Transferência de Delcídio deve ficar para segunda-feira
O senador Delcídio Amaral, preso sob acusação de tentar de obstruir investigações, deve ser transferido da superintendência da PF no Distrito Federal no dia 14
Da Redação
Publicado em 12 de dezembro de 2015 às 14h54.
Brasília - O senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso sob acusação de tentar de obstruir as investigações da Lava Jato, deve ser transferido da superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal na segunda-feira, 14.
Na sexta-feira, 11, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que o ex-líder do governo no Senado seja levado da PF para quartel da Polícia Militar do DF.
Apesar de a PF já ter sido informada da decisão do Supremo, o Comando Geral da Polícia Militar ainda não foi notificado oficialmente sobre a determinação de Zavascki. Por esse motivo, a transferência não está prevista, até o momento, para ocorrer neste sábado, informou a PF.
De acordo com informações da Polícia Federal, a decisão do Supremo indica o Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran) como local em que Delcídio deve ficar recolhido. Em conversa informal entre as polícias Federal e Militar, as autoridades consideraram que o local indicado não é apropriado para a permanência do parlamentar. Ainda avaliam onde ele ficaria no batalhão.
O pedido para transferência foi feito pela defesa do senador e teve parecer favorável por parte da Procuradoria-Geral da República. O advogado Antônio Figueiredo Basto, responsável pela defesa de Delcídio, alegou que o senador, como parlamentar, tem direito a permanecer em quartel recluso na chamada "sala de estado maior" - reservada para autoridades e advogados.
"Não poderia ficar na Polícia Federal, trata-se de um direito dele", disse Basto. O advogado disse que continuará tentando revogar a prisão do parlamentar no Supremo Tribunal Federal.
Delcídio foi preso no último dia 25 por tentativa de obstruir as investigações da Operação Lava Jato. Na última segunda-feira, 7, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ofereceu denúncia ao Supremo contra o senador e contra o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, o assessor Diogo Ferreira e o advogado Edson Ribeiro. Todos estão presos.
Delação
Na sexta, o advogado de Delcídio informou que o senador não pretende fechar acordo de delação premiada. "Vamos enfrentar o processo", disse Figueiredo Basto. O rumor sobre a possível delação do senador cresceu após a contratação do advogado para sua defesa. O criminalista é tido como especialista em defesas com acordo de colaboração e tem entre seus clientes o doleiro Alberto Youssef, peça central da Lava Jato, o dono da UTC, Ricardo Pessoa, e o lobista Julio Camargo, que firmaram acordos de colaboração.
O trabalho do advogado será desarmar a delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que cita o ex-líder do governo. Em conversa gravada pelo filho de Cerveró, Delcídio aparece discutindo plano para tentar comprar o silêncio do ex-diretor da estatal.
Brasília - O senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso sob acusação de tentar de obstruir as investigações da Lava Jato, deve ser transferido da superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal na segunda-feira, 14.
Na sexta-feira, 11, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que o ex-líder do governo no Senado seja levado da PF para quartel da Polícia Militar do DF.
Apesar de a PF já ter sido informada da decisão do Supremo, o Comando Geral da Polícia Militar ainda não foi notificado oficialmente sobre a determinação de Zavascki. Por esse motivo, a transferência não está prevista, até o momento, para ocorrer neste sábado, informou a PF.
De acordo com informações da Polícia Federal, a decisão do Supremo indica o Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran) como local em que Delcídio deve ficar recolhido. Em conversa informal entre as polícias Federal e Militar, as autoridades consideraram que o local indicado não é apropriado para a permanência do parlamentar. Ainda avaliam onde ele ficaria no batalhão.
O pedido para transferência foi feito pela defesa do senador e teve parecer favorável por parte da Procuradoria-Geral da República. O advogado Antônio Figueiredo Basto, responsável pela defesa de Delcídio, alegou que o senador, como parlamentar, tem direito a permanecer em quartel recluso na chamada "sala de estado maior" - reservada para autoridades e advogados.
"Não poderia ficar na Polícia Federal, trata-se de um direito dele", disse Basto. O advogado disse que continuará tentando revogar a prisão do parlamentar no Supremo Tribunal Federal.
Delcídio foi preso no último dia 25 por tentativa de obstruir as investigações da Operação Lava Jato. Na última segunda-feira, 7, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ofereceu denúncia ao Supremo contra o senador e contra o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, o assessor Diogo Ferreira e o advogado Edson Ribeiro. Todos estão presos.
Delação
Na sexta, o advogado de Delcídio informou que o senador não pretende fechar acordo de delação premiada. "Vamos enfrentar o processo", disse Figueiredo Basto. O rumor sobre a possível delação do senador cresceu após a contratação do advogado para sua defesa. O criminalista é tido como especialista em defesas com acordo de colaboração e tem entre seus clientes o doleiro Alberto Youssef, peça central da Lava Jato, o dono da UTC, Ricardo Pessoa, e o lobista Julio Camargo, que firmaram acordos de colaboração.
O trabalho do advogado será desarmar a delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que cita o ex-líder do governo. Em conversa gravada pelo filho de Cerveró, Delcídio aparece discutindo plano para tentar comprar o silêncio do ex-diretor da estatal.