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Para líderes, adotar práticas ESG é essencial para se manter no mercado

Conclusão surgiram no Lidera, encontro da Fundação Estudar, que teve presença da CEO da Carbonext e do Co-CEO da Re.green, empresas de crédito de carbono

Evento discutiu empreendedorismo sustentável (Galeanu Mihai/Getty Images)
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Bússola

Publicado em 5 de agosto de 2022 às 17h00.

Por Bússola

Diante do cenário emergencial do aquecimento global evidenciado pelas mudanças climáticas – a exemplo das ondas de calor na Europa e perda da biodiversidade–, são necessárias medidas imediatas para solucionar esta questão, a começar pela a transição para uma economia com menor emissão de carbono.

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Nessa perspectiva, os modelos de negócio atuais precisaram ser modificados. Adotar práticas ESG é essencial para uma empresa que deseja se manter no mercado. De acordo com um relatório consolidado pela PwC, até o final de 2022, 77% dos investidores institucionais planejam parar de comprar produtos de empresas que não aplicam práticas ESG.

Essas foram algumas das principais discussões abordadas no painel “Empreendedorismo sustentável: negócios que atuam pela preservação do meio ambiente e compensação de carbono”, durante o Lidera, Encontro Anual da Comunidade da Fundação Estudar. Realizado na última segunda-feira, 1º de agosto, o evento contou com a presença de Thiago Picolo, co-CEO da Re.green, e Janaina Dallan, fundadora e CEO da Carbo Next NbS Brazil Alliance Presidential.

Soluções climáticas

“Pegamos áreas que foram devastadas no passado e as restauramos, seja replantando e promovendo o reflorestamento ou apenas guiando a natureza para que ela se recupere com mais facilidade. Então, a gente monetiza essa recuperação disponibilizando os créditos de carbonos para empresas que queiram comprá-las como uma forma de compensar a alta emissão de carbono na atmosfera”, afirma Thiago Picolo Co-CEO da Re.green e cofundador do Prep Estudar Fora,

A Carbonext, fundada por Janaira Dallan, possui a mesma proposta que a Re.green ao vender créditos de carbono para a viabilização de projetos sustentáveis. Janaína Dallan, CEO e fundadora da organização, que também é membro do Pacto Global da ONU, complementa:

“Hoje, o Brasil atua como um mercado voluntário na venda de carbono. Mas, por meio de medidas públicas e de conscientização, nosso país está caminhando para ser um mercado regularizado.”

Hoje, por meio de um sistema integrado, chamado MRV (Mensuração, Relato e Verificação) é possível mensurar e fiscalizar se determinada empresa está entregando os resultados que foram prometidos, além de visualizar sua contribuição com a  meta estabelecida pelo país.

Oportunidades no futuro

As empresas passaram a ter um protagonismo grande nessa agenda. Seja ao patrocinarem projetos de mitigação ou ao se comprometeram a reduzir suas emissões de carbono. Por isso, em um futuro próximo haverá ainda mais incentivo e procura de profissionais especializados em ESG.

Em um cenário em que há questões importantes como conflitos territoriais, fome, pobreza, evasão escolar etc, a questão da sustentabilidade parece ser a última das prioridades e até mesmo apontada como uma preocupação elitista. Mas de acordo com Janaína Dallan, a sustentabilidade tem grande potencial de inclusão social.

“Um dos grandes incentivos que a gente enxerga que pode trazer pra população mais pobre é geração de emprego e qualidade de vida. Ao contrário do se imagina, a sustentabilidade é essencial para a  transformação e desenvolvimento das comunidades”, afirma a executiva.

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