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ESG já deve ser segunda coisa mais falada depois de “você está no mudo”

Total investido no Brasil em fundos de sustentabilidade mais que dobra em um mês, porém ainda representa uma gota no oceano

Malwee e Marfrig: empresas como protagonistas na sustentabilidade (Witthaya Prasongsin/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2021 às 13h49.

Última atualização em 15 de abril de 2021 às 13h50.

Difícil imaginar alguém que ainda não tenha sido impactado pela explosão recente do ESG. Aqui na Terra o assunto virou febre. Não podemos dizer que só se fala nisso, até porque temos uma pandemia em curso, mas fala-se disso como nunca.

No Brasil, novos fundos atrelados a indicadores de sustentabilidade estão sendo lançados a torto e a direito, com recordes de captação. Uma busca simples no Google mostra uma torrente sem fim de notícias sobre o assunto. Eventos com o tema pipocam o tempo todo em todo tipo de organização. E especificamente nas empresas podemos arriscar em dizer que a sigla ESG já é a segunda coisa mais falada logo depois do “você está no mudo”.

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Mas vamos tentar calcular melhor o tamanho da coisa. Um mergulho rápido nas planilhas da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) mostra que o patrimônio líquido dos fundos de sustentabilidade/governança era ontem, 14, de R$ 2,3 bilhões. Quando olhei pela primeira vez, há um mês, era de R$ 1,04 bilhão. Uau, que salto! Mais que dobrou.

Agora pega o valor total aplicado em fundos de investimento. Ontem era de R$ 5,48 trilhões. Ou seja, o que se deu foi um salto gigante de uma coisa minúscula.

Não estamos menosprezando, obviamente. Pelo contrário. Dobrar de tamanho é ultrarrelevante. Apesar de contar com uma velocidade menor que a do mercado europeu ou norte-americano, o Brasil vai se aprumando.

Lá fora o patamar é outro. Na quinta-feira passada, como noticiou o Capital Reset, um fundo de baixo carbono lançado ela BlackRock bateu recorde histórico como o ETF (Exchange Traded Fund) que mais captou recursos na estreia, incluindo aí os ETFs não vinculados a ESG. O BlackRock U.S. Carbon Transition Readiness arrecadou nada menos que US$ 1,25 bilhão na listagem.

De gota em gota, a gente chega lá.

* Renato Krausz é sócio-Diretor da Loures Comunicação

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