (Se você tem dúvidas, entre em uma empresa de internet e conte nos dedos quantos têm mais do que 35 anos).

Em comum, tais carreiras guardam um espírito coerente com as características típicas dos profissionais nascidos nos anos 80 e 90: trazem uma rotina dinâmica e uma visão inovadora, além da ascensão profissional meteórica.

Boa parte delas foi criada (ou se revolucionou) em resposta às demandas da última década. E, por isso, meio que naturalmente foram ocupadas por quem têm tais mudanças no próprio DNA.

Consultamos alguns especialistas em recrutamento e Geração Y e mapeamos as profissões que são dominadas pelos jovens. Confira.
  • 2. Executivo de contas

    2 /12(Dreamstime)

  • Veja também

    O papel do executivo de contas dentro das agências de publicidade é fazer o meio de campo entre cliente e agência. “Ele precisa estar conectado acima da média. É alguém que lida muito bem com conteúdo, trabalha com informação”, afirma Ricardo Haag, gerente executivo da Page Personnel.

    Mas não só. “Ele tem um perfil híbrido: ao mesmo tempo que tem um lado técnico, ele tem uma habilidade de relacionamento voltada para gestão e execução de vendas”, diz.
  • 3. Operadores de bolsa de valores

    3 /12(Peter Macdiarmid/Getty Images)

  • A combinação de ascensão rápida e um ambiente dinâmico tornam o mercado financeiro sedutor para quem integra a geração Y, afirma Haag, da Page Personnel. Uma das profissões em alta para os mais jovens é de operador da bolsa de valores. “Geralmente, é um economista, administrador de empresas ou engenheiro”, afirma o especialista. “É ele quem compra e vende ações. Com 25 anos, já está ganhando uma boa quantia salarial”.
  • 4. Analista de investimento

    4 /12(Kim Kyung-Hoon/Reuters)

    Outra carreira atrativa para os mais jovens no mercado financeiro é a de analista de investimentos. “Ele não faz a operação em si, mas recomenda investimentos em uma determinada carteira”, afirma Haag. “É um mercado que foi invadido por jovens nos últimos anos. A remuneração é muito agressiva nesta área. Com 40, eles já podem se aposentar”.
  • 5. Analista de SEO

    5 /12(Chris Helgren/Files/Reuters)

    Para se destacar no sistema de buscas do Google (ou outras ferramentas do tipo disponíveis na internet), os sites precisam ser elaborados (e alimentados) com base nos fundamentos de SEO (Search Engine Optimization). Para responder a esta demanda, os especialistas em SEO têm a função de explorar estes recursos e criar estratégias para que a página não seja punida pelos robôs do Google, ou de outras ferramentas de busca. Por ser uma função nova e totalmente relacionada com o mercado digital, naturalmente, é repleta de jovens.
  • 6. Gestor de redes sociais

    6 /12(Dado Ruvic/Reuters)

    Engana-se quem pensa que a rotina de trabalho de um analista de mídias sociais se resume a passar o dia clicando no botão curtir do Facebook ou tuitando. O dia a dia depende de estratégia, um profundo conhecimento dos negócios da companhia em questão e domínio das principais ferramentas sociais. Afinal, de uns tempos para cá, ser estratégico no meio digital virou conceito de ordem para o sucesso das empresas. “A geração Y já nasceu neste ambiente digital”, diz. Trabalhar numa área assim quase sempre é uma consequência.
  • 7. Área de inovação

    7 /12(Getty Images)

    Segundo Rodrigo Vianna, diretor-executivo da Talenses, as carreiras ligadas à área de pesquisa e desenvolvimento também tendem a atrair mais jovens. “As empresas contratam esta geração por conta do dinamismo”, diz. Mas não só. O acesso à informação, a naturalidade com ferramentas inovadoras típicas desta geração também facilitam na hora de estimular o pensamento inovador dentro da empresa.
  • 8. Desorganizador corporativo

    8 /12(Divulgação)

    Uma carreira nova que começa a esboçar seu espaço no Brasil é a de desorganizador corporativo. “A função dele é tornar a empresa mais colaborativa, flexibilizá-la a um ponto que se altere as funções”, diz Sidnei Oliveira, autor do livro “Profissões do futuro” (Integrare Editorial).
  • 9. Engenheiro de pré-sal

    9 /12(Rich Press/Bloomberg)

    Por ser uma carreira nova no Brasil, a área de engenharia de pré-sal, provavelmente, será toda ocupada por jovens. Na prática, as oportunidades para estes profissionais estão presentes em todas as etapas da produção.
  • 10. Gestor de resíduos

    10 /12(Marcos Santos/USP Imagens)

    Com a meta de dar um fim sustentável ao lixo, o gestor de resíduos é mais uma das novas profissões que serão ocupadas por mais jovens exatamente por sua novidade no mercado. “Os primeiros foram as pessoas mais veteranas. Mas com os cursos novos, rapidamente, será ocupada pela Geração Y”, diz Sidnei Oliveira.
  • 11. Designer de games

    11 /12(REUTERS/Ina Fassbender/Files)

    Para quem passou as décadas de 80 e 90 vidrado nos videogames, ter como sonho de carreira a rotina de passar o dia projetando este tipo de jogo é uma clara consequência. “São atividades que o jovem absorve com mais rapidez”, afirma Oliveira.
  • 12. Quer virar milionário? Veja qual curso fazer

    12 /12(MARINA PIEDADE| VOCÊ SA)

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