Sinos de igrejas em todo país tocam em homenagem a mortos por covid-19
A ação é parte da programação do Dia de Oração pela Vida e pelo Brasil, organizado pela Conferência Nacional dos Bispos dos Brasil (CNBB)
Lucas Agrela
Publicado em 15 de agosto de 2020 às 18h30.
Em memória aos mais de 105 mil mortos pela covid-19 no país, os sinos de igrejas brasileiras tocaram ao meio dia deste sábado (15). A homenagem é uma reverência também a seus familiares e ao trabalho dos profissionais da área de saúde que atuam na linha de frente no combate ao novo coronavírus no Brasil. A ação é parte da programação do Dia de Oração pela Vida e pelo Brasil, organizado pela Conferência Nacional dos Bispos dos Brasil (CNBB).
Segundo a CNBB, houve relatos de sinos tocando em diversas partes do país, após uma articulação realizada com os bispos para que a ação chegasse ao máximo de igrejas possíveis. Os sinos tocaram na Catedral Basílica Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, maior templo católico do Brasil localizado no interior paulista; na Basílica Santuário Nossa Senhora de Nazaré, em Belém (PA); em igrejas no interior de minas, entre outras.
Ao longo do sábado, até as 21h, a CNBB organizou momentos de oração – incluindo missas, celebrações e lives – que podem ser acompanhados pelas redes sociais da entidade e pelos canais de TV de inspiração católicas do país. No site, lançado especialmente para o dia, é possível acompanhar a programação.
De acordo com o bispo auxiliar do Rio de Janeiro (RJ) e secretário-geral CNBB, dom Joel Portela Amado, a conferência organizou o dia para unir a igreja no Brasil como forma de contribuir para a superação do quadro triste da pandemia e do avanço do novo coronavírus, além de reforçar sua atuação em torno do Pacto pela Vida e pelo Brasil, construído em parceria com um conjunto de organizações da sociedade brasileira.
Pacto
Assinado em 7 de abril, o Pacto pela Vida e pelo Brasil reúne seis entidades representativas de diversos setores da sociedade brasileira. O documento reconhece que o país vive uma grave crise – sanitária, econômica, social e política – e exige de todos, especialmente de governantes e representantes do povo, o exercício de uma cidadania guiada pelos princípios da solidariedade e da dignidade humana, assentada no diálogo maduro e responsável, na busca de soluções conjuntas para o bem comum, particularmente dos mais pobres e vulneráveis.
Ainda no documento, as entidades afirmam que "a sociedade civil espera, e tem o direito de exigir, que o governo federal seja promotor desse diálogo, presidindo o processo de grandes e urgentes mudanças em harmonia com os poderes da República, ultrapassando a insensatez das provocações e dos personalismos, para se ater aos princípios e aos valores sacramentados na Constituição de 1988".