Identificação dos sorotipos é essencial no monitoramento da doença (Gerard Rivest/Getty Images)
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Publicado em 28 de maio de 2024 às 07h00.
Última atualização em 29 de maio de 2024 às 15h03.
Neste mês, o Brasil alcançou a tristes marcas de mais de 5 milhões de casos de dengue e 3 mil mortes provocadas pela doença em 2024. Os números são os maiores já registrados desde 2000.
O cenário alarmante já provoca respostas do setor da saúde. No caso da Thermo Fisher Scientific, que investe mais de US$ 1,5 bilhão por ano em pesquisa e desenvolvimento, a oferta é de um teste molecular com resultado que sai em apenas 35 minutos.
O produto, TaqMan Arbovirus Triplex Kit, foi pensado para atender regiões de difícil acesso, se apresentando na forma liofilizada – o que dispensa cadeia refrigerada para transporte e armazenamento.
“O plano é fornecer aos laboratórios produto de alta qualidade, fluxo simples de trabalho, suporte para implantação deste fluxo e melhores custos do mercado”, diz Fábio Mury, gerente de desenvolvimento de mercado para diagnóstico molecular da Thermo Fisher.
Precisando de no máximo 15 minutos para a entrega do resultado, o teste Antígeno NS1, ou teste rápido da dengue, é eficaz na detecção rápida do vírus. Infelizmente, o uso sacrifica a acurácia de dados necessária para o monitoramento ideal do cenário epidemiológico.
“Os testes rápidos não permitem identificar o sorotipo viral, informação importante para o conhecimento sobre a dinâmica da circulação dos vírus e sobre características clínicas decorrentes da infecção pelos diferentes sorotipos”, diz Fábio.
São quatro: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4, todos detectáveis por soluções complementares ao kit TaqMan Arbovirus Triplex. Eles têm sintomas e efeitos diferentes entre si, e quem se recupera da infecção de um, ainda está vulnerável aos outros.
O verdadeiro problema se encontra na segunda infecção em curto período de tempo, que pode levar ao quadro grave da dengue, popularmente conhecida como dengue hemorrágica.
Por este motivo, o monitoramento adequado dos sorotipos, identificados pelos testes moleculares de laboratórios, é tão importante no combate da doença quanto o tempo de resultado.
“A celeridade na obtenção dos resultados dos testes de dengue/zika/chikungunya é fundamental para direcionar a tomada de decisões clínicas e implantação de medidas de maneira oportuna, buscando principalmente evitar a ocorrência de óbitos”, conclui Fábio.
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