11 sinais de que você está desesperado na busca por emprego
Confira comportamentos que os recrutadores encaram como desespero na busca por uma oportunidade profissional e que podem prejudicar a imagem do candidato
Camila Pati
Publicado em 28 de abril de 2014 às 07h57.
São Paulo – Superar uma movimentação de mercado desastrada ou o encerramento inesperado de um contrato de trabalho passa necessariamente pelo controle da ansiedade.
Muita gente “peca” neste momento ao se entregar ao desespero durante a procura por uma nova oportunidade. E essas pessoas podem comprometer sua imagem, ao tomarem atitudes impulsivamente.
Isso não significa que, ao menor sinal de desespero pela conquista de um novo emprego , o candidato será "limado" de um processo seletivo, explica Marcelo Olivieri, gerente executivo de vendas da consultoria de recrutamento Talenses.
O risco está mesmo no comportamento que resulta dessa aflição. “A gente entende que é um momento complicado. Mas quando a pessoa não consegue se controlar, pode adotar comportamentos que deixam uma má impressão”, diz Olivieri.
EXAME.com pediu ao headhunter que citasse quais são estas atitudes e comportamentos que deixam transparecer o desespero e em que medida elas podem comprometer o sucesso na conquista de uma nova oportunidade . Confira os sinais:
1Você se candidata para posições muito abaixo da sua qualificação
O primeiro indício de desespero por uma recolocação rápida ocorre já na escolha das oportunidades para se candidatar.
“Quando a pessoa se candidata para posições muito inferiores ao seu nível de qualificação ou de remuneração é um indício de que está desesperada para conseguir emprego”, diz Olivieri.
Do lado das empresas, o receio é que o candidato esteja adotando o lema “trabalho chama trabalho”. “Surge a insegurança em relação à permanência desse profissional, se ele vai ficar apenas até encontrar outra vaga”, diz Olivieri.
2Você exagera para provar que é perfeito para aquela vaga
Na ânsia de mostrar que é a pessoa certa para aquela oportunidade, o risco aqui é exagerar na hora de discorrer sobre seus predicados profissionais.
“Às vezes, o profissional cita uma experiência específica e, quando a gente vai checar, não é bem assim como ele contou na entrevista”, diz Olivieri.
Mentir é o que mais pode comprometer o candidato neste momento. É o inglês intermediário dito como fluente, é a participação em um projeto transformada em liderança informal, e por aí vai.
“É um ponto mais subjetivo. Mas a gente percebe quando a pessoa tenta se vender de forma exagerada”, diz Olivieri.
O risco é deixar de ser convidado para outros processos seletivos. “Muitas vezes, para aquela vaga ele não tem qualificação, no entanto, poderia ser convidado para outros projetos. Mas quem adota este tipo de atitude deixa o recrutador com pé atrás”, diz o headhunter.
3Você é prolixo durante a conversa com o recrutador
Transformar a entrevista de emprego em um monólogo sobre suas qualidades profissionais também é indício de desespero que os recrutadores notam, segundo Olivieri.
“Muitas vezes são feitas perguntas objetivas ou até mesmo fechadas, com resposta sim ou não, mas o candidato aproveita a sua vez de falar para dizer outras coisas e acaba nem respondendo à pergunta”, diz Olivieri.
4Você tenta convencer que é apto para a posição quando não é
A falta de experiência e de qualificação está explícita no currículo, mas o candidato desesperado tenta convencer de que elas estão lá, em algum lugar da sua trajetória.
“Por exemplo, a oportunidade é para vendas, o candidato tem currículo todo na área marketing e tenta convencer que deve ser considerado no processo porque tem as características para aquela posição”, diz Olivieri.
Nesse momento, a luz vermelha se acende: mais do que uma transição de carreira, o profissional está buscando o que vier pela frente. “A gente vê que se fosse uma vaga pra engenharia, ele falaria a mesma coisa”, diz.
5Você não aceita não como resposta
Um indício muito comum de desespero, diz o headhunter da Talenses, é não receber bem o feedback de um processo seletivo quando ele é negativo.
“Na hora de ligar para avisar que o candidato não foi selecionado para a posição, ele ainda tenta convencer de que está apto para a função. Isso é mal visto”, cita Olivieri.
6Você diz na entrevista que precisa do emprego e pede ajuda
O auge do desespero é dizer ao entrevistador que precisa muito do emprego e coroar a frase com um sonoro “por favor, ajude-me”.
“A gente entende que é uma situação difícil, mas pedir ajuda é muito ruim e antiprofissional”, lembra Olivieri.
7Você usa problemas pessoais para comover o recrutador
Contas atrasadas, doença ou problemas na família são situações que tiram o foco de qualquer pessoa.
Mas construir um discurso recheado de lamúrias e se colocar no papel de vítima só vai arranhar a sua imagem, segundo o especialista.
