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"Votaria em 2022": os eleitores de Bolsonaro que aprovam 1º ano de governo

Apesar de ter menos aprovação do que FHC, Lula e Dilma, Bolsonaro mantém eleitores fieis, alimentados pelo antipetismo e pelos feitos econômicos

Bolsonaro: "Votei nele por acreditar nas ideias de abrir o mercado, de transformar o Brasil na verdadeira potência que tem capacidade para ser", disse um dos apoiadores (Ricardo Moraes/Reuters)
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AFP

Publicado em 21 de dezembro de 2019 às 08h30.

Última atualização em 21 de dezembro de 2019 às 09h30.

Brasília — O presidente Jair Bolsonaro chegou ao poder em janeiro surfando em uma onda de revolta e saturação de milhões de brasileiros contra a corrupção, o crime e a crise econômica, atribuídos em massa aos treze anos de governo de esquerda do PT (2003-2016).

Eleito com 55,1% dos votos, no pleito eleitoral mais polarizado desde a redemocratização, ele termina seu primeiro ano com menoraprovação do que tinham Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff a esse ponto nos seus respectivos primeiros mandatos.

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No entanto, as mesmas pesquisas de opinião, feitas em abril, julho, agosto e dezembro pelo Datafolha, mostram que Bolsonaro manteve uma estabilidade notável de aprovação, variando entre 29% e 33%. Esta manutenção ocorre em um governo que não parece nada estável, marcado por atitudes erráticas e uma série de crises políticas, ambientais e institucionais.

Apesar dos conflitos, alguns de seus eleitores mantêm uma perspectiva positiva para sua gestão. Leia os testemunhos:

Ana Cláudia Graf, 41 anos, ex-gerente de vendas e atualmente estudante de gestão pública, São Paulo:

"Votei porque vi nele a única possibilidade de libertar o Brasil de uma organização criminosa que insistia em destruir nossa nação e que tinha a intenção de nos levar ao socialismo, falo do PT. A minha avaliação do primeiro ano é mais positiva do que negativa.

O Bolsonaro escolheu excelentes ministros (...) Sergio Moro no ministério da Justiça, mesmo com todas as dificuldades, vem conseguindo resultados excelentes no enfrentamento à criminalidade. Conseguiu reduzir em 22% a taxa de homicídios no país! (...) O Moro é o principal pilar do governo Bolsonaro.

As brigas e as lavagens de roupas sujas via Twitter desgastaram demais o governo. Não acho que isso seja saudável para democracia nenhuma! Minhas expectativas são que possamos colher os frutos do que está sendo plantado, mas temos muito a melhorar. (...) É difícil consertar mais de 14 anos de desgraça que o PT nos deixou, mas tenho fé que venceremos!"

Darlan Lemos da Silva, 46 anos, bibliotecário do Tribunal Regional Eleitoral de Brasília:

"Votei nele porque o cenário dos candidatos na época era muito ruim. Tínhamos uma chance muito grande da esquerda se perpetuar no poder e ele era o único com chances de ganhar a eleição.

Não esperava que, vindo de um partido tão pequeno, ele conseguisse aprovar a reforma da Previdência. A reforma administrativa e o [ministro da Economia Paulo] Guedes estão conseguindo atrair investimentos para o Brasil. (...) A reforma da Previdência era ruim para nós [funcionários públicos], mas muito necessária.

O que acho ruim no Bolsonaro é que ele esta apegado à retórica de partidarismo e isso não contribui para a nação como um todo. Se existir uma possibilidade da esquerda retornar ao poder, eu continuo votando nele. Agora, se houver um melhor candidato mais bem preparado que ele, vou votar em outro candidato. Não votei nele achando que era o melhor candidato, mas que era o menos ruim".

Davi Moura Santos, 23 anos, estudante de Direito, Brasília:

"Votei nele por acreditar nas ideias de abrir o mercado, de transformar o Brasil na verdadeira potência que tem capacidade para ser...

Ele pegou um Brasil destruído pela roubalheira e desacreditado pelos investidores. Acredito que foi muito bom para a economia, o emprego e [contra] a violência. Sim, eu votaria nele em 2022. Se for preciso, faço campanha por ele".

Mauro Carvalho, 42 anos, motorista de táxi, Rio de Janeiro:

"Tive que votar nele porque a gente queria melhorias. O PT não fez nada pelo povo, só fez desgraça e iludiu todo mundo. Chegou a hora que o povo não aguentou mais.

Estamos vendo que ele está fazendo alguma coisa. Estou feliz pelas pessoas que estavam desempregadas e agora as portas já estão se abrindo para muita gente. Tinha 13 milhões de desempregados... O PT prometeu fazer estradas e não fez nada. Bolsonaro botou o exército para fazer isso e a mão de obra ficou mais barata. Não tem nada de empreiteira, nada de roubalheira.

Não tenho nada de ruim para falar sobre ele (...) Ele não tem culpa do filho fazer besteira. Com certeza vou votar dele de novo em 2022".

Giulio Cesare Pastore Chiapetta, 47 anos, jornaleiro, Rio de Janeiro:

"Votei no Bolsonaro porque achei as propostas dele interessantes. Quando ele começou a fazer campanha e falou que o Paulo Guedes seria ministro da Economia, fiquei com vontade de votar nele. Admiro muito Paulo Guedes, acho uma pessoa brilhante, que está fazendo um trabalho maravilhoso.

Votei não só por ele, mas pela equipe que ele escolheu. Tenho como parâmetro minha banca de jornal: estou achando que depois que assumiu a presidência, as pessoas têm mais dinheiro, mais confiança, porque meu faturamento melhorou.

Não estou vendo nada de errado no governo dele (...) Na minha concepção, está sendo o presidente perfeito, ele está indo pelo bom caminho. Ele está governando para todos, tanto para o rico quanto para o pobre.

Em 2022, com certeza é Bolsonaro, porque ele está fazendo um trabalho perfeito. Para botar o Brasil no os eixos, ele precisa de mais 4 anos. Ele pegou um Brasil desmantelado e está botando o país em ordem".

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