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TSE retoma trabalhos, com Mantega

O ex-ministro da Fazenda do governo Dilma Rousseff, Guido Mantega, presta depoimento hoje no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A fala será usada na apuração do processo que investiga abuso do poder político e econômico da chapa Dilma-Temer durante a campanha de 2014. O julgamento foi iniciado na terça, mas os ministros do tribunal decidiram reabrir […]

GILMAR MENDES, PRESIDENTE DO TSE: após adiar julgamento, corte recomeça a ouvir testemunhas / Nelson Jr./ TSE
DR

Da Redação

Publicado em 6 de abril de 2017 às 06h57.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h43.

O ex-ministro da Fazenda do governo Dilma Rousseff, Guido Mantega, presta depoimento hoje no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A fala será usada na apuração do processo que investiga abuso do poder político e econômico da chapa Dilma-Temer durante a campanha de 2014. O julgamento foi iniciado na terça, mas os ministros do tribunal decidiram reabrir a fase de depoimentos e fixar um prazo maior para a alegação final das defesas. Caso a chapa seja cassada ao final do julgamento, o presidente Michel Temer sai do cargo e Dilma perde seus direitos políticos, algo que não aconteceu após o processo de impeachment.

Mantega foi chamado a depor porque, de acordo com a delação do ex-presidente da empreiteira Odebrecht, Marcelo Odebrecht, ele teria ficado responsável por solicitar os repasses vindos da companhia para a campanha presidencial daquele ano. O ex-ministro teria assumido o lugar de Antônio Palocci nessa função de coletar valores da empreiteira. O codinome usado para se referir a Mantega nas planilhas internas do departamento de propinas da Odebrecht era, de acordo com as investigações, “pós-Itália”, por ter assumido depois de Palocci, chamado de Itália.

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Marcelo Odebrecht disse ao relator do processo, ministro Herman Benjamin, que Mantega acertou com ele o repasse de 170 milhões de reais para a campanha política de 2014. O então ministro teria pedido que uma parte do valor fosse repassada para outros partidos, como forma de comprar apoio político, e que o restante, a maior quantia, fosse diretamente para a chapa, por meio do marqueteiro João Santana.

A oitiva acontece a pedido da defesa de Dilma e já havia sido negada por Herman Benjamin antes. Além de Mantega, ainda devem ser ouvidos o marqueteiro João Santana, sua mulher, Mônica Moura, e André Santana – o emissário dos repasses feitos pela Odebrecht, mas esses a pedido do Ministério Público. O julgamento no TSE deve ser retomado só no final de abril.

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