“Tem candidato que usa problemas pessoais na tentativa de fazer com que o recrutador se sinta na obrigação de evoluir com ele no processo seletivo”, diz Olivieri.
O especialista destaca que problemas pessoais só devem ser postos à mesa durante a entrevista quando fizerem sentido.
“Por exemplo, se for uma posição que exija disponibilidade para viagens, faz sentido dizer que não está tão disponível porque tem um familiar que está muito doente”, explica.
8Você liga insistentemente para o recrutador
É interessante entrar em contato com o recrutador após a entrevista, mas tem gente que vai ao extremo da insistência. E quem faz isso acaba se “queimando”.
“Já aconteceu de pessoas que me ligavam de duas a três vezes ao dia para saber se já havia resposta. Até mensagem por Whatsapp me mandavam”, conta Olivieri.
O resultado de um processo seletivo envolve reuniões e decisões que um conjunto de pessoas, lembra o headhunter. “E, por isso, muitas vezes atrasa”, diz. Paciência é uma virtude, não se esqueça.
9Você chega muito antes do horário da entrevista e já avisa que está lá
Neste caso, trata- se apenas de um indício de ansiedade e não há nada que desabone o candidato, apenas pelo fato de chegar muito mais cedo à entrevista.
“Às vezes a entrevista é às 14h e ao meio-dia a recepção já avisa que o candidato está esperando”, diz Olivieri.
Para quem não quer correr o risco de atrasar e, por isso, prefere chegar bem antes ao local, Olivieri recomenda esperar um pouco antes de avisar a recepção. “O candidato pode aproveitar, para tomar um café”, diz.
10Você deixa transparecer nervosismo fora do comum
Ansiedade é comum, mas perder o controle emocional durante a entrevista só vai prejudicá-lo, segundo Olivieri.
Mão trêmula, perna que não para de balançar, palavras que somem da mente são aspectos que deixam explícito o nervosismo.
E quando as emoções passam do limite aceitável, o risco é não conseguir mostrar todo o seu potencial durante a entrevista.
11Pressionar o recrutador após a entrevista
A entrevista mal terminou e antes de estender a mão para o recrutador o candidato já quer saber se tem chances de aprovação. Está criada uma saia justa para o entrevistador.
“Tem candidato que pressiona, quer saber se ele tem o perfil da posição e se será aprovado para a próxima etapa”, diz Olivieri.
Por mais curioso que você esteja, vale lembrar que outras pessoas ainda podem ser entrevistadas o que pode permitir reviravoltas no processo.
São Paulo – Superar uma movimentação de mercado desastrada ou o encerramento inesperado de um contrato de trabalho passa necessariamente pelo controle da ansiedade.
Muita gente “peca” neste momento ao se entregar ao desespero durante a procura por uma nova oportunidade. E essas pessoas podem comprometer sua imagem, ao tomarem atitudes impulsivamente.
Isso não significa que, ao menor sinal de desespero pela conquista de um novo emprego , o candidato será "limado" de um processo seletivo, explica Marcelo Olivieri, gerente executivo de vendas da consultoria de recrutamento Talenses.
O risco está mesmo no comportamento que resulta dessa aflição. “A gente entende que é um momento complicado. Mas quando a pessoa não consegue se controlar, pode adotar comportamentos que deixam uma má impressão”, diz Olivieri.
EXAME.com pediu ao headhunter que citasse quais são estas atitudes e comportamentos que deixam transparecer o desespero e em que medida elas podem comprometer o sucesso na conquista de uma nova oportunidade . Confira os sinais:
1Você se candidata para posições muito abaixo da sua qualificação
O primeiro indício de desespero por uma recolocação rápida ocorre já na escolha das oportunidades para se candidatar.
“Quando a pessoa se candidata para posições muito inferiores ao seu nível de qualificação ou de remuneração é um indício de que está desesperada para conseguir emprego”, diz Olivieri.
Do lado das empresas, o receio é que o candidato esteja adotando o lema “trabalho chama trabalho”. “Surge a insegurança em relação à permanência desse profissional, se ele vai ficar apenas até encontrar outra vaga”, diz Olivieri.
2Você exagera para provar que é perfeito para aquela vaga
Na ânsia de mostrar que é a pessoa certa para aquela oportunidade, o risco aqui é exagerar na hora de discorrer sobre seus predicados profissionais.
“Às vezes, o profissional cita uma experiência específica e, quando a gente vai checar, não é bem assim como ele contou na entrevista”, diz Olivieri.
Mentir é o que mais pode comprometer o candidato neste momento. É o inglês intermediário dito como fluente, é a participação em um projeto transformada em liderança informal, e por aí vai.
“É um ponto mais subjetivo. Mas a gente percebe quando a pessoa tenta se vender de forma exagerada”, diz Olivieri.
