Os 3.300 funcionários da limpeza coletaram 140 toneladas de lixo, que ficou exposto no amanhecer (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 18 de abril de 2011 às 09h02.
São Paulo - Mais de quatro milhões de pessoas de diferentes tribos, gerações e classes sociais se misturaram neste fim de semana no centro de São Paulo na 7.ª Virada Cultural. O número é da prefeitura. Em noite de lua cheia e dia de sol, o evento apresentou 24 horas de atrações variadas, desde as 18 horas de sábado. O sambista Paulinho da Viola encerrou a maratona de shows às 18 horas de ontem, na República.
Houve problemas localizados na madrugada. Uma pessoa caiu do Viaduto Santa Ifigênia às 3 horas. A Polícia Militar trabalha com hipótese de suicídio. Outra pessoa foi ferida a faca em briga de punks e skinheads às 2 horas na Praça Julio Prestes - o encontro vinha sendo marcado pela internet desde a semana passada.
Mas, segundo o coronel Neroval Bucheroni, subprefeito da Sé, houve menos ocorrências policiais do que no evento do ano passado. A fiscalização contou com mais de 1.200 homens, somados aos 2.800 da Polícia Militar. "Atuamos principalmente para evitar a venda de bebidas por ambulantes. Com menos gente bêbada, houve menos confusão", disse Bucheroni.
Apesar do esforço na repressão ao álcool, na madrugada eram vendidas garrafas de vinho químico por R$ 5. Segundo o Instituto Adolpho Lutz, que analisou a bebida, foi detectado 96% de teor alcoólico no produto. Ontem, foram apreendidas 28 toneladas de mercadorias de camelôs - 80% eram vinho barato.
O lixo amontoado nas ruas se tornou mais evidente ao amanhecer. Até meio dia, os 3.300 funcionários da limpeza haviam coletado 140 toneladas de lixo - 10 toneladas eram de recicláveis. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.