Testemunha relata pagamento de R$ 1,4 milhão em propina
O pagamento teria sido feito ao longo dos anos de 2008 e 2010
Da Redação
Publicado em 5 de fevereiro de 2015 às 09h03.
São Paulo - Uma testemunha protegida declarou ao Ministério Público Estadual que pagou R$ 1,46 milhão, em dez pagamentos ao longo dos anos de 2008 e 2010, para ter empreendimentos liberados na Secretaria Municipal de Finanças.
Um dos fiscais investigados intermediou a cobrança, feita pela Máfia do ISS.
Segundo a testemunha, um dirigente da incorporadora MAC, o auditor Aloísio Ferraz de Camargo, fazia a ponte entre ele e a máfia.
Em depoimento, disse que Camargo chegava com o cálculo do ISS e "dizia que os auditores exigiam pagamento de metade do valor, a título de propina, para que houvesse a emissão da certidão de quitação".
Os valores que trazia já seriam abusivos, de acordo com a testemunha. Mas, se o pagamento não fosse feito, a obra não era liberada.
Agressividade
Outra testemunha afirma que os fiscais agora investigados foram substituídos pela Máfia do ISS com a ascensão de Amilcar José Cançado Lemos à chefia da fiscalização. Ele substituiu Nadim Youssef El-Joukhadar.
Segundo o depoimento, enquanto esses fiscais cobravam valores menores para liberação de imóveis, os da máfia eram mais "agressivos" na cobrança da propina.
A testemunha, dirigente da Construtora Elias Victor Negri, disse que "os valores exigidos por Nadim eram menores do que os praticados por Amilcar e dependiam de cada caso.
Recorda-se ainda que Nadim exigia entre R$ 20 mil e R$ 30 mil para que houvesse andamento do processo", disse, segundo o depoimento.
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo tentou contato, na noite de ontem, com o criminalista Roberto Podval, que representa tanto a MAC quanto a Elias Victor Negri, mas ele não foi localizado para comentar o caso.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - Uma testemunha protegida declarou ao Ministério Público Estadual que pagou R$ 1,46 milhão, em dez pagamentos ao longo dos anos de 2008 e 2010, para ter empreendimentos liberados na Secretaria Municipal de Finanças.
Um dos fiscais investigados intermediou a cobrança, feita pela Máfia do ISS.
Segundo a testemunha, um dirigente da incorporadora MAC, o auditor Aloísio Ferraz de Camargo, fazia a ponte entre ele e a máfia.
Em depoimento, disse que Camargo chegava com o cálculo do ISS e "dizia que os auditores exigiam pagamento de metade do valor, a título de propina, para que houvesse a emissão da certidão de quitação".
Os valores que trazia já seriam abusivos, de acordo com a testemunha. Mas, se o pagamento não fosse feito, a obra não era liberada.
Agressividade
Outra testemunha afirma que os fiscais agora investigados foram substituídos pela Máfia do ISS com a ascensão de Amilcar José Cançado Lemos à chefia da fiscalização. Ele substituiu Nadim Youssef El-Joukhadar.
Segundo o depoimento, enquanto esses fiscais cobravam valores menores para liberação de imóveis, os da máfia eram mais "agressivos" na cobrança da propina.
A testemunha, dirigente da Construtora Elias Victor Negri, disse que "os valores exigidos por Nadim eram menores do que os praticados por Amilcar e dependiam de cada caso.
Recorda-se ainda que Nadim exigia entre R$ 20 mil e R$ 30 mil para que houvesse andamento do processo", disse, segundo o depoimento.
A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo tentou contato, na noite de ontem, com o criminalista Roberto Podval, que representa tanto a MAC quanto a Elias Victor Negri, mas ele não foi localizado para comentar o caso.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.