O risco é deixar de ser convidado para outros processos seletivos. “Muitas vezes, para aquela vaga ele não tem qualificação, no entanto, poderia ser convidado para outros projetos. Mas quem adota este tipo de atitude deixa o recrutador com pé atrás”, diz o headhunter.
3Você é prolixo durante a conversa com o recrutador
Transformar a entrevista de emprego em um monólogo sobre suas qualidades profissionais também é indício de desespero que os recrutadores notam, segundo Olivieri.
“Muitas vezes são feitas perguntas objetivas ou até mesmo fechadas, com resposta sim ou não, mas o candidato aproveita a sua vez de falar para dizer outras coisas e acaba nem respondendo à pergunta”, diz Olivieri.
4Você tenta convencer que é apto para a posição quando não é
A falta de experiência e de qualificação está explícita no currículo, mas o candidato desesperado tenta convencer de que elas estão lá, em algum lugar da sua trajetória.
“Por exemplo, a oportunidade é para vendas, o candidato tem currículo todo na área marketing e tenta convencer que deve ser considerado no processo porque tem as características para aquela posição”, diz Olivieri.
Nesse momento, a luz vermelha se acende: mais do que uma transição de carreira, o profissional está buscando o que vier pela frente. “A gente vê que se fosse uma vaga pra engenharia, ele falaria a mesma coisa”, diz.
5Você não aceita não como resposta
Um indício muito comum de desespero, diz o headhunter da Talenses, é não receber bem o feedback de um processo seletivo quando ele é negativo.
“Na hora de ligar para avisar que o candidato não foi selecionado para a posição, ele ainda tenta convencer de que está apto para a função. Isso é mal visto”, cita Olivieri.
6Você diz na entrevista que precisa do emprego e pede ajuda
O auge do desespero é dizer ao entrevistador que precisa muito do emprego e coroar a frase com um sonoro “por favor, ajude-me”.
“A gente entende que é uma situação difícil, mas pedir ajuda é muito ruim e antiprofissional”, lembra Olivieri.
7Você usa problemas pessoais para comover o recrutador
Contas atrasadas, doença ou problemas na família são situações que tiram o foco de qualquer pessoa.
Mas construir um discurso recheado de lamúrias e se colocar no papel de vítima só vai arranhar a sua imagem, segundo o especialista.
“Tem candidato que usa problemas pessoais na tentativa de fazer com que o recrutador se sinta na obrigação de evoluir com ele no processo seletivo”, diz Olivieri.
O especialista destaca que problemas pessoais só devem ser postos à mesa durante a entrevista quando fizerem sentido.
“Por exemplo, se for uma posição que exija disponibilidade para viagens, faz sentido dizer que não está tão disponível porque tem um familiar que está muito doente”, explica.
8Você liga insistentemente para o recrutador
É interessante entrar em contato com o recrutador após a entrevista, mas tem gente que vai ao extremo da insistência. E quem faz isso acaba se “queimando”.
“Já aconteceu de pessoas que me ligavam de duas a três vezes ao dia para saber se já havia resposta. Até mensagem por Whatsapp me mandavam”, conta Olivieri.
O resultado de um processo seletivo envolve reuniões e decisões que um conjunto de pessoas, lembra o headhunter. “E, por isso, muitas vezes atrasa”, diz. Paciência é uma virtude, não se esqueça.
9Você chega muito antes do horário da entrevista e já avisa que está lá
Neste caso, trata- se apenas de um indício de ansiedade e não há nada que desabone o candidato, apenas pelo fato de chegar muito mais cedo à entrevista.
“Às vezes a entrevista é às 14h e ao meio-dia a recepção já avisa que o candidato está esperando”, diz Olivieri.
Para quem não quer correr o risco de atrasar e, por isso, prefere chegar bem antes ao local, Olivieri recomenda esperar um pouco antes de avisar a recepção. “O candidato pode aproveitar, para tomar um café”, diz.
10Você deixa transparecer nervosismo fora do comum
Ansiedade é comum, mas perder o controle emocional durante a entrevista só vai prejudicá-lo, segundo Olivieri.
Mão trêmula, perna que não para de balançar, palavras que somem da mente são aspectos que deixam explícito o nervosismo.
E quando as emoções passam do limite aceitável, o risco é não conseguir mostrar todo o seu potencial durante a entrevista.
11Pressionar o recrutador após a entrevista
A entrevista mal terminou e antes de estender a mão para o recrutador o candidato já quer saber se tem chances de aprovação. Está criada uma saia justa para o entrevistador.
“Tem candidato que pressiona, quer saber se ele tem o perfil da posição e se será aprovado para a próxima etapa”, diz Olivieri.
Por mais curioso que você esteja, vale lembrar que outras pessoas ainda podem ser entrevistadas o que pode permitir reviravoltas no processo.