TSE suspende julgamento de ação contra Bolsonaro; sessão será retomada na próxima terça
A maior parte da sessão desta quinta-feira foi ocupada pela leitura do relatório do corregedor-geral eleitoral, Benedito Gonçalves. Ele será o primeiro a votar quando a sessão for retomada
Agência de notícias
Publicado em 22 de junho de 2023 às 13h33.
Última atualização em 22 de junho de 2023 às 13h34.
O Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ) suspendeu o julgamento de ação que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível por oito anos. A sessão será retomada na próxima terça-feira, dia 27, às 19h, quando os votos começarão a ser proferidos.
A maior parte da sessão desta quinta-feira foi ocupada pela leitura do relatório do corregedor-geral eleitoral, Benedito Gonçalves. Ele será o primeiro a votar quando a sessão for retomada.
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A sessão também teve as sustentações orais das partes e leitura do parecer do vice-procurador geral eleitoral, Paulo Gonet, que reforçou a defesa da inelegibilidade de Bolsonaro e da absolvição de Braga Netto, que foi candidato a vice na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022.
O que disse o advogado do Bolsonaro no julgamento do TSE
O advogado Tarcísio Vieira Carvalho, que defende o ex-presidente Jair Bolsonaro em ação contra ele no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que a reunião com embaixadores em que o ex-mandatário desferiu ataques ao sistema eletrônico de votação foi “franciscana” e não tinha objetivo eleitoral ou golpista.
Carvalho buscou dissociar o evento de julho de 2022 com os atos golpistas de 8 de janeiro. “A reunião, nem de longe, ostenta caráter eleitoral, ostenta caráter diplomático”, sustentou.
“O ato foi eminentemente de Estado, foi realizado não na presença de eleitores, não na presença de candidatos, não na presença de atores eleitorais no plano geral das eleições de 2022. Foi publicizado, foram encaminhados convites ao TSE, ao Supremo, ao TSE, ao TCU. O ministro Fachin chegou à época a responder, dizendo que não iria”, afirmou Carvalho.
O advogado admitiu que Bolsonaro usou “tom inadequado” na reunião com embaixadores, mas defendeu a mera aplicação de multa ao invés da imposição de inelegibilidade. “Se o presidente queimou largada em matéria de propaganda, aplique multa”, defendeu.
Carvalho chamou a ação ajuizada pelo PDT de “fantasiosa”, “impostora” e “eivada de falsidade ideológica” e acusou o partido de entrar no TSE para “catapultar candidatura cambaleante”. Ele ressaltou, ainda, que o que está em julgamento não é o bolsonarismo. “Não se está a arbitrar disputa sangrenta entre civilização e barbárie”, afirmou, em resposta à sustentação oral do PDT. “O TSE é um tribunal, não é um parlamento, é um colégio eleitoral”.