5 macetes comprovados para parecer mais competente
Veja alguns fatores que nada têm a ver com técnica mas que pesam na percepção sobre a competência de uma pessoa
Camila Pati
Publicado em 30 de julho de 2016 às 06h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h10.
São Paulo – Parecer ser é tão importante quanto ser, de fato, competente. Linguagem corporal , postura e algumas atitudes contribuem para que uma pessoa tenha, por exemplo, o que os cientistas chamam de presença executiva, um fator que ajuda um profissional a ser promovido. Pesquisas científicas mostram a influência de fatores nada relacionados a habilidades técnicas na percepção de competência que as pessoas têm, instantaneamente, umas das outras. Confira, navegando pelas imagens, algumas delas.
Escolha uma foto de perfil em redes sociais profissionais, como o LinkedIn, em que esteja a 1,3 metro de distância. Este posicionamento na hora de tirar a foto contribuiu para que homens fossem considerados mais competentes, confiáveis e até atraentes do que quando eram clicados a 45 centímetros de distância da lente. As pesquisas que revelaram este fator de influência na percepção social podem ser conferidas no Public Library of Science (PLOS).
A percepção de competência é maior em pessoas que pedem conselhos. Um estudo publicado em 2015 e realizado por pesquisadores da Harvard Business School e da Wharton School faz cair por terra o mito de que pedir ajuda é sinal de incompetência. O nível de dificuldade da tarefa para a qual há o pedido de auxílio, o egocentrismo e a competência da pessoa requisitada para ajudar são os fatores que moderam essa percepção, de acordo com o levantamento. As pessoas consideram mais competentes aqueles que requisitam conselhos quando a tarefa é difícil, quando a ajuda é pedida pessoalmente para elas (egocentrismo) ou para experts no tema.
Pesquisa da Brigham Young University mostra que a velocidade do discurso afeta a percepção de uma pessoa sobre um indivíduo. No estudo, 54 tipos de vozes foram gerados por computador. Cada um teve seu ritmo modificado e apresentado a juízes ora mais rápido, ora mais vagaroso. Os participantes precisavam julgar cada um de acordo com adjetivos ligados a benevolência e competência. O levantamento estatístico revelou que a percepção em relação à competência se alterava muito mais de acordo com a velocidade da fala do que o julgamento sobre a benevolência.
Pesquisa com 80 universitários dos Estados Unidos investigou julgamento social em duas dimensões, competência e afetuosidade.
O levantamento, publicado pelo J ournal of Experimental Social Psychology, mostrou que quanto menos caloroso mais competente e vice-versa, segundo a percepção imediata das pessoas.
Um estudo realizado pela universidade da Pensilvânia mostra que homens que raspam o cabelo podem ter vantagens nos negócios, por conta do visual. A pesquisa, divulgada em 2012 pelo The Wall Street Journal, revelava que o estilo aumentava a percepção de dominância. Durante o levantamento o professor responsável - Albert Mannes (adepto do cabelo raspado) - mostrava fotografias das mesmas pessoas nos dois estilos: natural ou cabelo raspado (por meio de um truque digital na imagem). Já para as mulheres, um truque visual simples é usar maquiagem, segundo estudo da Harvard University de 2011. Para a pesquisa, foram convidados 250 adultos que olharam para fotos de 25 mulheres com quatro tipos de visual: sem nada, um pouco de maquiagem (estilo natural), um pouco mais de pintura (estilo profissional) e bem mais maquiadas (estilo chamado de glamuroso). Aquelas que estavam com esse último visual foram “julgadas” mais competentes do quem apareceu de “cara lavada”.
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