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Senadores brasileiros visitam opositores venezuelanos

Grupo de senadores aliados do governo se reuniu com líderes da oposição venezuelana e propôs que comissão do Brasil acompanhe as eleições legislativas

Os senadores brasileiros Lindberg Farias (E), Vanessa Grazziontin (C) e Roberto Requião (D), em Caracas, (Federico Parra/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2015 às 22h12.

Caracas - Um grupo de senadores brasileiros, aliados do governo, reuniu-se nesta quinta-feira com líderes da oposição venezuelana e propôs que uma comissão do Congresso brasileiro acompanhe as eleições legislativas na Venezuela, previstas para 6 de dezembro.

"O que queremos aqui é colaborar com a concórdia e ajudar nas eleições" e, se as autoridades "quiserem", pode-se enviar "um grupo do Parlamento brasileiro", declarou à imprensa o senador Roberto Requião (PMDB).

Durante a visita, quatro senadores, liderados por Lindbergh Farias (PT), se reuniram com dirigentes do partido Vontade Popular, chefiado pelo líder opositor radical Leopoldo López, preso há 16 semanas e acusado de incitar a violência em protestos antigovernamentais que deixaram 43 mortos entre fevereiro e maio de 2014.

Também participaram da reunião Lilian Tintori, esposa de López, e Mitzy Capriles, esposa de Antonio Ledezma, prefeito de Caracas detido em 19 de fevereiro deste ano por suposta conspiração, que cumpre prisão domiciliar desde abril.

Os senadores também conversaram com membros da Mesa da Unidade Democrática (MUD), coalizão opositora ao governo de Nicolás Maduro, e com vítimas das chamadas "guarimbas" (bloqueios de ruas e protestos violentos) durante 2014.

"Ao final das reuniões, vamos fazer um balanço, que será levado à tribuna do Senado do Brasil", afirmou Requião.

O coordenador da MUD, Jesús Torrealba, também disse à imprensa que a disposição dos senadores brasileiros se deve traduzir "de imediato na observação eleitoral".

Ao convocar as eleições, na segunda-feira passada, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) só convidou a União de Nações Sul-americanas (Unasul) como "acompanhante eleitoral".

Por lei, a figura de acompanhante eleitoral limita suas funções a fazer recomendações sobre o pleito e substitui a de observador internacional. A oposição também pede que se convide como observadores a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a União Europeia.

Requião disse que a comitiva liderada pelo ex-candidato à Presidência pelo PSDB Aécio Neves, que foi à Venezuela na semana passada pedir a libertação dos opositores venezuelanos, chegou "em má hora".

Esta delegação não conseguiu chegar à prisão onde López está recluso, devido a protestos que interromperam o tráfego na via que leva ao aeroporto e à ação de um grupo de manifestantes, que atacou a van em que viajavam. Cinco horas depois de terem desembarcado em Caracas, tiveram que voltar ao Brasil.

Espera-se nas próximas horas que os quatro senadores brasileiros visitem membros do Ministério Público e se reúnam com o presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Diosdado Cabello, e com a chanceler, Delcy Rodríguez.

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Caracas - Um grupo de senadores brasileiros, aliados do governo, reuniu-se nesta quinta-feira com líderes da oposição venezuelana e propôs que uma comissão do Congresso brasileiro acompanhe as eleições legislativas na Venezuela, previstas para 6 de dezembro.

"O que queremos aqui é colaborar com a concórdia e ajudar nas eleições" e, se as autoridades "quiserem", pode-se enviar "um grupo do Parlamento brasileiro", declarou à imprensa o senador Roberto Requião (PMDB).

Durante a visita, quatro senadores, liderados por Lindbergh Farias (PT), se reuniram com dirigentes do partido Vontade Popular, chefiado pelo líder opositor radical Leopoldo López, preso há 16 semanas e acusado de incitar a violência em protestos antigovernamentais que deixaram 43 mortos entre fevereiro e maio de 2014.

Também participaram da reunião Lilian Tintori, esposa de López, e Mitzy Capriles, esposa de Antonio Ledezma, prefeito de Caracas detido em 19 de fevereiro deste ano por suposta conspiração, que cumpre prisão domiciliar desde abril.

Os senadores também conversaram com membros da Mesa da Unidade Democrática (MUD), coalizão opositora ao governo de Nicolás Maduro, e com vítimas das chamadas "guarimbas" (bloqueios de ruas e protestos violentos) durante 2014.

"Ao final das reuniões, vamos fazer um balanço, que será levado à tribuna do Senado do Brasil", afirmou Requião.

O coordenador da MUD, Jesús Torrealba, também disse à imprensa que a disposição dos senadores brasileiros se deve traduzir "de imediato na observação eleitoral".

Ao convocar as eleições, na segunda-feira passada, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) só convidou a União de Nações Sul-americanas (Unasul) como "acompanhante eleitoral".

Por lei, a figura de acompanhante eleitoral limita suas funções a fazer recomendações sobre o pleito e substitui a de observador internacional. A oposição também pede que se convide como observadores a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a União Europeia.

Requião disse que a comitiva liderada pelo ex-candidato à Presidência pelo PSDB Aécio Neves, que foi à Venezuela na semana passada pedir a libertação dos opositores venezuelanos, chegou "em má hora".

Esta delegação não conseguiu chegar à prisão onde López está recluso, devido a protestos que interromperam o tráfego na via que leva ao aeroporto e à ação de um grupo de manifestantes, que atacou a van em que viajavam. Cinco horas depois de terem desembarcado em Caracas, tiveram que voltar ao Brasil.

Espera-se nas próximas horas que os quatro senadores brasileiros visitem membros do Ministério Público e se reúnam com o presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Diosdado Cabello, e com a chanceler, Delcy Rodríguez.

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