'Tuiteiros' Serra e Marina não opinam sobre as denúncias contra Palocci
Mensagens na rede social não abordam o aumento do patrimônio do ministro-chefe da Casa Civil
Da Redação
Publicado em 3 de agosto de 2012 às 19h56.
São Paulo – Desde a publicação da notícia no domingo passado (15) de que o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, multiplicou por 20 o seu patrimônio no período de 2006 a 2010, os dois principais concorrentes de Dilma Rousseff na última eleição presidencial não escreveram uma linha sobre o assunto em suas contas no Twitter.
Ao contrário da presidente Dilma, que não emite mensagens na rede social desde que assumiu o cargo, José Serra e Marina Silva continuam interagindo com os eleitores.
O tucano tem quase 700 mil seguidores e já publicou 52 tweets desde domingo. Falou sobre a final do Campeonato Paulista entre Santos e Corinthians, recomendou artigos dele mesmo e de amigos, mencionou uma reunião com o presidente nacional do PT, Rui Falcão, sobre Reforma Política, criticou o governo federal na questão das drogas e até ajudou a divulgar um pedido de uma estudante por mais segurança na USP. Sobre o caso Palocci, no entanto, nenhuma linha até agora.
No mesmo período, Marina Silva, do PV, que tem quase 450 mil seguidores no Twitter, escreveu 11 mensagens. O tema preferido foi a discussão sobre o Código Florestal. A ex-senadora criticou o deputado paulista Aldo Rebelo (PC do B), com quem teve sérias discussões no Congresso.
Sobre Palocci, se limitou a dizer que DEM, PSDB e governo teriam feito um acordo para aprovar, sem restrições, o Código Florestal em troca de explicações do ministro-chefe da Casa Civil. “Troca de favores envolvendo Palocci e Código Florestal é ruim para a democracia”, escreveu, sem emitir opinião sobre o aumento do patrimônio do homem-forte do governo Dilma.
O papel discreto da oposição nesse caso tem despertado a atenção dos analistas. Fontes da política e do meio empresarial ouvidas por EXAME.com acreditam que a cautela seja resultado da avaliação de que o eventual enfraquecimento de Palocci neste momento pode ser ruim para os partidos de oposição, que veem o ministro como um importante interlocutor e uma barreira às ideias mais radicais. “Um governo sem Palocci pode significar uma guinada à esquerda. Ele é a voz da ponderação”, diz uma fonte.
São Paulo – Desde a publicação da notícia no domingo passado (15) de que o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, multiplicou por 20 o seu patrimônio no período de 2006 a 2010, os dois principais concorrentes de Dilma Rousseff na última eleição presidencial não escreveram uma linha sobre o assunto em suas contas no Twitter.
Ao contrário da presidente Dilma, que não emite mensagens na rede social desde que assumiu o cargo, José Serra e Marina Silva continuam interagindo com os eleitores.
O tucano tem quase 700 mil seguidores e já publicou 52 tweets desde domingo. Falou sobre a final do Campeonato Paulista entre Santos e Corinthians, recomendou artigos dele mesmo e de amigos, mencionou uma reunião com o presidente nacional do PT, Rui Falcão, sobre Reforma Política, criticou o governo federal na questão das drogas e até ajudou a divulgar um pedido de uma estudante por mais segurança na USP. Sobre o caso Palocci, no entanto, nenhuma linha até agora.
No mesmo período, Marina Silva, do PV, que tem quase 450 mil seguidores no Twitter, escreveu 11 mensagens. O tema preferido foi a discussão sobre o Código Florestal. A ex-senadora criticou o deputado paulista Aldo Rebelo (PC do B), com quem teve sérias discussões no Congresso.
Sobre Palocci, se limitou a dizer que DEM, PSDB e governo teriam feito um acordo para aprovar, sem restrições, o Código Florestal em troca de explicações do ministro-chefe da Casa Civil. “Troca de favores envolvendo Palocci e Código Florestal é ruim para a democracia”, escreveu, sem emitir opinião sobre o aumento do patrimônio do homem-forte do governo Dilma.
O papel discreto da oposição nesse caso tem despertado a atenção dos analistas. Fontes da política e do meio empresarial ouvidas por EXAME.com acreditam que a cautela seja resultado da avaliação de que o eventual enfraquecimento de Palocci neste momento pode ser ruim para os partidos de oposição, que veem o ministro como um importante interlocutor e uma barreira às ideias mais radicais. “Um governo sem Palocci pode significar uma guinada à esquerda. Ele é a voz da ponderação”, diz uma fonte.