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Sistema Alto Tietê recebe menos água há 21 meses seguidos

Desde dezembro de 2013, quando tinha 50% da capacidade, o sistema recebe um volume de água abaixo da média histórica

Torneira: agravamento da estiagem nos últimos meses reacendeu o sinal de alerta para o Alto Tietê (Divulgação/Cesan)
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Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2015 às 12h59.

São Paulo - Utilizado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo ( Sabesp ) para socorrer bairros da capital paulista que eram atendidos pelo Sistema Cantareira no início da crise hídrica, em 2014, o Sistema Alto Tietê é hoje o principal manancial paulista a ser socorrido.

Desde dezembro de 2013, quando tinha 50% da capacidade, o sistema formado por cinco represas situadas entre as cidades de Suzano e Salesópolis, na Grande São Paulo, recebe um volume de água abaixo da média histórica. Um ano depois, em dezembro de 2014, ele chegou próximo ao colapso, com apenas 4% do estoque.

Naquele momento, a Sabesp começou a recuar o que tinha avançado na distribuição de água do Alto Tietê sobre bairros da zona leste paulistana que eram atendidos pelo Cantareira, como Tatuapé, Penha e Cangaíba.

A medida veio acompanhada da intensificação do racionamento de água feito pela companhia por meio da redução da pressão e do fechamento manual da rede. Hoje, o sistema atende cerca de 4,5 milhões de pessoas na porção leste da Grande São Paulo.

As chuvas acima da média entre fevereiro e maio ajudaram a salvar o segundo maior manancial da região do colapso, mas o agravamento da estiagem nos últimos meses acendeu o sinal de alerta novamente.

A Represa Ponte Nova, em Salesópolis, ilustra o cenário crítico. Responsável por 57% da capacidade de todo o sistema, ele tem apenas 6% do estoque disponível. Vários de seus braços já desapareceram em meio à mata ou viraram pasto, a exemplo do que aconteceu na Represa Jaguari-Jacareí, em Joanópolis, que integra o Cantareira.

Simulações feitas pelo engenheiro José Roberto Kachel, ex-funcionário da Sabesp e membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, mostram que, se a entrada de água no sistema continuar ruim, até 60% abaixo da mínima histórica, como foi em agosto, o manancial pode secar completamente em novembro deste ano.

Para tentar evitar o colapso desse sistema, que entrou em operação na década de 1990 e foi fundamental para acabar com o rodízio permanente de água na zona leste, a Sabesp promete concluir neste mês a obra de transposição de água do Sistema Rio Grande, um braço da Billings, no ABC, para a Represa Taiaçupeba, em Suzano, onde fica a estação de tratamento do Sistema Alto Tietê.

A obra havia sido prometida pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) para maio deste ano, mês em que foi iniciada. Segundo a Sabesp, ela só deve entrar em operação para transferir até 4 mil litros por segundo entre as represas a partir do mês de outubro.

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São Paulo - Utilizado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo ( Sabesp ) para socorrer bairros da capital paulista que eram atendidos pelo Sistema Cantareira no início da crise hídrica, em 2014, o Sistema Alto Tietê é hoje o principal manancial paulista a ser socorrido.

Desde dezembro de 2013, quando tinha 50% da capacidade, o sistema formado por cinco represas situadas entre as cidades de Suzano e Salesópolis, na Grande São Paulo, recebe um volume de água abaixo da média histórica. Um ano depois, em dezembro de 2014, ele chegou próximo ao colapso, com apenas 4% do estoque.

Naquele momento, a Sabesp começou a recuar o que tinha avançado na distribuição de água do Alto Tietê sobre bairros da zona leste paulistana que eram atendidos pelo Cantareira, como Tatuapé, Penha e Cangaíba.

A medida veio acompanhada da intensificação do racionamento de água feito pela companhia por meio da redução da pressão e do fechamento manual da rede. Hoje, o sistema atende cerca de 4,5 milhões de pessoas na porção leste da Grande São Paulo.

As chuvas acima da média entre fevereiro e maio ajudaram a salvar o segundo maior manancial da região do colapso, mas o agravamento da estiagem nos últimos meses acendeu o sinal de alerta novamente.

A Represa Ponte Nova, em Salesópolis, ilustra o cenário crítico. Responsável por 57% da capacidade de todo o sistema, ele tem apenas 6% do estoque disponível. Vários de seus braços já desapareceram em meio à mata ou viraram pasto, a exemplo do que aconteceu na Represa Jaguari-Jacareí, em Joanópolis, que integra o Cantareira.

Simulações feitas pelo engenheiro José Roberto Kachel, ex-funcionário da Sabesp e membro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, mostram que, se a entrada de água no sistema continuar ruim, até 60% abaixo da mínima histórica, como foi em agosto, o manancial pode secar completamente em novembro deste ano.

Para tentar evitar o colapso desse sistema, que entrou em operação na década de 1990 e foi fundamental para acabar com o rodízio permanente de água na zona leste, a Sabesp promete concluir neste mês a obra de transposição de água do Sistema Rio Grande, um braço da Billings, no ABC, para a Represa Taiaçupeba, em Suzano, onde fica a estação de tratamento do Sistema Alto Tietê.

A obra havia sido prometida pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) para maio deste ano, mês em que foi iniciada. Segundo a Sabesp, ela só deve entrar em operação para transferir até 4 mil litros por segundo entre as represas a partir do mês de outubro.

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