Batalha contra a covid-19 é maratona, não corrida de 100 metros
Coluna de Alon Feuerwerker destaca que início da vacinação produz alívio de momento, mas os cuidados precisam continuar
Mariana Martucci
Publicado em 18 de janeiro de 2021 às 19h25.
O início da aplicação de vacinas anti-covid-19 no Brasil e mundo afora vai abrir uma janela de oportunidade para responder a certas perguntas ainda em aberto. Mas, para isso, precisaremos esperar pela vacinação em grande escala, o que ainda vai levar alguns meses.
Uma coisa é certa: as vacinas reduzem o número das pessoas que adoecem, e, por isso, também reduzem o número das que morrem. Só por isso já valem a pena. Quando tivermos um grande número de vacinados saberemos medir melhor o efeito. Então que se vacine o maior número possível.
Vamos torcer também para as recentes mutações do vírus, para formas mais contagiosas, estarem cobertas pela capacidade protetora das vacinas produzidas a partir do vírus "velho". Se isso for confirmado, teremos evitado um problemão.
A largada da vacinação produz compreensivelmente um alívio de momento. Mas, com o tempo, a realidade vai acabar impondo-se. Há ainda muitas perguntas no ar e novas certamente vão aparecer conforme o andar da carruagem. Elas devem ser um estímulo para a ação, não para a inação.
E os cuidados precisam continuar. Isso é maratona, não corrida de cem metros.
* Analista político da FSB Comunicação
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