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Nova tecnologia em hospital do Rio avalia pulmão de pacientes pós-covid

Equipamento, na Casa de Saúde São José, testa a qualidade das trocas gasosas, para saber se o transporte de oxigênio do pulmão para o sangue está adequado

Sintomas de covid-19 continuam frequentes em 70% das pessoas recuperadas (Kacper Pempel/Reuters)
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Bússola

Publicado em 13 de julho de 2021 às 15h50.

A Casa de Saúde São José, parte da Rede Santa Catarina, acaba de investir em uma nova tecnologia voltada para aprimorar os cuidados a pacientes pós-covid. O Serviço de Pneumologia da instituição agora conta com um exame de Prova de Função Pulmonar Total com medida DLCO e volumes pulmonares.

Disponibilizado no Laboratório de Performance Humana, área do hospital voltada à medicina esportiva e reabilitação, o aparelho beneficia os pacientes pós-covid que tiveram lesões pulmonares significativas e necessitem de reabilitação.

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Especialistas apontam que, mesmo recuperados, cerca de 70% dos pacientes terão algum sintoma relacionado à doença em até seis meses depois do diagnóstico, ou seja, a chamada síndrome pós-covid.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as características mais comuns no pós-covid são fadiga, falta de concentração, dores no peito, perda de olfato e paladar, diarreia, dor abdominal, depressão, palpitação no peito e falta de ar, dores musculares, febre recorrente e vermelhidão na pele.

Segundo os pneumologistas Marcelo Kalichsztein e Gustavo Nobre, a principal função do novo aparelho, de maneira simplificada, é avaliar a troca gasosa, ou seja, se o transporte de oxigênio do pulmão para o sangue está adequado.

Para o Gustavo Nobre, os pacientes pós-covid que tiveram lesões pulmonares significativas e que necessitam de reabilitação serão beneficiados com o método, ainda pouco difundido entre os médicos de outras especialidades. “É um exame de excelência, que nos dá um panorama seguro, com estratificação adequada e detalhada da magnitude do acometimento pulmonar”, diz.

O cirurgião torácico Anderson Nassar afirma que a prova deveria ser obrigatória para todo o paciente cirúrgico, como já acontece nos Estados Unidos. “Somente dessa forma conseguimos saber se o paciente terá falta de ar no pós-operatório, pois o médico obtém a real função pulmonar e não apenas a quantidade de ar que entra e sai.”

Além da aplicabilidade nos quadros pós-covid, o teste realizado com a nova tecnologia também tem sido relevante quando o assunto é risco cirúrgico para casos de câncer de pulmão.

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